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Uso de ATACMS em Bryansk é sinal de que EUA querem escalada no conflito, diz Lavrov

© Sputnik / Sputnik Brasil / Andrei UlinkinMinistro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov durante coletiva de imprensa às margens da Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, em 19 de novembro de 2024
Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov durante coletiva de imprensa às margens da Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, em 19 de novembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 19.11.2024
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, deu uma coletiva de imprensa às margens da Cúpula do G20. Entre os principais pontos perguntados estão a inclusão de parágrafos sobre conflitos na declaração final dos chefes de Estado e a suposta autorização norte-americana para ataques profundos na Rússia.
Iniciando a coletiva, Lavrov classificou como positivos os resultados do encontro do G20 no Rio de Janeiro. "Eu acredito que os resultados são muito positivos. Acordos significativos foram feitos, isso é muito importante."
Nesse ponto, Lavrov destacou a iniciativa da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, à qual a Rússia foi uma das primeiras nações a aderir.
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"A Rússia se juntou a esse mecanismo e já anunciou que está introduzindo desenvolvimentos avançados, que estão incorporados em programas para ajudar os países em desenvolvimento, no pacote de projetos que serão implementados."
Perguntado sobre a inclusão do conflito ucraniano na declaração final, o ministro russo destacou o papel do Brasil e de outros países do Sul Global em impedir que a cúpula fosse apenas sobre isso.

"O Ocidente, naturalmente, tentou 'ucranizar' toda a agenda. Ele falhou. Nenhum dos países da maioria global, o Sul Global, apoiou."

A declaração final dos países contém um parágrafo sobre a Ucrânia, classificado por Lavrov como bem-vindo, uma vez que "seu principal ponto é um apelo por uma conversa honesta e razoável sobre a paz em bases realistas".
Todo o texto responde às necessidades atuais de construir relações internacionais baseadas no multilateralismo, no pluralismo e na eliminação de todas as formas de desigualdade.
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O Ocidente, por sua vez, estava relutante em discutir a inclusão dos conflitos no Oriente Médio na declaração final do G20. "Houve tentativas de colocar o parágrafo sobre Gaza logo após o da Ucrânia no documento final", disse Lavrov.

"É claro que o Ocidente estava relutante em discutir esse texto, mas entendeu perfeitamente bem que sem ele não poderia haver nenhuma seção sobre conflitos."

Antes de ambos, ressaltou Lavrov, foi posto um parágrafo sobre como os países devem agir em conflitos, com grande destaque para a intolerabilidade de ataques à população e à infraestrutura civil.
"Esse é um ponto interessante, pois as mortes de civis durante os ataques israelenses são de cerca de 40 mil, quase o dobro de ambos os lados do conflito ucraniano nos dez anos desde o golpe de 2014. Isso revela bem o que acontece na Palestina."
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Uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia

Questionado sobre a suposta autorização norte-americana para uso de mísseis para ataques em território russo, Lavrov disse que não iria especular sobre a situação, ainda que todo mundo estivesse falando dela como se fosse um fato. "Até [Josep] Borrell [chefe de política externa da União Europeia] disse que era oficial […], mas não vou especular sobre esse tópico."
No entanto, as recentes investidas ucranianas com mísseis ATACMS na região russa de Bryansk são um sinal de que os EUA querem uma escalada no conflito.

"O fato de que ATACMS foram usados ​​repetidamente esta manhã na região de Bryansk é, claro, um sinal de que [os Estados Unidos] querem escalar. É impossível usar esses mísseis de alta tecnologia sem os norte-americanos."

O chanceler alemão, Olaf Scholz, se recusou recentemente a fornecer mísseis Taurus à Ucrânia. Para Lavrov, essa decisão é "responsável", apesar das pressões internas que o político sofre. "Isso o difere da posição dos britânicos e dos franceses", ressaltou Lavrov.
O chanceler russo recomendou aos líderes ocidentais que leiam a doutrina nuclear da Rússia antes de fazerem suas decisões. "E não da maneira como leem a Carta da ONU, escolhendo apenas o que lhes agrada, mas a doutrina em toda sua plenitude."
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