Polícia diz que PCC teria monitorado voo de delator morto em aeroporto; 8 PMs são afastados em SP
22:37 12.11.2024 (atualizado: 05:30 13.11.2024)
© Foto / Divulgação / Polícia CivilAtaque fatal de sexta-feira não foi o primeiro atentado contra a vida de Gritzbach
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Na última sexta-feira (8), o delator da facção criminosa PCC Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi assassinado a tiros no Aeroporto Internacional de Garulhos, em São Paulo. As câmeras mostraram que dois homens armados com fuzis fizeram 29 disparos contra o empresário.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou nesta terça-feira (12) que oito policiais militares foram afastados da corporação de forma preventiva por suspeita de envolvimento no caso da execução do delator do PCC. Os agentes já eram investigados há pelo menos um mês por atuarem de forma irregular como segurança do delator.
O empresário era investigado pela Justiça por lavagem de dinheiro, pelo menos R$ 30 milhões para o PCC, além de ser acusado de duplo homicídio. Em março, ele fechou um acordo para delatar integrantes da facção criminosa, além de policiais envolvidos. Porém, Gritzbach recusou entrar no programa de proteção do governo.
A polícia ainda está apurando se membros da facção monitoravam o voo da vítima para Maceió, em Alagoas, e a lista de passageiros será analisada. O assassinato ocorreu quando ele deixava o Terminal 2 após desembarcar em São Paulo.
Conforme depoimento obtido pela TV Globo, o empresário também teria suspeitado que era perseguido durante o voo ao reconhecer um homem que já havia feito ameaças. A namorada da vítima, de 29 anos, estava com Gritzbach no momento do assassinato, mas não foi atingida. Porém, o motorista de aplicativo Celso Araujo Sampaio de Novais foi atingido nas costas e morreu no local.
Antes da delação, Gritzbach ainda teria solicitado ao Ministério Público de São Paulo o desbloqueio de bens como lanchas, carros de luxo e helicópteros, além de um visto permanente para os Estados Unidos. As exigências foram negadas.