Especialistas alertam para crise energética na UE após interrupção de gás da Rússia via Ucrânia
© Sputnik / Igor Ageyenko / Acessar o banco de imagensPoços de gás da Gazprom no campo de gás de Kovykta
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Após o fim do trânsito de gás russo barato e confiável pela Ucrânia, os custos de energia devem aumentar, fortalecendo as pressões inflacionárias e ampliando a crise do custo de vida, alertam especialistas.
O fornecimento de gás russo via Ucrânia terminou às 08h00 da manhã, horário de Moscou (02h00 no horário de Brasília), nesta quarta-feira (1º), após o encerramento do contrato entre a Gazprom e a Naftogaz.
Kiev já havia feito declarações sucessivas sobre não ter intenção ou interesse de estender o acordo, o que reacendeu o medo de uma nova crise energética na Europa, alertaram especialistas citados pela Xinhua.
"Se houver uma crise no fornecimento de energia, a Europa será a mais afetada e isso enfraquecerá ainda mais seu poder econômico", observou o analista político croata Robert Frank.
A cessação do trânsito de gás russo "provavelmente intensificará as pressões de custo para as indústrias eslovenas e, por extensão, aumentará os preços ao consumidor", enfatizou Joze P. Damijan, professor de economia na Universidade de Liubliana.
A Europa ainda não se recuperou de sua atitude míope de cortar drasticamente sua dependência do gás russo, o que desencadeou um aumento maciço na inflação e desaceleração econômica.
O gasoduto Urengoy-Pomary-Uzhgorod transportou cerca de 15,5 bilhões de metros cúbicos de gás no ano passado, respondendo por aproximadamente 4,5% do consumo total de gás na União Europeia (UE), de acordo com a Gazprom. Moldávia e quatro países da UE — Eslováquia, Áustria, Itália e República Tcheca — receberam gás russo por esta rota.
O Balkan Stream, alimentado pelo gasoduto Turkish Stream, continua sendo agora a única fonte de gás russo para a Europa — garantindo fornecimento para Romênia, Grécia, Macedônia do Norte, Sérvia, Bósnia e Herzegovina e Hungria.