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Marinha inicia construção do navio-patrulha Miramar (VÍDEOS)

© SputnikCerimônia de batimento de quilha do navio-patrulha Miramar (P74), no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 2024
Cerimônia de batimento de quilha do navio-patrulha Miramar (P74), no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 28.11.2024
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A Marinha do Brasil realizou nesta quinta-feira (28), no Rio de Janeiro (RJ), a cerimônia de batimento de quilha do navio-patrulha (NPa) "Miramar" (P74), da classe Macaé. A ocasião marca o início das construções da embarcação.
É esperado que o P74 seja lançado ao mar e entre em serviço ativo em meados de 2028. O Miramar é o quinto navio construído como parte do Programa de Obtenção de Navios-Patrulha (Pronapa).
Três navios já estão em operação: "Macaé" (P70), "Macau" (P71) e "Maracanã" (P72). O quarto navio, o NPa "Mangaratiba" (P73), também se encontra em construção no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), localizado no 1º Distrito Naval, na capital fluminense. A produção de um sexto navio-patrulha, o "Magé" (P76), está previsto nos planos da Marinha.
Durante seu discurso na ocasião, o diretor-geral do Material da Marinha, almirante de esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa, afirmou que é fundamental investir no setor de defesa. "Em especial na construção naval, como um indutor de desenvolvimento econômico e social."

"A expectativa é que durante todo o Pronapa sejam gerados 7,5 mil empregos, sendo 450 diretos, 1.050 indiretos e 6 mil induzidos, com a participação de diversas empresas brasileiras."

Com 54,2 metros de comprimento e velocidade máxima de 21 nós (aproximadamente 38,9 quilômetrôs por hora), o Miramar será empregado em ações de apoio às atividades relacionadas à inspeção naval, à salvaguarda da vida humana no mar e ao patrulhamento do mar territorial, da zona contígua e da zona econômica exclusiva (ZEE) adjudicada ao Brasil.
"Com o reforço dos NPa Miramar e Mangaratiba, que estão em construção no Arsenal do Rio de Janeiro, a Marinha vai modernizando a frota naval para proteger a Amazônia Azul, utilizando conteúdo local e contribuindo para a geração de empregos", disse Barbosa.

Estiveram presentes também o ex-comandante da Marinha almirante de esquadra Ilques Barbosa Júnior; o assessor do comandante da Marinha, almirante de esquadra Wladmilson Borges de Aguiar; o diretor industrial da Marinha, vice-almirante Adriano Marcelino Batista; o diretor do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, contra-almirante Mauro Nicoloso Bonotto; o comandante-geral do Corpo de Fuzileiros Navais, almirante de esquadra Carlos Chagas Vianna Braga; o presidente da Sociedade Amigos da Marinha no Rio de Janeiro (Soamar-Rio), Márcio Prado Maia; e a deputada estadual Célia Jordão (PL-RJ).

A montagem do navio é feita em blocos, e o batimento de quilha representa o posicionamento do bloco central no seu local de edificação, onde serão montadas as demais peças. Durante a cerimônia de batimento de quilha, uma moeda é posta embaixo desse lobo central, que pesa 11 toneladas.
O Miramar e o futuro Magé contarão com capacidade de detectar e neutralizar minas, sendo também navios de contramedidas de minas (MCM, em inglês), revelou o almirante de esquadra.
"E se avançarmos no projeto, podemos pensar em adaptar essas capacidades ao Mangaratiba."
© SputnikBloco central do navio-patrulha Miramar (P74) durante cerimônia de batimento de quilha, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 2024
Bloco central do navio-patrulha Miramar (P74) durante cerimônia de batimento de quilha, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 28.11.2024
Bloco central do navio-patrulha Miramar (P74) durante cerimônia de batimento de quilha, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 2024

Navio Mangaratiba está 90% pronto

Ao lado de onde foi posta a seção mestra do Miramar está acontecendo também a construção do Mangaratiba (P73), que tem previsão de lançamento ao mar em 2026. Com o Maracanã (P72), o Mangaratiba é o segundo da classe Macaé construído pelo Arsenal de Marinha, o mais antigo estaleiro nacional em atividade, com 260 anos de história.
Em fala a repórteres, o almirante de esquadra Barbosa ressaltou que a construção do P72 e P73 deu à Marinha "musculatura" para continuar a construção do Miramar e planejar o Magé.
Ao todo, 11 blocos constituirão o Miramar. Segundo o engenheiro naval capitão de mar e guerra Leonardo Assá Gallego Soares, superintendente de construção naval do AMRJ, a classe Macaé tem como distinção seu corpo, construído em parte de alumínio a partir de uma barra bimetálica, facilitando sua construção.
O Miramar, lembra o almirante, já teve sua quilha batida em 2012, quando a Marinha possuía um contrato com um estaleiro privado para a construção de cinco NPa. "Contudo, daquela superestrutura, nada foi aproveitado, por equívocos no processo construtivo."
© SputnikNavio-patrulha Mangaratiba (P73), em construção no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 2024
Navio-patrulha Mangaratiba (P73), em construção no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 28.11.2024
Navio-patrulha Mangaratiba (P73), em construção no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 2024
"Uma vez que diversos dos equipamentos físicos do navio já haviam sido adquiridos, e contando com a competência e habilidade da engenharia naval da Marinha e as capacitações técnicas do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, a Alta Administração Naval decidiu retomar a construção destes versáteis meios", afirmou em discurso.
O Pronapa faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), do governo federal, no eixo de Inovação para a Indústria de Defesa. Em nota, a Marinha sublinhou que a parceria da Marinha com o governo "mantém ativa a linha de produção do AMRJ, servindo como estímulo à economia local".
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Por que o Brasil não tem uma 'Embraer do mar'?
"A parceria do governo federal com a Marinha do Brasil para a construção dos navios-patrulha mantém ativa a linha de produção do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, servindo como estímulo à economia local, uma vez que é responsável por um arrasto tecnológico que envolve mais de uma dezena de empresas parceiras e a geração de empregos diretos e indiretos."
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