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Presidente sul-coreano aceita renúncia do ministro da Defesa

© AP Photo / Lee Jin-manManifestantes durante uma vigília à luz de velas contra o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol em Seul, Coreia do Sul, 4 de dezembro de 2024.
Manifestantes durante uma vigília à luz de velas contra o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol em Seul, Coreia do Sul, 4 de dezembro de 2024. - Sputnik Brasil, 1920, 04.12.2024
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O presidente da República da Coreia, Yoon Seok-yeol, aceitou a renúncia do ministro da Defesa do país, Kim Yong-hyun, e nomeou o embaixador sul-coreano na Arábia Saudita, Choi Byung-hyuk, em seu lugar, relata a agência Yonhap.
"Yoon aceita a renúncia do ministro da Defesa [...]. Yoon nomeia Choi Byung-hyuk, embaixador na Arábia Saudita, como novo ministro da Defesa", diz a mídia.
Kim Yong-hyun teria sido o oficial que sugeriu ao presidente a adoção da lei marcial. Seu substituto Choi Byung-huk é um general quatro estrelas aposentado que atualmente serve como embaixador do país na Arábia Saudita.
O oficial serviu como subcomandante do Comando das Forças Combinadas Coreia do Sul-EUA entre os anos de 2019 e 2020 e, por conta disso, seria ideal para assumir "as principais responsabilidades militares, incluindo manter uma postura de prontidão com base na robusta aliança Coreia do Sul-EUA", disse o chefe do gabinete presidencial, Chung Jin-suk.
Manifestantes em frente à Assembleia Nacional em Seul exigem que o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, renuncie. Coreia do Sul, 4 de dezembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 03.12.2024
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Pedidos de impeachment do presidente foram apresentados pelo Partido Democrata, além de outros seis que compõem a oposição. Ao todo, 191 legisladores assinaram os pedidos.
Para remover o presidente é necessário 200 dos 300 votos da Assembleia Nacional. Dessa forma, será necessário o apoio de oito deputados do partido presidencial, Poder Popular, para que a medida entre em vigor.
A votação é esperada para sexta-feira (6) e sábado (7).
A oposição anunciou que protocolará denúncias criminais por golpe de Estado contra Yoon Seok-yeol, Kim Yong-hyun, o ministro do Interior e Segurança Lee Sang-min e outros participantes militares e policiais de relevância.
Ainda que tenha se posicionado contra a lei marcial o seu líder do PPP, Han Dong-hoon, afirmou que se esforçará para bloquear a aprovação do impeachment de Yoon Seok-yeol. Segundo o político, não se trata de defender a medida "inconstitucional", mas evitar um novo caos na política do país.
"Os responsáveis ​​por perturbar o público e causar danos por meio da lei marcial inconstitucional, incluindo o presidente, devem ser responsabilizados rigorosamente", ressaltou o presidente do PPP após uma reunião do partido, diz a Yonhap.
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Han Dong-hoon destacou à imprensa que, durante uma reunião da alta cúpula, que contou com a presença do primeiro-ministro Han Duck-soo, foi pedido ao presidente que deixasse o PPP. O partido também pede uma renúncia em massa do gabinete presidencial.
Na última quarta-feira (3), o presidente da República da Coreia declarou lei marcial no país como forma de "expurgar as forças a favor da República Democrática da Coreia e manter a ordem constitucional liberal".
A decisão foi tomada depois que o Partido Democrata da oposição apoiou um projeto de lei de corte de orçamento parlamentar e apresentou moções de impeachment contra o auditor estatal e o procurador-geral.
Desde que assumiu o cargo de presidente em 2022, funcionários do governo de Yoon Seok-yeol sofreram 22 moções de impeachment. Segundo o presidente sul-coreano, a oposição paralisa as ações de seu governo.
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As forças do Exército foram enviadas ao parlamento do país para bloquear a entrada de deputados, mas ainda assim a Assembleia Nacional conseguiu se reunir e votou para suspender a lei marcial. De um total de 300 deputados, 190 conseguiram se reunir na câmara, votando unanimemente para condenar o regime de exceção.
De acordo com a Constituição da República da Coreia, o presidente pode impor a lei marcial em caso de guerra, conflito armado ou outra emergência nacional grave que necessite de intervenção do Exército para manter a ordem. Ainda segundo a lei, o presidente é obrigado a suspender o regime de exceção se o parlamento votar contra a medida.
O comando militar, liderado pelo general Park An-su, criado para impor a lei marcial foi dissolvido, e os militares convocados para impedir a entrada de pessoas na Assembleia Nacional o parlamento também se recolheram para as bases.
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