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Chade tem protesto popular contra França enquanto países do Sahel discutem saída da CEDEAO
Chade tem protesto popular contra França enquanto países do Sahel discutem saída da CEDEAO
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Enquanto autoridades dos países-membros da Confederação da Aliança dos Estados do Sahel se encontram para preparar documentos que serão ratificados pelos... 25.01.2025, Sputnik Brasil
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Os chefes da diplomacia dos Estados da Confederação se encontrarão no domingo (26) para trabalhar na cooperação entre os países da AES. Segundo foi dito pelo Ministério das Relações Exteriores de Burkina Faso, os países estão trabalhando em uma estratégia concertada e consensual para negociações com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)."Será uma questão de definir uma abordagem comum para negociações capazes de preservar e promover os interesses dos países da Aliança dos Estados do Sahel."Ao mesmo tempo, no Chade, país que não faz parte da AES mas se encontra próximo dela tanto geograficamente quanto na luta anticolonial, uma grande manifestação em apoio à ruptura do acordo militar com a França ocorreu neste sábado (25).Organizada pela plataforma "Chad First", evento reuniu autoridades, crianças em idade escolar, estudantes, empresários e ativistas civis.Em novembro passado, N'Djamena anunciou sua retirada do acordo de cooperação militar com a França. Assinado na década de 1970, esse compromisso se tornou obsoleto, explicou o presidente Mahamat Idriss Déby Itno.O Chade exigiu a saída das tropas francesas antes de 31 de janeiro, o que Paris aceitou.Além disso, o ministro das Relações Exteriores do Togo, Robert Dussey, afirmou que o país pode aceitar o convite para se juntar à Aliança dos Estados do Sahel. "É a decisão do presidente da república, mas não é impossível", disse ele à Voxafrica em 16 de janeiro.O ministro também lamentou a falta de soberania genuína no continente, dizendo que "a África é usada apenas para servir às grandes potências, e isso não é normal". Além disso, a ascensão ao poder de Assimi Goita no Mali "é uma oportunidade" para aquele país saheliano, acrescentou.Em setembro de 2023, Burkina Faso, Níger e Mali formaram a AES para fortalecer suas medidas de segurança colaborativas e promover o progresso socioeconômico para seu povo. Em maio de 2024, as nações endossaram um acordo preliminar delineando o estabelecimento de uma confederação.Segundo o analista político burquinense Lianhoué Imhotep Bayala, Togo se beneficiaria estrategicamente ao separar seu destino da CEDEAO."A CEDEAO hoje é um navio cheio de conceitos coloniais e que não tem mais seu próprio destino fora dos ditames de Paris, fora dos ditames do bloco ocidental e dos países ocidentais", explicou à Sputnik."Devemos sempre lembrar que o Togo é um país suficientemente estratégico que se manteve muito próximo dos países da AES", enfatizou.Lomé não ficou do lado de outros membros da CEDEAO e não hesitou em expressar "sua profunda desilusão com o patrocínio ocidental", observou o especialista.De acordo com o analista, juntar-se à AES permitiria que Lomé "fortalecesse sua infraestrutura portuária e aeroportuária" e se tornasse um "grande centro marítimo" para os países da aliança. Além disso, o Togo poderia ganhar com a experiência antiterrorismo das três nações membros da AES, acrescentou.
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Chade tem protesto popular contra França enquanto países do Sahel discutem saída da CEDEAO
17:48 25.01.2025 (atualizado: 18:42 25.01.2025) Enquanto autoridades dos países-membros da Confederação da Aliança dos Estados do Sahel se encontram para preparar documentos que serão ratificados pelos ministros do Exterior em Ouagadougou, Burkina Faso, amanhã (26), no Chade eclode um protesto popular contra a permanência de tropas francesas em seu território.
Os chefes da diplomacia dos Estados da Confederação se encontrarão no domingo (26) para trabalhar na cooperação entre os países da AES. Segundo foi dito pelo Ministério das Relações Exteriores de Burkina Faso, os países estão trabalhando em uma estratégia concertada e consensual para negociações com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
"Será uma questão de definir uma abordagem comum para negociações capazes de preservar e promover os interesses dos países da Aliança dos Estados do Sahel."
Ao mesmo tempo, no Chade, país que não faz parte da AES mas
se encontra próximo dela tanto geograficamente quanto na luta anticolonial, uma grande manifestação em apoio à ruptura do acordo militar com a França ocorreu neste sábado (25).
Organizada pela plataforma "Chad First", evento reuniu autoridades, crianças em idade escolar, estudantes, empresários e ativistas civis.
Em novembro passado, N'Djamena anunciou sua retirada do acordo de cooperação militar com a França. Assinado na década de 1970, esse compromisso se tornou obsoleto, explicou o presidente Mahamat Idriss Déby Itno.
Além disso, o ministro das Relações Exteriores do Togo, Robert Dussey, afirmou que o país pode aceitar o convite para se juntar à Aliança dos Estados do Sahel. "É a decisão do presidente da república, mas não é impossível", disse ele à Voxafrica em 16 de janeiro.
O ministro também lamentou a falta de soberania genuína no continente, dizendo que "a África é usada apenas para servir às grandes potências, e isso não é normal". Além disso, a ascensão ao poder de Assimi Goita no Mali "é uma oportunidade" para aquele país saheliano, acrescentou.
Em setembro de 2023, Burkina Faso, Níger e Mali formaram a AES para fortalecer suas medidas de segurança colaborativas e promover o progresso socioeconômico para seu povo. Em maio de 2024, as nações endossaram um acordo preliminar
delineando o estabelecimento de uma confederação.
Segundo o analista político burquinense Lianhoué Imhotep Bayala, Togo se beneficiaria estrategicamente ao separar seu destino da CEDEAO.
"A CEDEAO hoje é um navio cheio de conceitos coloniais e que não tem mais seu próprio destino fora dos ditames de Paris, fora dos ditames do bloco ocidental e dos países ocidentais", explicou à Sputnik.
"Devemos sempre lembrar que o Togo é um país suficientemente estratégico que se manteve muito próximo dos países da AES", enfatizou.
Lomé não ficou do lado de outros membros da CEDEAO e não hesitou em expressar "sua profunda desilusão com o patrocínio ocidental", observou o especialista.
De acordo com o analista, juntar-se à AES permitiria que Lomé "fortalecesse sua infraestrutura portuária e aeroportuária" e se tornasse um "grande centro marítimo" para os países da aliança. Além disso, o Togo poderia ganhar com a experiência antiterrorismo das três nações membros da AES, acrescentou.
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