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Moradores do sul do Líbano voltam para casa apesar das violações do cessar-fogo israelense

© AP Photo / Leo CorreaFumaça sobe após bombardeio israelense no sul do Líbano visto do norte de Israel, em 5 de outubro de 2024
Fumaça sobe após bombardeio israelense no sul do Líbano visto do norte de Israel, em 5 de outubro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 28.11.2024
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Milhares de moradores de vilarejos fronteiriços a Israel no sul do Líbano já retornaram para as suas casas mesmo com as repetidas violações do acordo de cessar-fogo por parte do Exército israelense, informou um correspondente da Sputnik. O fim dos ataques foi anunciado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no início desta semana.
A vila de Majdal Selem, localizada a 10 quilômetros da fronteira, sofreu graves danos devido aos bombardeios israelenses, que se intensificaram nos últimos meses. Além da principal mesquita, a maioria das casas nas áreas centrais foram destruídas.
Na última quarta-feira (27), apesar da entrada em vigor do cessar-fogo, drones de reconhecimento israelenses foram avistados no céu, e o som de aviões de combate ainda era ouvido. Além disso, um dos equipamentos atacou um carro na vila vizinha de Markaba, ferindo dois civis, segundo informações do centro local de defesa civil à Sputnik.
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O Exército de Israel chegou a emitir um alerta aos moradores de várias vilas fronteiriças no Líbano, pedindo que evitassem visitá-las até novas instruções. Mais tarde, o Ministério da Defesa afirmou que "alvos suspeitos" haviam sido atacados em algumas regiões.
Os militares também impuseram, na prática, um toque de recolher no sul do país, desde o rio Litani até a fronteira, das 17h00 às 07h00 do dia seguinte, proibindo qualquer movimentação.
Enquanto isso, as principais rodovias do país, do norte ao extremo sul, permaneceram congestionadas por dois dias consecutivos, com veículos de pessoas ansiosas para voltar para casa.

"Ali está a primeira casa destruída por um ataque israelense em 23 de setembro, onde morreu uma família de nove pessoas: o marido, a esposa, os filhos e outros parentes. Os carros estão todos danificados, o pomar de oliveiras foi destruído, as árvores foram cortadas pela onda da explosão, a colheita foi perdida, ninguém conseguia chegar até lá", contou Zahwi, de Majdal Selem, à Sputnik. O idoso retornou com sua família na véspera.

As molduras das janelas foram cobertas com plástico no lugar dos vidros, mas o buraco na parede ainda não foi reparado, tornando as noites frias e difíceis sem eletricidade.
Zahwi teve mais sorte do que seu irmão mais velho, cuja casa de três andares foi jogada no chão após os ataques.
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Situações semelhantes são observadas em praticamente todas as localidades próximas à fronteira com Israel, especialmente na faixa de até 10 quilômetros, onde os danos são ainda mais graves.
Apesar das condições catastróficas, como a falta de água, eletricidade e aquecimento, e das violações intermitentes do cessar-fogo por Israel, muitas famílias decidiram permanecer em suas casas ou nas de parentes que ainda estão de pé. Essas pessoas recordam com horror os dois meses vividos em abrigos temporários e a longa jornada até Beirute, que, ao fugirem do sul, levava entre 15 e 20 horas.
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