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ONU: Síria tem mais de 1 milhão de pessoas deslocadas desde início de hostilidades em novembro

© Divulgação / Redes sociaisCapital da Síria, Damasco, em dezembro de 2024
Capital da Síria, Damasco, em dezembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 12.12.2024
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Pelo menos 1,1 milhão de pessoas foram deslocadas na Síria desde as hostilidades no país em 27 de novembro, a maioria mulheres e crianças, informou nesta quinta-feira (12) o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Quase 640 mil pessoas fugiram de Aleppo, 334 mil de Idlib e 136 mil de Hama", informou o OCHA em comunicado.

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A oposição armada síria tomou a capital Damasco, no último domingo (8). Autoridades russas disseram que o presidente sírio, Bashar al-Assad, renunciou após negociações com participantes do conflito sírio e deixou a Síria com destino à Rússia, onde recebeu asilo.
Mohammed al-Bashir, que comandou na cidade de Idlib o grupo salafita Hayat Tahrir al-Sham e outros grupos de oposição, foi nomeado primeiro-ministro interino na terça-feira (10).
Em menos de duas semanas, a oposição armada síria ocupou as principais cidades do país, Aleppo, Hama, Homs, e a capital, Damasco.

Entenda o processo até a queda do governo Assad

Após 13 anos de guerra civil, o governo da família Assad, iniciado por Hafez al-Assad em 1971 e mantido por seu filho Bashar al-Assad a partir de 2000, caiu. O país, que já foi um dos mais ricos do Oriente Médio, está passando por mudanças sem precedentes.
As origens da queda do governo de Assad remontam aos protestos da Primavera Árabe, em 2011. Inicialmente reprimidos pelo governo, os manifestantes fizeram uma revolta armada, envolvendo diferentes grupos religiosos, que culminou em uma guerra civil.
Após a entrada da Rússia no conflito, em 2015, com o intuito de eliminar os terroristas do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) e seus aliados, o conflito se estabilizou.
A entrada russa permitiu ao governo sírio reconquistar territórios, como a cidade de Aleppo. A recuperação governista motivou um acordo de cessar-fogo em 2016, mediado pela Rússia, Turquia e Irã.
Mudanças no tabuleiro geopolítico, como o início da operação especial russa contra as forças neonazistas na Ucrânia, a recusa de Assad em repatriar 3,5 milhões de refugiados em solo turco e os ataques israelenses contra o Irã e seus aliados, abriram uma brecha para uma nova ofensiva da oposição armada síria, formada por diferentes grupos contrários ao governo.
Os primeiros ataques partiram da parte noroeste do país, sendo liderados principalmente pelo movimento Tahrir al-Sham, que se estabeleceu como Governo de Salvação Sírio. Nessa frente também atuou o Exército Nacional Sírio, grupo financiado pela Turquia.
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