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Chanceler do Peru diz que país vai aceitar deportações dos EUA após acordo com governo Trump

© flickr.com / John SerraoBandeira do Peru
Bandeira do Peru - Sputnik Brasil, 1920, 27.01.2025
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No Brasil, o primeiro grupo de deportados que chegou ao país após o início do governo Donald Trump desembarcou em Manaus (AM), no último sábado (25), com várias denúncias de "tratamento degradante" pelas autoridades norte-americanas. Já a Colômbia aceitou receber voos após a ameaça dos EUA de impor sanções e tarifas de 25% aos produtos do país.
O chanceler peruano, Elmer Schialer, afirmou nesta segunda-feira (27) que o Peru aceitará a chegada de cidadãos deportados dos Estados Unidos em meio à nova política migratória implementada pela administração do presidente Donald Trump.

"Qualquer Estado tem a prerrogativa, incluindo os EUA e o Peru, de não desejar manter em seu território pessoas que infringiram a lei, seja cometendo uma infração migratória, no caso do Peru, seja um delito, no caso dos EUA. Claro que [as deportações seriam aceitas,] é o mesmo que deveria acontecer quando o Peru desejar ou tiver que repatriar", disse Schialer à emissora local Latina.

Além disso, Schialer reiterou que serão implementadas facilidades para que os deportados possam se reinserir econômica e socialmente em seu eventual retorno ao Peru.

"Os peruanos que retornarem nessa situação terão todas as facilidades necessárias para sua reintegração no país. Eles terão atendimento médico, o que é algo central. Com os outros setores, avaliaremos medidas para reintegrá-los ao mercado de trabalho", afirmou o chanceler.

Conforme dados do Instituto Nacional de Estatística e Informática do Peru, cerca de 12 mil pessoas foram deportadas dos EUA desde agosto de 2022 até o momento, por diversos motivos.
Além disso, o ministro detalhou que cerca de 1,06 milhão de peruanos vivem atualmente em território norte-americano, dos quais se estima que 300 mil estejam em situação irregular.
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'Tratamento degradante' de brasileiros

No último sábado, um grupo com 158 pessoas que vivia sem autorização nos Estados Unidos chegou a Manaus algemado e com correntes nos pés. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, declarou que o Brasil fará um pedido de explicações ao governo norte-americano sobre o tratamento, que chamou de "degradante", dos passageiros.
Na sexta-feira (24), um voo com 158 pessoas que viviam ilegalmente nos EUA, sendo 88 brasileiros, partiu do país norte-americano em direção ao Brasil. A aeronave era esperada às 20h00 no aeroporto internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), fazendo escala em Manaus, mas precisou passar por reparos de emergência.
Por orientação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a Polícia Federal recepcionou os passageiros em Manaus e flagrou a situação. O ministro alertou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o que classificou como "desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros", em nota oficial.
Lula então determinou o envio de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar os cidadãos até o destino final.
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Colômbia passa a aceitar voo com deportados

Também nesta segunda, a Colômbia concordou em aceitar voos com imigrantes deportados dos EUA, então as sanções anunciadas anteriormente por Trump não entrarão em vigor se Bogotá continuar assim, disse a Casa Branca.
"O governo da Colômbia concordou com todos os termos do presidente Trump, incluindo a aceitação irrestrita de todos os estrangeiros ilegais da Colômbia que retornaram dos Estados Unidos, inclusive em aeronaves militares dos EUA, sem limitação ou atraso", diz um comunicado.
Donald Trump prometeu durante a campanha eleitoral uma operação de deportação em massa de imigrantes. Após assumir o cargo, em 20 de janeiro, Trump decretou emergência nacional na fronteira sul com o México e ordenou o envio de milhares de tropas para apoiar as autoridades de imigração na segurança da fronteira.
Além disso, determinou a deportação imediata de todos os imigrantes que ingressassem ilegalmente no país pela fronteira sul.
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