Em 'último esforço', EUA pressionam UE a apreender ativos russos congelados, diz mídia
09:09 14.01.2025 (atualizado: 09:10 14.01.2025)
© Sputnik / Vladimir TrefilovRublo (imagem de referência)
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Assessores do presidente dos EUA, Joe Biden, estão pedindo que os países europeus apoiem a transferência de ativos russos congelados para uma conta de custódia que só seria desbloqueada caso um acordo de paz fosse alcançado na Ucrânia, informou a emissora de televisão CNN.
De acordo com autoridades do governo de saída citadas pelo veículo, a Casa Branca está fazendo seu "último esforço" para apreender centenas de bilhões de dólares em ativos russos congelados para usar esses fundos "como uma futura ferramenta de barganha para a Ucrânia".
"Os principais assessores de [Joe] Biden têm trabalhado para convencer os parceiros europeus a apoiar a transferência de cerca de US$ 300 bilhões [R$ 1,8 trilhão] em fundos russos para uma nova conta de custódia, que só seria desbloqueada como parte de um acordo de paz", informou a mídia.
Líderes europeus continuam hesitantes em apreender ativos congelados, informou a CNN, tornando improvável que um acordo seja fechado antes que o presidente eleito Donald Trump tome posse.
A União Europeia (UE) e o G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) bloquearam ativos russos no valor de € 300 bilhões (mais de R$ 1,8 trilhão) desde o início da operação militar especial na Ucrânia, que a Rússia lançou em fevereiro de 2022 para impedir o bombardeio ucraniano de civis em Donbass e para travar os riscos para a segurança nacional colocados pelo avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o leste.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia descreveu a decisão de Bruxelas como um "roubo" que afeta não apenas investidores privados, mas também fundos soberanos.
A representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, alertou que Moscou responderia simetricamente confiscando ativos europeus congelados na Rússia.