https://noticiabrasil.net.br/20250125/diante-das-ameacas-de-trump-a-solucao-e-a-integracao-latino-americana-38251989.html
Diante das ameaças de Trump, 'a solução é a integração latino-americana', diz cientista político
Diante das ameaças de Trump, 'a solução é a integração latino-americana', diz cientista político
Sputnik Brasil
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, realizará sua primeira viagem à América Latina atraindo o foco das atenções, já que o Panamá e seu... 25.01.2025, Sputnik Brasil
2025-01-25T16:56-0300
2025-01-25T16:56-0300
2025-01-25T18:02-0300
panorama internacional
américas
donald trump
marco rubio
josé raúl mulino
estados unidos
china
américa latina
união das nações sul-americanas
celac
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e8/03/01/33351986_0:0:2914:1640_1920x0_80_0_0_1937263bdee03af7c23b404c38815fbf.jpg
"Nós nunca permitiremos que caia em mãos erradas! Foi entregue como um símbolo de nossa cooperação com o Panamá, não para o benefício de outros. A menos que os princípios, tanto morais quanto legais, desse gesto magnânimo de entrega sejam respeitados , exigiremos que o Canal do Panamá nos seja devolvido, em sua totalidade e sem questionamentos", disse Trump semanas antes de retornar à Presidência dos EUA.O governo panamenho, liderado por José Raúl Mulino, disse que defenderá a soberania do país e seu direito ao canal. Vários países latino-americanos expressaram sua solidariedade a essa posição, incluindo o México, nação que também foi ameaçada por Donald Trump com deportações em massa e tarifas de 25%.'Trump acreditou no conto do Destino Manifesto'Em entrevista à Sputnik, o cientista político e analista venezuelano Martín Pulgar disse que o político republicano é um empresário e um negociador em todas as áreas, então suas ameaças em relação ao canal do Panamá são uma forma de "atacar" para depois negociar politicamente."Trump é realmente um dos atores do Estado Profundo dos Estados Unidos (...) Um bilionário, como todos os que o acompanham, e é ele quem busca decidir o destino dos Estados Unidos... Ele acredita no conto do Destino Manifesto", comentou o especialista.Segundo Martín Pulgar, Washington está ciente de que tem outros concorrentes ao redor do mundo além da Rússia e da China e, portanto, buscará manter seu papel de liderança como potência global a todo custo."Diante da perda de sua influência hegemônica, os Estados Unidos são capazes de agir e destruir se não continuarem sendo o ator principal, porque sabem que, em um mundo em mudança, outros terão poder em diferentes áreas e poderão até superá-los. Enquanto isso, eles tentarão manter cartas de negociação suficientes."Por outro lado, ele esclareceu que enfrentar os Estados Unidos não é uma tarefa fácil, pois envolve custos que as nações nem sempre estão dispostas a assumir.'A solução é a integração latino-americana'Ele acrescentou que os Estados Unidos estão considerando a reindustrialização, embora no passado tenha sido esse mesmo país que forçou nações como a China a se tornarem locais de trabalho. No entanto, lembrou o especialista, a China posteriormente se estabeleceu como uma potência comercial com suas próprias tecnologias."[Trump] está propondo a reindustrialização e [ele quer que os EUA se tornem] um país que exporte novamente, porque antes [os EUA] eram a fábrica do mundo e depois foram substituídos pela China", disse o analista.Mas para competir com o gigante asiático, disse Pulgar, os custos precisam ser reduzidos por meio de mão de obra barata, "e como pode não ser possível conseguir isso porque não a tem, então esses custos diminuem se o canal do Panamá reconsiderar uma taxa fixa, barata ou até gratuita."Diante dessa possibilidade, o cientista político destacou que a América Latina precisa fortalecer suas capacidades."A solução é uma integração latino-americana que ponha fim [a Trump], uma frente comunitária contra os Estados Unidos", disse o especialista, que lembrou que já existem mecanismos para isso, como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL).Sobre se a região poderia consolidar essa união, Martín Pulgar destacou que o próprio Trump e sua visão expansionista poderiam acelerar esse processo, caso a América Latina começasse a se sentir cada vez mais ameaçada pela Casa Branca.
https://noticiabrasil.net.br/20250125/messias-populismo-apocaliptico-de-trump-levara-ao-autoritarismo-38248609.html
https://noticiabrasil.net.br/20250124/guerra-comercial-dos-eua-com-europa-e-asia-seria-oportuna-para-a-industria-do-brasil-nota-analista-38238702.html
https://noticiabrasil.net.br/20250121/panama-na-berlinda-manobra-de-controle-do-canal-pode-se-voltar-contra-trump-argumentam-estudiosos-38197280.html
estados unidos
china
américa latina
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2025
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e8/03/01/33351986_172:0:2763:1943_1920x0_80_0_0_4c7ca5e11e1524fee4dec1f3ef606f1b.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
américas, donald trump, marco rubio, josé raúl mulino, estados unidos, china, américa latina, união das nações sul-americanas, celac, canal do panamá
américas, donald trump, marco rubio, josé raúl mulino, estados unidos, china, américa latina, união das nações sul-americanas, celac, canal do panamá
Diante das ameaças de Trump, 'a solução é a integração latino-americana', diz cientista político
16:56 25.01.2025 (atualizado: 18:02 25.01.2025) O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, realizará sua primeira viagem à América Latina atraindo o foco das atenções, já que o Panamá e seu movimentado canal têm sido alvo de ameaças por parte do presidente Donald Trump, que declarou sua intenção de recuperar o controle dessa rota comercial.
"Nós nunca permitiremos que caia em mãos erradas! Foi entregue como um símbolo de nossa cooperação com o Panamá, não para o benefício de outros. A menos que os princípios, tanto morais quanto legais, desse gesto magnânimo de entrega sejam respeitados , exigiremos que o Canal do Panamá nos seja devolvido, em sua totalidade e sem questionamentos", disse Trump semanas antes de retornar à Presidência dos EUA.
O governo panamenho, liderado por
José Raúl Mulino, disse que
defenderá a soberania do país e seu direito ao canal. Vários países latino-americanos expressaram sua solidariedade a essa posição, incluindo o México, nação que também foi ameaçada por Donald Trump com deportações em massa e tarifas de 25%.
'Trump acreditou no conto do Destino Manifesto'
Em entrevista à Sputnik, o cientista político e analista venezuelano
Martín Pulgar disse que
o político republicano é um empresário e um negociador em todas as áreas, então suas ameaças em relação ao canal do Panamá são uma forma de "atacar" para depois negociar politicamente.
"Trump é realmente um dos atores do Estado Profundo dos Estados Unidos (...) Um bilionário, como todos os que o acompanham, e é ele quem busca decidir o destino dos Estados Unidos... Ele acredita no conto do Destino Manifesto", comentou o especialista.
Segundo Martín Pulgar, Washington está ciente de que tem outros concorrentes ao redor do mundo além da Rússia e da China e, portanto, buscará manter seu papel de liderança como potência global a todo custo.
"Diante da perda de sua influência hegemônica, os Estados Unidos são capazes de agir e destruir se não continuarem sendo o ator principal, porque sabem que, em um mundo em mudança, outros terão poder em diferentes áreas e poderão até superá-los. Enquanto isso, eles tentarão manter cartas de negociação suficientes."
Por outro lado, ele esclareceu que enfrentar os Estados Unidos não é uma tarefa fácil, pois envolve custos que as nações nem sempre estão dispostas a assumir.
'A solução é a integração latino-americana'
Ele acrescentou que os Estados Unidos estão considerando a reindustrialização, embora no passado tenha sido esse mesmo país que forçou nações como a China a se tornarem locais de trabalho. No entanto, lembrou o especialista, a China posteriormente se estabeleceu como uma potência comercial com suas próprias tecnologias.
"[Trump] está propondo a reindustrialização e [ele quer que os EUA se tornem] um país que exporte novamente, porque antes [os EUA] eram a fábrica do mundo e depois foram substituídos pela China", disse o analista.
Mas para competir com o gigante asiático, disse Pulgar, os custos precisam ser reduzidos por meio de mão de obra barata, "e como pode não ser possível conseguir isso porque não a tem, então esses custos diminuem se o canal do Panamá reconsiderar uma taxa fixa, barata ou até gratuita."
Diante dessa possibilidade, o cientista político destacou que a
América Latina precisa fortalecer suas capacidades.
"A solução é uma integração latino-americana que ponha fim [a Trump], uma frente comunitária contra os Estados Unidos", disse o especialista, que lembrou que já existem mecanismos para isso, como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL).
Sobre se a região poderia consolidar essa união, Martín Pulgar destacou que o próprio Trump e sua visão expansionista poderiam acelerar esse processo, caso a América Latina começasse a se sentir cada vez mais ameaçada pela Casa Branca.
"Não há nada que impulsione mais um processo de integração do que uma ameaça de um valentão. A política é a arte do impossível."
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.
Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).