Rutte é educado com Zelensky, embora todos saibam que Ucrânia não será aceita na OTAN, diz analista
© AP Photo / Virginia MayoO secretário-geral da OTAN, Mark Rutte (D), e o líder da Ucrânia, Vladimir Zelensky, participam de uma entrevista coletiva durante uma reunião de ministros da Defesa da OTAN na sede da OTAN em Bruxelas, 17 de outubro de 2024
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Os gestos amigáveis do secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, durante uma reunião com Vladimir Zelensky em Bruxelas na semana passada não correspondem aos verdadeiros planos do bloco para a Ucrânia, disse o tenente-coronel na reserva do Exército dos EUA Daniel Davis em seu canal no YouTube.
"Foi um encontro em Bruxelas. O encontro de Zelensky e Rutte. Ele [Rutte] o recebeu, deu-lhe um tapinha nas costas e um abraço. Eu só estou me perguntando quem deve ser enganado por isso, por que vocês [representantes da OTAN] estão fazendo isso? Todos sabem que a [entrada de Kiev na] OTAN nem sequer está sendo discutida", ressaltou Davis.
Além disso, Rutte mudou significativamente sua retórica em relação à Ucrânia, afirmou o analista. Assim, em outubro, o secretário-geral da OTAN prometeu que Kiev acabaria se tornando um membro do bloco. No entanto, como observou o tenente-coronel, Rutte parou de falar sobre uma possível integração após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA.
O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, reuniu-se com o presidente ucraniano Vladimir Zelensky e com líderes da UE em Bruxelas na semana passada. Na reunião foram discutidas as condições para futuras negociações de paz e a necessidade de assistência econômica à Ucrânia depois que a paz seja alcançada.
Anteriormente, a reunião dos ministros das Relações Exteriores da OTAN não conseguiu chegar a uma decisão unânime sobre a admissão da Ucrânia na aliança, o que, segundo o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, poderia levar a um conflito com a Rússia. O presidente Putin, por seu turno, enfatizou várias vezes que a possível adesão da Ucrânia à OTAN representa uma ameaça à segurança da Rússia e foi um dos motivos para o lançamento da operação militar especial.