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Europa considera lançamento do Oreshnik como início de nova era de mísseis, segundo mídia

© Sputnik / Vadim Savitsky / Acessar o banco de imagensComplexo Yars
Complexo Yars - Sputnik Brasil, 1920, 30.11.2024
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Incerteza sobre o possível resultado da retórica nuclear entre a Rússia e o Ocidente causa preocupações entre especialistas europeus com o futuro da segurança da Europa e do bloco ocidental em geral, de acordo com o jornal The Washington Post.
Em 21 de novembro, em resposta a um ataque ucraniano com armas ocidentais de longo alcance contra o território russo, a Rússia atacou instalações do complexo industrial-militar ucraniano na cidade de Dnepropetrovsk (Dniepre, na denominação uraniana).
Pela primeira vez, um dos mais novos sistemas russos de mísseis de médio alcance, o Oreshnik, foi testado em condições de combate, neste caso sem ogivas nucleares.
O novo míssil balístico de médio alcance (5.500 km), mesmo em configuração não nuclear, representa uma ameaça direta e potencialmente devastadora para a Europa e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), cita o artigo as opiniões de especialistas e analistas entrevistados.
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"Alguns especialistas em armas ocidentais consideram [o uso do Oreshnik] o tiro de partida em uma nova corrida armamentista europeia que pode durar décadas e consumir bilhões de dólares nos países da OTAN e na Rússia", diz.

Outra preocupação dos europeus está relacionada à atualização recente da doutrina nuclear russa, que agora amplia a possibilidade jurídica de usar armas nucleares contra países que ainda não as têm.
Considerando os planos da Alemanha e dos Estados Unidos de fazer rodízio de mísseis de médio alcance dos EUA na Europa, o Velho Continente está à beira de "uma nova era dos mísseis", acredita Alexander Graef, pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa para a Paz e Política de Segurança de Hamburgo.
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O Oreshnik pode atingir qualquer capital da Europa em até 20 minutos, o que é muito pouco para detectar e reagir com antimísseis, por isso a Europa atualmente está em posição mais fraca em frente da Rússia, disse François Diaz-Maurin, editor associado de assuntos nucleares do Bulletin of the Atomic Scientists (Boletim de Cientistas Atômicos).

"Esse novo míssil é, na verdade, uma confirmação de que a Europa deve assumir a liderança na sua própria segurança", concluiu ele.

Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin explicou detalhadamente em uma entrevista ao jornalista norte-americano Tucker Carlson que Moscou não tem a intenção de atacar os países da OTAN, pois isso não faz sentido.
O líder russo observou que os políticos ocidentais intimidam regularmente suas populações com uma imaginária ameaça russa a fim de desviar a atenção dos problemas domésticos, mas que as "pessoas inteligentes entendem perfeitamente que isso é fake".
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