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Netanyahu promete secretamente continuar guerra em Gaza, após libertar reféns, diz mídia

© AP Photo / Serviço de Imprensa do Governo de Israel O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, à esquerda, visita as forças israelenses em zona desmilitarizada dentro do território da Síria, terça-feira, 17 de dezembro de 2024.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, à esquerda, visita as forças israelenses em zona desmilitarizada dentro do território da Síria, terça-feira, 17 de dezembro de 2024. - Sputnik Brasil, 1920, 17.01.2025
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez secretamente a promessa ao governo que ele continuará a guerra na Faixa de Gaza depois de finalizar a primeira etapa do acordo de resgate de reféns, afirma o jornal The Washington Post, citando fontes anônimas.
O jornal relata que "a portas fechadas" Netanyahu prometeu a seus aliados de extrema direita que a guerra recomeçaria depois da primeira etapa do acordo. Conforme o acordo, o movimento palestino Hamas deve libertar 33 reféns em troca de mais de 1.000 prisioneiros palestinos.

"De acordo com o tratado, a segunda fase de cessar-fogo será negociada durante a etapa inicial e exigiria a retirada das forças israelenses de Gaza. Se o cessar-fogo falhar após isso, cerca de metade dos reféns do Hamas, muitos deles soldados israelenses, permaneceria em cativeiro", ressalta o The Washington Post.

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No entanto, Gayil Talshir, cientista político da Universidade de Hebrew, que está por dentro das negociações no parlamento israelense, o Knesset, disse ao jornal que Netanyahu concentrou seus esforços nos últimos dias em persuadir Smotrich (oficial que tem posição especial no Ministério da Defesa e controla a agência governamental que supervisiona a política em Gaza e na Cisjordânia) a ficar na equipe do primeiro-ministro.

"Aos olhos de Netanyahu, [Smotrich] é o mais poderoso, porque ele poderia destruir a coalizão, pois Netanyahu está prometendo a Smotrich e Ben Gvir que Israel retorne à guerra depois da primeira fase", sublinhou Talshir.

Anteriormente, Israel e Hamas concordaram com um cessar-fogo de 42 dias, mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, manifestando a intenção de pôr fim às hostilidades, que em 15 meses resultaram na morte de cerca de 46 mil palestinos. O conflito também se estendeu ao Líbano e ao Iêmen, provocando trocas de ataques com foguetes entre Israel e o Irã.
A libertação dos primeiros reféns começará às 16h00 (horário de Israel) no domingo (19) caso o Gabinete dos Ministros e o governo a aprovem, informou o Channel 12 na sexta-feira (17).
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