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Putin: Rússia está disposta a negociar, mas Zelensky é ilegítimo e não tem 'direito de assinar nada'

© Sputnik / Grigory SysoevPresidente russo, Vladimir Putin discursa em uma reunião ampliada da direção do Ministério da Defesa da Rússia, em 16 de dezembro de 2024
Presidente russo, Vladimir Putin discursa em uma reunião ampliada da direção do Ministério da Defesa da Rússia, em 16 de dezembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 28.01.2025
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Em entrevista ao canal Rossiya 1, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, enfatizou que o conflito na Ucrânia terminaria em, no máximo dois meses, caso o Ocidente interrompesse a ajuda ao regime de Vladimir Zelensky. O líder russo pontuou ainda que os aliados ucranianos persuadiram o país a continuar as hostilidades.
As negociações entre a Rússia e a Ucrânia serão ilegítimas se forem realizadas agora. Isso por conta da necessidade de encontrar uma forma de cancelar o decreto assinado por Vladimir Zelensky, ainda no início da operação militar especial, que proíbe Kiev de negociar com Moscou. É o que enfatizou nesta terça-feira (28) o presidente Putin.

"Se começarmos as negociações agora, elas serão ilegítimas. Há um problema aqui, embora eu não tenha mencionado antes. Por quê? Porque quando o atual chefe do regime, como só podemos chamá-lo hoje, assinou esse decreto, ele era um presidente relativamente legítimo. E agora ele não pode cancelá-lo porque é ilegítimo. Essa é a questão, a armadilha", declarou em entrevista ao canal Rossiya 1.

Caso a Ucrânia queira cancelar o decreto, que proíbe negociações com a Rússia, e encontrar uma maneira legal de fazê-lo — considerando que os poderes do presidente da Ucrânia após o término do mandato são transferidos para o presidente do Parlamento —, isso seria possível, acrescentou Putin.

"Basicamente, em termos gerais, se eles quiserem fazer isso, há um caminho legal. Por favor, que o representante do Parlamento faça isso de acordo com a Constituição. Se quiserem, podem resolver qualquer questão legal. Até agora, simplesmente não vemos tal desejo. Se houver vontade de negociar e encontrar uma solução de compromisso, que qualquer pessoa negocie", defendeu o líder russo.

Apesar disso, Putin pontuou que, caso Zelensky queira participar das negociações, a Rússia vai nomear pessoas que irão ajudar a conduzir o processo. "A questão é sobre a assinatura final dos documentos", lembrou.
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Negociações entre Kiev e Moscou no início do conflito

As negociações com a Ucrânia começaram logo no início da operação militar especial, quando Moscou propôs a Kiev que se retirasse da República Popular de Lugansk (RPL) e da República Popular de Donetsk (RPD), declarou Putin.

"As negociações, na verdade, começaram imediatamente após o início da operação militar especial. Desde o início, dissemos às autoridades ucranianas da época que as pessoas na República Popular de Lugansk e na República Popular de Donetsk não queriam fazer parte da Ucrânia. Retirem-se e pronto, tudo acabará, sem ações de combate", afirmou Putin.

Porém, também em 2022, Moscou recebeu sinais de Kiev de que lutariam até o último ucraniano, principalmente por conta da pressão ocidental.
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Veja abaixo os destaques da entrevista:

A soberania da Ucrânia é quase inexistente. O Ocidente persuadiu Kiev a continuar as hostilidades;
Durante as negociações em Istambul, em 2022, Kiev propôs "acabar" com o conflito em um encontro pessoal entre os presidentes. Putin deveria ter se encontrado com o então presidente ucraniano, Vladimir Zelensky;
Devido à sua ilegitimidade, Zelensky agora não tem o direito de assinar nada;
A Rússia ainda não viu nenhum desejo por parte da Ucrânia de concluir um acordo legal;
Se a Ucrânia quiser revogar o decreto que proíbe negociações com a Rússia, encontrará uma maneira legal de levar isso à frente. O presidente do parlamento pode fazê-lo;
As negociações entre Moscou e Kiev serão ilegítimas se forem realizadas agora, e é necessário encontrar uma maneira de anular o decreto assinado anteriormente.
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