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Ártico não derreterá completamente, mas em alguns anos haverá muito pouco gelo, diz cientista russo

© Sputnik / Iliya TiminMorsa é vista na costa russa do Ártico. Exploração de recursos naturais deve conviver com preservação do ecossistema frágil da região
Morsa é vista na costa russa do  Ártico. Exploração de recursos naturais deve conviver com preservação do ecossistema frágil da região  - Sputnik Brasil, 1920, 07.12.2024
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Há uma pequena possibilidade de que em 2027, ou nos anos seguintes, possa chegar o dia em que praticamente não haverá gelo no oceano Ártico, mas isso não quer dizer que o Ártico vai derreter completamente e para sempre, disse Aleksei Kokorin, especialista em clima, à Sputnik.
Anteriormente, cientistas da Universidade de Gotemburgo apresentaram um estudo, segundo o qual há um risco de que a cobertura de gelo no Ártico, devido às mudanças climáticas, derreta completamente no verão (do Hemisfério Norte), o que pode acontecer antes de 2030, possivelmente já em 2027.

O período de verão no Ártico vai de maio a setembro.

Os cientistas previram que o primeiro dia sem gelo no Ártico deve ocorrer dentro de nove a 20 anos, independentemente da quantidade de emissões de gases de efeito estufa.
Pesquisadores do Centro Polar e Climático, da UFRGS, à frente do navio quebra-gelo científico Akademik Tryoshnikov, do Instituto de Pesquisa Ártica e Antártica (São Petersburgo, Rússia) durante a cerimônia de lançamento da Expedição Internacional de Circum-Navegação Costeira Antártica, em 22 de novembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 22.11.2024
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Segundo eles, esse cenário pode levar a um derretimento de mais de 1,2 milhão de quilômetros quadrados de gelo em um curto período de tempo.

"Foi realizada uma boa avaliação de modelagem [...], não se trata do derretimento do Ártico. Estamos falando sobre o fato de que, com uma probabilidade de 3%, em um dos dias de setembro de 2027 ou um pouco mais tarde, praticamente não haverá gelo no Ártico. Essa é uma construção bastante hipotética", disse Kokorin.

Ele observou que o terceiro relatório de avaliação da mudança climática da agência russa que monitora e estuda o meio ambiente, Rosgidromet, publicado há dois anos, estimou essa probabilidade em 5%, mas para a década de 2030.
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