Mais de 1.000 cidadãos da UE se juntam a processo contra von der Leyen
© AP Photo / Andres KudackiUrsula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, em Nova York, em 19 de setembro de 2023
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Mais de 1.000 cidadãos da União Europeia (UE) aderiram à ação judicial contra a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no caso de violações cometidas durante a compra de vacinas contra a COVID-19, informou o ativista belga que apresentou a queixa, Frederic Baldan.
"Temos mais de 1.000 reclamantes", disse Baldan aos jornalistas, acrescentando que entre eles estão membros de organizações não governamentais e sindicatos, como o dos pilotos, bem como responsáveis húngaros e poloneses.
Há evidências de que as vacinas aprovadas para utilização na UE "não foram suficientemente testadas" quanto à sua eficácia no combate à pandemia da COVID-19, embora Bruxelas tenha introduzido medidas restritivas contra aqueles que se opuseram à vacinação obrigatória, acrescentou.
"Isso mostra que a Comissão Europeia violou os direitos dos cidadãos desde o início", disse Baldan.
Um tribunal belga em Liège não conseguiu examinar as acusações contra von der Leyen no dia 6 de dezembro e teve de adiar as audiências do caso indefinidamente. A Procuradoria Europeia protestou contra o fato de o caso contra a política ter sido examinado pela Justiça belga, insistindo que ela gozava de imunidade por estar relacionada com as suas atividades profissionais.
Em julho deste ano, o Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu que a Comissão, chefiada por von der Leyen, cometeu violações na aquisição de vacinas contra a COVID-19 nos anos de 2020 e 2021.
O tribunal concluiu que Ursula von der Leyen, depois de selar contratos de € 2,7 bilhões (cerca de R$ 17,3 bilhões) para aquisição das vacinas, negou aos deputados do Parlamento Europeu o acesso aos documentos relativos às compras.
Em 2021, o The New York Times noticiou que von der Leyen manteve conversas via SMS com Albert Bourla, diretor da Pfizer, enquanto a UE se preparava para a vacinação. Nessa altura, suspeitava-se da "influência pessoal" de von der Leyen nos contratos com aquela empresa. O escândalo foi apelidado pela imprensa de Pfizergate. O valor dos contratos poderia ter atingido os € 35 bilhões (mais de R$ 225,1 bilhões) e 1,8 bilhão de doses adquiridas teriam sido excessivas para toda a população da UE.