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PF prende 5 suspeitos por tentativa de golpe e plano para matar Lula, Alckmin e Moraes em 2022

© flickr.com / Ricardo StuckertLuiz Inácio Lula da Silva na posse de seu terceiro mandato, em 1º de janeiro de 2023
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Nesta terça-feira (19), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação contra uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022. Plano visava impedir a posse de Lula e restringir o Judiciário.
A PF realizou nesta terça-feira a operação Contragolpe que visava a prisão de suspeitos de conspirar contra o Estado democrático de Direito no Brasil, logo após as eleições de 2022.
De acordo com a apuração do G1, ao todo, cinco pessoas foram presas durante a ação que teve autorização emitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF): quatro militares, três da ativa (o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira) e um na reserva (o general de brigada Mario Fernandes) das forças especiais do Exército, os chamados "kids pretos"; e um policial federal (Wladimir Matos Soares).
Um dos presos foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República em 2022 e atualmente trabalha como assessor do deputado e ex-ministro da Saúde durante o governo Bolsonaro, Eduardo Pazuello.

A PF revelou que entre as ações elaboradas pelo grupo havia um "detalhado planejamento operacional, denominado 'Punhal Verde e Amarelo', que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022" para matar os já eleitos presidente Lula e vice-presidente Geraldo Alckmin além de prever a "prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado".

Investigadores da PF confirmaram à TV Globo que o ministro do Supremo, alvo do Punhal Verde e Amarelo, era Alexandre de Moraes.
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A operação foi motivada, em grande medida, pela obtenção de novos indícios obtidos como parte da inspeção minuciosa e restauração de material que já tinha sido deletado de aparelhos do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e aparelhos celulares de outros militares investigados graças à tecnologia adquirida pelos investigadores da PF.
Ainda segundo os investigadores, a operação Contragolpe foi autorizada no âmbito do inquérito — que deve ser finalizado ainda este ano — que apura a tentativa de golpe de Estado e os atos de 8 de janeiro de 2023.
A partir das novas revelações, Cid deve depor novamente ainda nesta terça, uma vez que um acordo de delação premiada não prevê em seu instrumento que o investigado escolha o que delatar.
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