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Com voto favorável do Brasil, comissão da ONU aprova resolução russa contra glorificação do nazismo

© Sputnik / Mikhail VoskresenskyHá anos, Rússia propõe solução para combater glorificação do nazismo, sendo barrada por países como EUA, Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Japão, Ucrânia, França e Canadá, entre outros. Na foto, estêncil na parede mostra proibição da suástica nas ruas de Donetsk
Há anos, Rússia propõe solução para combater glorificação do nazismo, sendo barrada por países como EUA, Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Japão, Ucrânia, França e Canadá, entre outros. Na foto, estêncil na parede mostra proibição da suástica nas ruas de Donetsk - Sputnik Brasil, 1920, 11.11.2024
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A comissão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), responsável por questões ligadas aos direitos humanos, aprovou nesta segunda-feira (11) a resolução apresentada pela Rússia sobre a luta contra a glorificação do nazismo. Países como EUA, França e Ucrânia foram contrários às medidas apresentadas.
Ao todo, 116 países foram favoráveis ao documento, enquanto outros 54 votaram contra, incluindo Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Hungria, Japão, Reino Unido e Ucrânia, e 11 se abstiveram.
Já países como Belarus, Armênia, China, Coreia do Norte, Mali, Sérvia e África do Sul copatrocinaram a resolução.
Entre os 74 pontos do documento estão recomendações, como "adotar medidas concretas e apropriadas, especialmente nos âmbitos legislativo e educacional, em conformidade com as obrigações internacionais em matéria de direitos humanos, a fim de impedir a revisão da história e dos resultados da Segunda Guerra Mundial (1939–1945)".
Além disso, a resolução condena com veemência a glorificação e propaganda do nazismo, em particular, grafites e desenhos em monumentos às vítimas da última guerra mundial, além de proibir "qualquer homenagem solene" ao regime nazista e seus aliados.
O texto ainda defende eliminar a discriminação racial por meios apropriados, inclusive legais, e condena o uso de material educativo e a retórica no ensino, que promovem racismo, ódio e violência com base em etnia, nacionalidade, religião e crenças.
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A comissão também incluiu uma emenda, patrocinada por Albânia, Austrália, Coreia do Sul, ilhas Marshall, Japão e Noruega, que afirma que a Rússia supostamente tentou justificar a operação militar especial na Ucrânia pela luta contra o neonazismo. O texto contou com 66 votos a favor, 43 contra e 51 abstenções. No ano passado, 66 países apoiaram uma emenda similar, 26 votaram contra e 67 se abstiveram.
Por sua vez, o diretor para a cooperação internacional em direitos humanos do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Grigory Lukiantsev, declarou que a emenda politiza a resolução e constitui uma "manobra descarada e provocação" para forçar a Rússia a renunciar ao seu próprio texto.
A resolução contra a glorificação do nazismo é aprovada pela Assembleia Geral da ONU todos os anos desde 2005.
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