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Mídia: relatório da PF mostra que Braga Netto participou de plano para tentar matar Lula e Alckmin

© Foto / Marcos Corrêa / Palácio do Planalto / CC BY 2.0Walter Braga Netto, então ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, em reunião com vice-presidente da República, ministros e presidentes de bancos, em 22 de abril de 2020
Walter Braga Netto, então ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, em reunião com vice-presidente da República, ministros e presidentes de bancos, em 22 de abril de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 19.11.2024
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Apurações da Polícia Federal (PF) mostram que o general Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro na eleição de 2022, teve atuação no plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Segundo informações trazidas pelo portal UOL, citando um relatório da PF, Braga Netto inclusive teria oferecido sua residência para as reuniões golpistas.
No documento, a PF aponta que o plano era instaurar "um Gabinete de Crise, no dia 16 de dezembro de 2022, após o golpe de Estado, composto em sua maioria por militares, sob o comando dos generais Augusto Heleno e Braga Netto, contando ainda com a participação do general Mario Fernandes e de Filipe Martins [assessor especial da Presidência de Bolsonaro]".
Nesta terça-feira (19), a operação Contragolpe, realizada pela PF com o intuito de prender suspeitos de conspirar contra o Estado Democrático de Direito no Brasil logo após as eleições de 2022, deteve quatro militares, três da ativa (o tenente-coronel Helio Ferreira Lima e os majores Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira) e um da reserva (o general de brigada Mario Fernandes) das forças especiais do Exército, os chamados "kids pretos"; e um policial federal (Wladimir Matos Soares).
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Plano para matar Lula só não ocorreu por detalhe, diz ministro

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, comentou a investigação da PF e as informações sobre o plano para matar Lula, Alckmin e Moraes. Segundo ele, a iniciativa "só não ocorreu por detalhe".

"Estamos falando de uma ação concreta, objetiva, que traz elementos novos, extremamente graves, sobre a participação de pessoas do núcleo de poder do governo Bolsonaro no golpe que tentaram executar no Brasil, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente eleitos", disse, em entrevista coletiva realizada em meio à programação do G20, no Rio de Janeiro.

Pimenta lembrou ainda de acontecimentos que antecederam o 8 de janeiro de 2023, sugerindo que há relações entre os eventos.

"Vocês lembram que nesse período houve a tentativa de explosão do caminhão próximo ao aeroporto [de Brasília]. Tudo isso acabou culminando no 8 de Janeiro. São fatos que se relacionam entre si, os personagens são os mesmos, os mesmos personagens que financiaram a presença dos acampados em frente aos quartéis estão envolvidos também nesses episódios."

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Envenenamento e tiro entre opções

De acordo com informações do portal UOL, a PF encontrou em um HD externo apreendido com o general Mario Fernandes um documento que lista várias opções para assassinar Lula, Alckmin e Moraes.
Em trechos do documento golpista, havia tópicos de armas específicas que poderiam ser usadas para alvejar Moraes e sua equipe. Entre as opções estava a metralhadora M249, um lança-granadas e um lança-misseis AT4.
O documento também trazia detalhes sobre a execução de Alckmin e Lula, considerando inclusive a opção de envenenamento para atentar contra a vida do então presidente eleito.

Conversa de general preso mostraria 'aval de Bolsonaro' para o golpe

O relatório da PF revela, ainda, um trecho de uma conversa do general Mario Fernandes, preso nesta terça-feira, com Mauro Cid, então ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), no qual o general destacaria um suposto aval do então presidente da República para o golpe.
"Durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo, não seria uma restrição, que isso pode, que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo", mostra o trecho da conversa ocorrida em 2022 presente no relatório da PF, citado pelo G1.
A menção a "vagabundo" na conversa seria uma referência ao presidente Lula, diplomado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 12 de dezembro de 2022.
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