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Xi em Brasília: visita visa promover sinergia nas estratégias de desenvolvimento dos 2 países

© Foto / Ricardo Stuckert/PRO presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe o presidente da República Popular da China, Xi Jinping, durante cumprimentos aos líderes do G20, 18 de novembro de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe o presidente da República Popular da China, Xi Jinping, durante cumprimentos aos líderes do G20, 18 de novembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 20.11.2024
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O presidente da China, Xi Jinping, chegou a Brasília ainda na terça-feira (19) para uma visita de Estado ao Brasil após participar da 19ª Cúpula dos Líderes do G20 no Rio de Janeiro, com objetivo de ampliar a colaboração em diversas áreas de interesse mútuo para promover o desenvolvimento no âmbito da Iniciativa Cinturão e Rota.
O presidente chinês já havia expressado seu interesse em ter um diálogo aprofundado com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva sobre o aprimoramento das relações China-Brasil. Em um artigo publicado na Folha de S.Paulo, Xi afirmou que pretendia inaugurar os novos "50 anos dourados" das relações bilaterais entre Pequim e Brasília.
O Brasil foi o primeiro país da América Latina a estabelecer uma parceria estratégica com a China, tendo sido caracterizado por Xi como "um precursor nas relações entre a China e outras nações em desenvolvimento". Durante esses 50 anos, os países resistiram a profundas mudanças no cenário geopolítico e seguem sendo parceiros estratégicos em diversos setores.

China e Brasil são dois dos principais países em desenvolvimento do mundo e, segundo o líder chinês, "devem trabalhar juntos com outros no Sul Global para garantir resolutamente os interesses comuns das nações em desenvolvimento, abordar os desafios globais por meio da cooperação e promover um sistema de governança global que seja mais justo e equitativo".

A visita de Estado de Xi fortalece a profunda parceria de ambos os países diante das mudanças climáticas, redução da pobreza, comércio justo, sistemas financeiros e ajuda ao desenvolvimento.
De acordo com o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, Brasil e China já assinaram 15 atos governamentais e anunciaram 32 acordos empresariais, em áreas como energias renováveis, indústria automotiva, agronegócio, linhas de crédito verde, tecnologia da informação, saúde e infraestrutura, entre outras iniciativas no combate às mudanças climáticas.
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Saboia afirmou ainda na semana passada (13) que desta vez, o foco da visita chinesa será em finanças, infraestrutura, desenvolvimento de cadeias produtivas, transformação ecológica e tecnologia — o que poderia beneficiar o Novo PAC do governo, o Plano de Transição Ecológica e as Rotas de Integração Sul-Americana.
De acordo com a apuração do Estadão, uma fonte diplomática brasileira sob condições de anonimato afirmou que o resultado prático mais aguardado da visita é a participação do Brasil no projeto chinês Iniciativa Cinturão e Rota — que já mobilizou US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,7 trilhões) em investimentos externos, conectando Ásia, África, Europa, Oriente Médio e América Latina — "mas com as suas condições, seus projetos e interesses, sem assinar um contrato de adesão".

Atualmente, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Segundo dados do Governo Federal, de janeiro a outubro de 2024, o intercâmbio entre os países foi de US$ 136,3 bilhões (cerca de R$ 787,2 bilhões). As exportações brasileiras alcançaram US$ 83,4 bilhões (aproximadamente R$ 481,8 bilhões) e as importações, US$ 52,9 bilhões (mais de R$ 305,6 bilhões), um superávit de US$ 30,4 bilhões (cerca de R$ 175,6 bilhões).

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