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Megainundação reencheu o mar Mediterrâneo há 5 milhões de anos, revela novo estudo

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Superfície do oceano (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920, 22.01.2025
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Um dilúvio de enormes proporções chamado de megainundação Zanclean terminou a crise da salinidade messiniana, que durou entre 5,97 milhões e 5,33 milhões de anos atrás, sugere uma nova pesquisa liderada pelo Instituto de Pesquisa do Aquário de Monterey Bay (MBARI, na sigla em inglês).
"A megainundação Zanclean foi um fenômeno natural assombroso, com proporções de descarga e velocidades de deflúvio que ofuscam quaisquer outras inundações conhecidas na história da Terra", disse Aaron Micallef, autor principal do estudo e pesquisador do MBARI.
"Nossa pesquisa fornece a evidência mais convincente até agora deste evento extraordinário", acrescentou, escreve Phys.org.
Durante a crise de salinidade messiniana, o mar Mediterrâneo ficou isolado do oceano Atlântico e evaporou-se, levando a vastos depósitos de sal que remodelaram a paisagem da região.
Durante anos, os cientistas pensaram que este período seco terminou gradualmente, com o reabastecimento do Mediterrâneo ao longo de um período de 10.000 anos.
Mas essa ideia foi desafiada pela descoberta em 2009 de um canal de erosão que se estende do golfo de Cádiz ao mar de Alboran. A descoberta apontou para um único evento de inundação maciça, com duração entre dois e 16 anos, que ficou conhecido como a megainundação Zanclean.
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As estimativas sugerem que esse evento teve uma descarga de 68 a 100 Sverdrups (Sv), com um Sv igual a um milhão de metros cúbicos por segundo.
A nova pesquisa publicada na revista Communications Earth & Environment combina características geológicas recém-descobertas com dados geofísicos e modelagem numérica para fornecer a imagem mais abrangente da megainundação até agora.
A equipe desenvolveu modelos computacionais da megainundação para simular como a água poderia ter se comportado. O modelo sugere que a inundação teria mudado de direção e crescido em intensidade com o passar do tempo, atingindo velocidades de até 32 metros por segundo (cerca de 115,8 km/h), esculpindo canais mais profundos, erodindo mais material e transportando-o por distâncias maiores.
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