https://noticiabrasil.net.br/20241126/bolsonaro-planejou-atuou-e-teve-dominio-direto-sobre-a-tentativa-de-golpe-no-brasil-acusa-pf-37507785.html
Bolsonaro 'planejou, atuou e teve domínio' direto sobre tentativa de golpe no Brasil, acusa PF
Bolsonaro 'planejou, atuou e teve domínio' direto sobre tentativa de golpe no Brasil, acusa PF
Sputnik Brasil
O sigilo do relatório de mais de 800 páginas feito pela Polícia Federal (PF) que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil foi retirado nesta... 26.11.2024, Sputnik Brasil
2024-11-26T18:26-0300
2024-11-26T18:26-0300
2024-11-26T19:02-0300
notícias do brasil
jair bolsonaro
alexandre de moraes
brasil
supremo tribunal federal (stf)
polícia federal (pf)
stf
constituição
golpe de estado
tentativa de golpe
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/09/1a/30513346_0:190:1024:766_1920x0_80_0_0_85bb16479e655fbea341530492703413.jpg
Além de Jair Bolsonaro (PL), outras 36 pessoas foram indiciadas por golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito na última semana. Pela primeira vez o conteúdo do relatório foi divulgado, mostrando que o ex-presidente liderou o plano para impedir a posse do candidato eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Porém o ato só não foi concretizado por "circunstâncias alheias à sua vontade", acrescenta o texto, conforme divulgado pela Agência Brasil.O plano foi chamado de Punhal Verde Amarelo e previa, além do assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes. Conforme a PF, há "robustos elementos de prova que demonstram que o planejamento e o andamento dos atos eram reportados a Jair Bolsonaro, diretamente ou por intermédio de Mauro Cid [ex-ajudante de ordens de Bolsonaro]".Porém as investigações da PF apontaram que o golpe só não aconteceu por não contar com o apoio do alto comando das Forças Armadas. "Destaca-se a resistência dos comandantes da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Baptista Junior, e do Exército, general Freire Gomes e da maioria do alto comando que permaneceram fiéis à defesa do Estado Democrático de Direito, não dando o suporte armado para que o então presidente da República consumasse o golpe de Estado", conclui.Em entrevista de imprensa na última segunda (25), Bolsonaro negou que tenha discutido qualquer tentativa de golpe e também garantiu que todas as medidas tomadas no governo ocorreram "dentro das quatro linhas da Constituição". Após a divulgação do relatório, o ex-presidente ainda não se pronunciou.Moraes faz 'tudo o que não diz a lei'Pouco após a divulgação do indiciamento na última semana, Bolsonaro fez acusações contra Alexandre de Moraes, responsável por julgar as ações sobre a tentativa de golpe no Brasil. "Ele conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei", declarou à época o ex-presidente nas redes sociais ao reproduzir uma entrevista ao portal Metrópoles.À Sputnik Brasil, fontes ligadas ao STF sinalizaram que, chegando na Corte, "a condenação será dura" e "servirá de lição para os que tentam fazer algo contra os três Poderes e contra a Constituição".Já auxiliares do procurador-geral da República, Paulo Gonet, dizem que "há interesse, sim, de a PGR denunciar os indiciados". Mas é preciso aguardar, pois "novas diligências podem ser solicitadas".Operação ContragolpeNo início da última semana, a operação Contragolpe, da PF, prendeu cinco pessoas acusadas de tramarem o golpe: o general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro; os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo; e o policial federal Wladimir Matos Soares.Segundo as investigações, o plano de golpe foi elaborado por Fernandes e discutido na residência do general Walter Braga Netto, então ministro da Defesa, candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro na eleição de 2022.De acordo com as investigações, um material sensível relacionado a um plano de execução das autoridades federais foi encontrado em aparelhos eletrônicos de Mauro Cid, o que coloca em xeque seu acordo de delação premiada, uma vez que o delator não pode omitir nenhuma informação.
https://noticiabrasil.net.br/20241121/pf-conclui-relatorio-da-investigacao-sobre-tentativa-de-golpe-de-estado-diz-midia-37437666.html
https://noticiabrasil.net.br/20241122/plano-de-execucao-de-lula-advogado-de-cid-diz-que-bolsonaro-sabia-do-caso-e-recua-na-sequencia-37467391.html
brasil
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2024
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/09/1a/30513346_0:0:1024:768_1920x0_80_0_0_6780fb14c7299a4861774dd19f186c4a.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
jair bolsonaro, alexandre de moraes, brasil, supremo tribunal federal (stf), polícia federal (pf), stf, constituição, golpe de estado, tentativa de golpe, luiz inácio lula da silva, tentativa de assassinato, atentado
jair bolsonaro, alexandre de moraes, brasil, supremo tribunal federal (stf), polícia federal (pf), stf, constituição, golpe de estado, tentativa de golpe, luiz inácio lula da silva, tentativa de assassinato, atentado
Bolsonaro 'planejou, atuou e teve domínio' direto sobre tentativa de golpe no Brasil, acusa PF
18:26 26.11.2024 (atualizado: 19:02 26.11.2024) O sigilo do relatório de mais de 800 páginas feito pela Polícia Federal (PF) que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil foi retirado nesta terça-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Além de Jair Bolsonaro (PL), outras 36 pessoas foram indiciadas por golpe de Estado e
abolição violenta do Estado Democrático de Direito na última semana. Pela primeira vez o conteúdo do relatório foi divulgado, mostrando que o ex-presidente liderou o plano para impedir a posse do candidato eleito,
Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Porém o ato só não foi concretizado por "circunstâncias alheias à sua vontade",
acrescenta o texto, conforme divulgado pela Agência Brasil.
"Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o então presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um golpe de estado e da abolição do estado democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade", aponta o texto.
O plano foi chamado de Punhal Verde Amarelo e previa, além do assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes. Conforme a PF, há "robustos elementos de prova que demonstram que o planejamento e o andamento dos atos eram reportados a Jair Bolsonaro, diretamente ou por intermédio de Mauro Cid [ex-ajudante de ordens de Bolsonaro]".
"As evidências colhidas, tais como os registros de entrada e saída de visitantes do Palácio do Alvorada, conteúdo de diálogos entre interlocutores de seu núcleo próximo, análise de ERBs [torres de celular], datas e locais de reuniões, indicam que Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento do planejamento operacional (Punhal Verde e Amarelo), bem como das ações clandestinas praticadas sob o codinome Copa 2022", acrescenta.
Porém as investigações da PF apontaram que o golpe só não aconteceu por não contar com o apoio do alto comando das
Forças Armadas. "Destaca-se a resistência dos comandantes da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Baptista Junior, e do Exército, general Freire Gomes e da maioria do alto comando que permaneceram fiéis à defesa do Estado Democrático de Direito, não dando o suporte armado para que o então presidente da República consumasse o golpe de Estado", conclui.
Em entrevista de imprensa na última segunda (25), Bolsonaro negou que tenha discutido qualquer tentativa de golpe e também garantiu que todas as medidas tomadas no governo ocorreram "dentro das quatro linhas da Constituição". Após a divulgação do relatório, o ex-presidente ainda não se pronunciou.
Moraes faz 'tudo o que não diz a lei'
Pouco após a divulgação do indiciamento na última semana,
Bolsonaro fez acusações contra Alexandre de Moraes, responsável por julgar as ações sobre a tentativa de golpe no Brasil. "Ele conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei",
declarou à época o ex-presidente nas redes sociais ao reproduzir uma entrevista ao portal Metrópoles.
À Sputnik Brasil, fontes ligadas ao STF sinalizaram que, chegando na Corte, "a condenação será dura" e "servirá de lição para os que tentam fazer algo contra os três Poderes e contra a Constituição".
Já auxiliares do procurador-geral da República, Paulo Gonet, dizem que "há interesse, sim, de a PGR denunciar os indiciados". Mas é preciso aguardar, pois "novas diligências podem ser solicitadas".
No início da última semana, a
operação Contragolpe, da PF,
prendeu cinco pessoas acusadas de tramarem o golpe: o general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro; os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo; e o policial federal Wladimir Matos Soares.
Segundo as investigações, o plano de golpe foi elaborado por Fernandes e
discutido na residência do
general Walter Braga Netto, então ministro da Defesa, candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro na eleição de 2022.
De acordo com as investigações, um material sensível relacionado a um plano de execução das autoridades federais
foi encontrado em aparelhos eletrônicos de Mauro Cid, o que coloca em xeque seu
acordo de delação premiada, uma vez que o delator não pode omitir nenhuma informação.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.
Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).