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Interromper trânsito de gás russo via Ucrânia prejudicará mais Kiev do que Moscou, diz revista
Interromper trânsito de gás russo via Ucrânia prejudicará mais Kiev do que Moscou, diz revista
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A interrupção do transporte de gás russo pela Ucrânia causará mais danos a Kiev do que a Moscou, avaliou a revista norte-americana de análise Responsible... 09.01.2025, Sputnik Brasil
2025-01-09T20:07-0300
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A Gazprom anunciou em 1º de janeiro que está técnica e juridicamente impossibilitada de fornecer gás via território ucraniano devido ao término do acordo com a Naftogaz Ucrânia. No mesmo dia, o fornecimento foi interrompido, diante da falta de renovação do acordo pelas autoridades ucranianas.Segundo o autor do artigo, volumes crescentes de produtos petrolíferos da Rússia são vendidos para Turquia e Índia, onde são processados e revendidos à União Europeia (UE). Fredenburg destacou que os preços do gás na Europa aumentaram significativamente com a interrupção do transporte pela Ucrânia.O especialista questiona ainda se a decisão de Zelensky foi feita para "punir" países europeus, como Eslováquia e Hungria, em vez de prejudicar a Rússia.O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, declarou anteriormente que, devido à interrupção do trânsito de gás por Kiev, Bratislava poderia suspender o envio de ajuda humanitária, interromper o fornecimento de energia à Ucrânia em casos de emergência e reduzir consideravelmente o apoio aos cidadãos ucranianos atualmente no país. Fico também ameaçou usar seu direito de veto na União Europeia em questões relacionadas a Kiev.Crise energética na União EuropeiaA medida ainda deve provocar um aumento nas tarifas de energia, fortalecendo as pressões inflacionárias e ampliando a crise do custo de vida. Kiev já havia feito declarações sucessivas sobre não ter intenção ou interesse de estender o acordo, o que reacendeu o medo de uma nova crise energética na Europa, alertaram especialistas citados na última semana.A Europa ainda não se recuperou de sua atitude míope de cortar drasticamente sua dependência do gás russo, o que desencadeou um aumento maciço na inflação e desaceleração econômica.O gasoduto Urengoy-Pomary-Uzhgorod transportou cerca de 15,5 bilhões de metros cúbicos de gás no ano passado, respondendo por aproximadamente 4,5% do consumo total de gás na União Europeia, de acordo com a Gazprom. Moldávia e quatro países da UE — Eslováquia, Áustria, Itália e República Tcheca — receberam gás russo por essa rota.O Balkan Stream, alimentado pelo gasoduto Turkish Stream, é agora a única fonte de gás russo para a Europa — garantindo fornecimento a Romênia, Grécia, Macedônia do Norte, Sérvia, Bósnia e Herzegovina e Hungria.
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Interromper trânsito de gás russo via Ucrânia prejudicará mais Kiev do que Moscou, diz revista
20:07 09.01.2025 (atualizado: 21:13 09.01.2025) A interrupção do transporte de gás russo pela Ucrânia causará mais danos a Kiev do que a Moscou, avaliou a revista norte-americana de análise Responsible Statecraft. A medida é tomada por conta do fim do contrato com a Rússia e da decisão das autoridades ucranianas pela não renovação.
A Gazprom anunciou em 1º de janeiro que está técnica e juridicamente impossibilitada de fornecer gás via território ucraniano devido ao término do acordo com a Naftogaz Ucrânia. No mesmo dia,
o fornecimento foi interrompido, diante da falta de renovação do acordo pelas autoridades ucranianas.
"Como agora a Ucrânia depende da Europa e dos Estados Unidos para o fornecimento de eletricidade e combustíveis fósseis, particularmente energia elétrica da Eslováquia, a decisão de [Vladimir] Zelensky provavelmente prejudicará mais a Ucrânia do que a Rússia", escreveu Mike Fredenburg, colunista da revista.
Segundo o autor do artigo, volumes crescentes de produtos petrolíferos da Rússia são vendidos para Turquia e Índia, onde são processados e revendidos à União Europeia (UE). Fredenburg destacou que os preços do gás na Europa aumentaram significativamente com a interrupção do transporte pela Ucrânia.
O especialista questiona ainda se a decisão de Zelensky foi feita para "punir"
países europeus, como Eslováquia e Hungria, em vez de prejudicar a Rússia.
O
primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, declarou anteriormente que, devido à interrupção do trânsito de gás por Kiev, Bratislava poderia suspender o envio de ajuda humanitária,
interromper o fornecimento de energia à Ucrânia em casos de emergência e reduzir consideravelmente o apoio aos cidadãos ucranianos atualmente no país. Fico também ameaçou usar seu direito de veto na União Europeia em questões relacionadas a Kiev.
Crise energética na União Europeia
A medida ainda deve provocar um aumento nas tarifas de energia, fortalecendo as pressões inflacionárias e ampliando a crise do custo de vida. Kiev já havia feito
declarações sucessivas sobre não ter intenção ou interesse de estender o acordo, o que reacendeu o medo de uma
nova crise energética na Europa, alertaram especialistas
citados na última semana.
"Se houver uma crise no fornecimento de energia, a Europa será a mais afetada, e isso enfraquecerá ainda mais seu poder econômico", observou o analista político croata Robert Frank.
A Europa ainda não se recuperou de sua atitude míope de
cortar drasticamente sua dependência do gás russo, o que desencadeou um aumento maciço na inflação e
desaceleração econômica.
O gasoduto Urengoy-Pomary-Uzhgorod transportou cerca de 15,5 bilhões de metros cúbicos de gás no ano passado, respondendo por aproximadamente 4,5% do consumo total de gás na União Europeia, de acordo com a Gazprom. Moldávia e quatro países da UE — Eslováquia, Áustria, Itália e República Tcheca — receberam gás russo por essa rota.
O Balkan Stream, alimentado pelo gasoduto Turkish Stream, é agora a única fonte de gás russo para a Europa —
garantindo fornecimento a Romênia, Grécia, Macedônia do Norte, Sérvia, Bósnia e Herzegovina e Hungria.
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