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Presidente do BC diz que economia aquecida, alta do dólar e clima justificam inflação acima da meta
Presidente do BC diz que economia aquecida, alta do dólar e clima justificam inflação acima da meta
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Em meio ao aumento de 0,52% em dezembro, o Brasil terminou 2024 com inflação de 4,83%, apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)... 10.01.2025, Sputnik Brasil
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No ano passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 4,62%. A meta do governo era de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O resultado deste ano é o pior desde 2022, quando chegou a 5,79%.Conforme o IBGE, os alimentos puxaram a alta do indicador e registraram uma inflação de 7,62%.Em carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, justificou o estouro da meta da inflação aos fatores climáticos, economia brasileira aquecida e desvalorização da moeda brasileira. O dólar, por exemplo, teve valorização de quase 20% em relação ao real no ano, saltando de R$ 4,90 para R$ 6,10. Além disso, o presidente do Banco Central lembrou da influência das mudanças climáticas na inflação. Já o ministro da Casa Civil, Rui Custa, culpou o estouro da meta por conta das cheias e das secas registradas no país ao longo do ano. Porém, a expectativa do governo é de acomodação no índice neste ano.Além disso, o ministro afirmou que o pacote de corte de gastos aprovado no Congresso no fim do ano passado deve influenciar na redução do indicador. "E o conjunto de medidas fiscais votadas em dezembro vai dialogar e já está promovendo seus efeitos de reafirmar o absoluto compromisso fiscal do governo, trazendo de novo a inflação para dentro da meta e dentro dos limites previstos no conjunto da política econômica", acrescentou.Ao todo, são analisados os preços de 377 produtos para compor a inflação no Brasil. Individualmente, a gasolina teve a maior alta, com aumento de 9,71% no ano, seguida pelo plano de saúde, que chegou a 7,87%, e a refeição fora de casa, com alta de 5,7%.
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Presidente do BC diz que economia aquecida, alta do dólar e clima justificam inflação acima da meta
20:17 10.01.2025 (atualizado: 21:50 10.01.2025) Em meio ao aumento de 0,52% em dezembro, o Brasil terminou 2024 com inflação de 4,83%, apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (10). O resultado ficou acima da meta estipulada.
No ano passado, o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 4,62%. A meta do governo era de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O resultado deste ano é o pior desde 2022,
quando chegou a 5,79%.
Conforme o IBGE, os
alimentos puxaram a alta do indicador e registraram uma inflação de 7,62%.
Em carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o novo
presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, justificou o estouro da meta da inflação aos fatores climáticos, economia brasileira aquecida e
desvalorização da moeda brasileira.
"No âmbito doméstico, a percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco [rentabilidade adicional cobrada pelos investidores], as expectativas de inflação e a taxa de câmbio", destacou.
O dólar, por exemplo, teve valorização de quase 20% em relação ao real no ano, saltando de R$ 4,90 para R$ 6,10. Além disso, o presidente do Banco Central lembrou da influência das mudanças climáticas na inflação.
"A seca que atingiu parte do país pressionou os preços de alimentação, em especial, de carnes e leite, em função da deterioração de pastagens, e de produtos como café e laranja", disse. "O ciclo do boi repercutiu nos preços de carne de forma significativa e mais forte do que o esperado, somando-se aos efeitos da seca e da depreciação cambial nesses preços", destacou.
Já o ministro da Casa Civil, Rui Custa, culpou o estouro da meta por conta das cheias e das secas registradas no país ao longo do ano. Porém, a expectativa do governo é de acomodação no índice neste ano.
16 de dezembro 2024, 16:47
"É evidente que a variação da inflação tem impacto nesses dois eventos climáticos fortes que vocês acompanharam, noticiaram, tanto de seca em vários lugares do país como de chuva excessiva em vários lugares do país. Mas eu diria que isso deve se acomodar", declarou.
Além disso, o ministro afirmou que o
pacote de corte de gastos aprovado no Congresso no fim do ano passado deve influenciar na redução do indicador.
"E o conjunto de medidas fiscais votadas em dezembro vai dialogar e já está promovendo seus efeitos de reafirmar o absoluto compromisso fiscal do governo, trazendo de novo a inflação para dentro da meta e dentro dos limites previstos no conjunto da política econômica", acrescentou.
Ao todo, são analisados os preços de 377 produtos para
compor a inflação no Brasil. Individualmente, a gasolina teve a maior alta, com aumento de 9,71% no ano, seguida pelo plano de saúde, que chegou a 7,87%, e a
refeição fora de casa, com alta de 5,7%.
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