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Escândalo de corrupção de von der Leyen abala posição internacional da União Europeia, diz analista
Escândalo de corrupção de von der Leyen abala posição internacional da União Europeia, diz analista
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Acusada de ultrapassar os limites de seu cargo e negociar, por debaixo dos panos, um acordo bilionário com a farmacêutica norte-americana Pfizer, Ursula von... 21.01.2025, Sputnik Brasil
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Desde 2023 a carreira política da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, é atravessada por um escândalo de improbidade administrativa sem tamanho.Três anos antes a mandachuva da União Europeia (UE) negociou diretamente com Albert Bourla, presidente executivo da farmacêutica norte-americana Pfizer, a compra de 1,8 bilhão de doses de vacinas para COVID-19 antes mesmo de elas terem passado por testes clínicos.Ao todo, foram acordados contratos no valor de € 35 bilhões.Não só essa não era a função administrativa da presidente da Comissão Europeia como as negociações foram conduzidas através de mensagens de texto e sem o consentimento prévio dos países integrantes da UE.Para piorar, o marido de Ursula, Heiko von der Leyen, atua como diretor médico da Orgenesis, empresa que possui colaborações com a Pfizer.As acusações se originam a partir da denúncia do lobista belga Frederic Baldan ao tribunal de Liège, na Bélgica. Mais de mil pessoas decidiram se juntar ao processo contra Von der Leyen. Os Estados nacionais da Polônia e da Hungria também optaram por se unir à denúncia.No entanto o caminho não foi fácil para as cortes de Liège. A Procuradoria Europeia tentou blindar Von der Leyen da Justiça, primeiro ao tentar trazer para si mesma a investigação e, depois, ao afirmar que a líder da comissão possuía imunidade por seu cargo.A tramitação do cargo, no entanto, ainda está para começar, uma vez que Ursula von der Leyen está hospitalizada com pneumonia, o que garantiu um adiamento do processo mesmo que a mandante ainda esteja bem para continuar ordenando seus comissários europeus.O enfraquecimento europeu na geopolítica globalEm entrevista à Sputnik Brasil, a consultora Carolina Pavese, doutora em relações internacionais pela London School of Economics e professora na Fundação Instituto de Administração (FIA), o caso vem perdendo força política ao longo dos anos com os vaivéns burocráticos, beneficiando a própria chefe da Comissão Europeia, que recém conseguiu ser reeleita para mais um mandato.No entanto, isso não quer dizer que Von der Leyen se encontre em uma posição firme, aterrada em uma forte base política. Para se eleger, ela teve de costurar uma base ampla de centro-direita bastante preocupada com os resultados econômicos, o que traz "fragilidade" para sua posição "pelo próprio momento da conjuntura política da União Europeia".Para Demetrius Pereira, professor de relações internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, uma queda da cartola europeia representa também um abalo dentro e fora da União Europeia.Domesticamente, diz o internacionalista, pode-se ver mais uma tentativa de destituição de Von der Leyen através de um voto de não confiança do Parlamento Europeu, o que resultaria em uma dança das cadeiras dentro da política europeia.Já no cenário internacional, Pereira explica que o cargo que a chefe da Comissão Europeia ocupa é o de maior poder dentro do bloco, e o "enfraquecimento da líder pode levar ao enfraquecimento da organização como um todo".
https://noticiabrasil.net.br/20250106/pfizergate-do-que-a-chefe-da-comissao-europeia-ursula-von-der-leyen-e-acusada-38001604.html
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Escândalo de corrupção de von der Leyen abala posição internacional da União Europeia, diz analista
18:11 21.01.2025 (atualizado: 08:32 22.01.2025) Especiais
Acusada de ultrapassar os limites de seu cargo e negociar, por debaixo dos panos, um acordo bilionário com a farmacêutica norte-americana Pfizer, Ursula von der Leyen pode estar na corda bamba, prenunciando uma derrocada europeia em um mundo cada vez menos eurocêntrico.
Desde 2023 a carreira política da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, é atravessada por um escândalo de improbidade administrativa sem tamanho.
Três anos antes a mandachuva da União Europeia (UE)
negociou diretamente com Albert Bourla, presidente executivo da farmacêutica norte-americana Pfizer, a compra de 1,8 bilhão de doses de vacinas para COVID-19 antes mesmo de elas terem passado por testes clínicos.
Ao todo, foram acordados contratos no valor de € 35 bilhões.
Não só essa não era a função administrativa da presidente da Comissão Europeia como as negociações foram conduzidas através de mensagens de texto e sem o consentimento prévio dos países integrantes da UE.
Para piorar, o marido de Ursula, Heiko von der Leyen, atua como diretor médico da Orgenesis, empresa que possui colaborações com a Pfizer.
As acusações se originam a partir da denúncia do lobista belga Frederic Baldan ao tribunal de Liège, na Bélgica.
Mais de mil pessoas decidiram se juntar ao processo contra Von der Leyen. Os Estados nacionais da Polônia e da Hungria também optaram por se unir à denúncia.
No entanto o caminho não foi fácil para as cortes de Liège. A Procuradoria Europeia tentou blindar Von der Leyen da Justiça, primeiro ao tentar trazer para si mesma a investigação e, depois, ao afirmar que a líder da comissão possuía imunidade por seu cargo.
A tramitação do cargo, no entanto, ainda está para começar, uma vez que Ursula von der Leyen está hospitalizada com pneumonia, o que garantiu um adiamento do processo mesmo que a mandante ainda esteja bem para continuar ordenando seus comissários europeus.
20 de outubro 2024, 06:38
O enfraquecimento europeu na geopolítica global
Em entrevista à Sputnik Brasil, a consultora Carolina Pavese, doutora em relações internacionais pela London School of Economics e professora na Fundação Instituto de Administração (FIA), o caso vem perdendo força política ao longo dos anos com os vaivéns burocráticos, beneficiando a própria chefe da Comissão Europeia, que recém conseguiu ser reeleita para mais um mandato.
No entanto, isso não quer dizer que Von der Leyen se encontre em uma posição firme, aterrada em uma forte base política. Para se eleger, ela teve de costurar uma base ampla de centro-direita
bastante preocupada com os resultados econômicos, o que traz "fragilidade" para sua posição "pelo próprio momento da conjuntura política da União Europeia".
"A União Europeia enfrenta uma crise econômica já antecipada, com muito receio dessa nova ordem global que [Donald] Trump está costurando e que deve desconsiderar os interesses europeus."
Para Demetrius Pereira, professor de relações internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, uma queda da cartola europeia representa também um abalo dentro e fora da União Europeia.
Domesticamente, diz o internacionalista, pode-se ver mais uma tentativa de destituição de Von der Leyen através de um voto de não confiança do Parlamento Europeu, o que resultaria em uma dança das cadeiras dentro da política europeia.
Já no cenário internacional, Pereira explica que o cargo que a chefe da Comissão Europeia ocupa é o de maior poder dentro do bloco, e o "enfraquecimento da líder pode levar ao enfraquecimento da organização como um todo".
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