'Segunda frente' da Ucrânia na África: Zelensky 'vai comer poeira' lá, defende analista
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A abertura de uma "segunda frente" da Ucrânia no continente africano é "um movimento desesperado visando notícias sensacionalistas na mídia, sem visão e estratégia claras", disse o professor Alexis Habiyaremye, presidente de pesquisa em desenvolvimento industrial na Universidade de Joanesburgo, à Sputnik.
Incapaz de derrotar a Rússia no campo de batalha, Kiev abriu uma "segunda frente" na África ao se alinhar a grupos terroristas no Mali e no Níger, países que já cortaram laços diplomáticos com a Ucrânia, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
O que faz a Ucrânia na África?
Não está claro qual é a estratégia da Ucrânia na África "além de participar da desestabilização" do continente, disse ele, mencionando a Confederação dos Estados do Sahel, que são "liderados por uma visão de soberania que é mais forte do que o ódio e o racismo ucranianos".
"Os países africanos são motivados pela determinação de conseguir sua independência total das potências ocidentais neocoloniais, enquanto a Ucrânia está agindo erraticamente com base na raiva e frustração. [Vladimir] Zelensky e seus agentes certamente comerão poeira na África", enfatizou Habiyaremye.
Os serviços de inteligência ucranianos afirmaram descaradamente colaborar com grupos terroristas na África, "na esperança de desestabilizar os parceiros de segurança russos e, ao fazê-lo, desacreditar a Rússia", acrescentou o analista, apontando para "a impunidade geral concedida à Ucrânia por seus apoiadores ocidentais".
Por que o esforço é infrutífero?
O professor destacou a região do Sahel, onde disse que Kiev confiou na "logística francesa e na tecnologia de satélite norte-americana" para ajudar "os terroristas a emboscar as tropas das Forças Armadas do Mali".
"Ao se aliar a terroristas para atacar países africanos, a Ucrânia desperdiçou qualquer boa vontade possível que poderia esperar obter da África e do resto do Sul Global. Portanto, é improvável que alcance algo significativo, pois amarrou seu destino ao dos terroristas", concluiu Habiyaremye.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, declarou anteriormente que a decisão do Mali e do Níger de romper relações diplomáticas com a Ucrânia indica a crescente compreensão dos países africanos sobre a natureza terrorista do regime de Kiev.
