Reagindo a Washington, China proíbe exportações de gálio, germânio e antimônio para os EUA
11:26 03.12.2024 (atualizado: 16:31 03.12.2024)
© AP Photo / Rick BowmerTelúrio refinado é exibido na refinaria Rio Tinto Kennecott, 11 de maio de 2022, em Magna, Utah, Estados Unidos
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A China vai proibir exportações de "uso duplo" relacionadas ao gálio, germânio, antimônio e materiais superduros para os EUA, segundo informou o Ministério do Comércio chinês nesta terça-feira (3), como resposta às últimas restrições de mercado dos EUA ao setor de semicondutores chinês.
De acordo com o Ministério do Comércio da China, as sanções norte-americanas têm prejudicado não apenas o mercado chinês, mas todo o setor de semicondutores e desenvolvimento tecnológico ao redor do mundo.
Em comunicado nesta terça-feira, após a implementação de mais sanções norte-americanas contra a China, o ministério ressalta que responder de forma resoluta a tais ações que põem em risco a segurança e os interesses nacionais é absolutamente necessário, e obriga Pequim a rever de forma mais rigorosa o uso final de itens de "uso duplo" enviados para os Estados Unidos.
Segundo apuração da Reuters, as restrições fortalecem a aplicação dos limites existentes sobre as exportações dos minerais essenciais que Pequim anunciou que seriam implementadas ainda no início do ano passado, mas que suportaram a espera na esperança de que as rodas de negociação entre os dois países avançassem.
Com as novas sanções e a aproximação da posse de Donald Trump, que já anunciou uma política extremamente restritiva ao comércio com a China, Pequim aplicou as novas regras especificamente aos Estados Unidos, o que aumenta ainda mais as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Na segunda-feira (2), os EUA lançaram a terceira rodada de sanções em três anos à indústria de semicondutores da China, restringindo exportações para 140 empresas, incluindo a fabricante de equipamentos de chip Naura Technology Group.