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Reforma ministerial: eleição de Trump pode forçar abertura de espaço para o centrão no governo Lula?
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve passar por uma reforma ministerial para a segunda metade do seu governo. Pastas estratégicas devem ser... 31.01.2025, Sputnik Brasil
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De olho em 2026 e também com o intuito de realizar entregas, conter a inflação e evitar desajustes ou falhas, o governo deve fazer uma reforma ministerial. Às vésperas das eleições para a Câmara e para o Senado, o nome de Arthur Lira (PP-AL), cujo mandato está se encerrando na presidência da Câmara, é ventilado para a pasta da Agricultura. Entretanto, em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta sexta-feira (31), o deputado afirmou que o assunto nunca foi conversado.A abertura de espaço para o centrão em uma próxima reforma ministerial não seria um efeito colateral da ascensão de Trump ao poder nos EUA, segundo analistas ouvidos pela Sputnik Brasil. Nesse caso, eles apontam que questões internas falam mais alto neste momento. No entanto a volta de Trump deve fortalecer a oposição brasileira e, assim, pressionar ainda mais o governo, criando expectativas para a direita em 2026. Para Marcus Ianoni, professor de ciência política da Universidade Federal Fluminense (UFF), resultados ruins da esquerda nas eleições municipais de 2024 e a avaliação crítica do governo Lula pelos eleitores estão diretamente ligadas à possibilidade da reforma nos ministérios.Outro ponto ressaltado e que aponta para a reforma ministerial é a relação estremecida entre o governo e o Congresso. Segundo Ernani Carvalho, professor titular de ciência política e coordenador do Programa de Pós-Graduação Profissional em Políticas Públicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o governo quer tomar as rédeas do processo decisório e precisa barganhar para conseguir isso.Em torno dessa relação entre os poderes, o analista aponta que a redistribuição das cadeiras dos ministérios, que está por vir, e o desfecho relativo ao bloqueio das emendas parlamentares devem ser os principais desafios de Lula para o futuro próximo.Trump pode inflamar direita brasileiraA eleição de Trump, para os analistas, deve ter um efeito muito maior na oposição ao governo, onde o líder norte-americano pode funcionar como combustível para pressionar Lula.Inclusive a volta do republicano à Casa Branca cria "uma certa expectativa de que em 2026 a gente tenha um retorno da direita e da extrema-direita ao poder", avalia Bruno Schaefer, professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP/UERJ).O "efeito Trump", conforme Carvalho, trará forças para a direita, que vai pressionar e tentar polemizar a gestão Lula em relação ao governo norte-americano.Na mesma linha, Schaefer acredita que o governo deva sofrer pressão por parte da oposição a partir da presença de Donald Trump na Casa Branca. Entretanto ele afirma que isso dependerá de como a gestão do presidente norte-americano vai se desdobrar. O fortalecimento da oposição deve tornar, segundo Ianoni, o cenário difícil para o governo Lula, o que vai requerer muita habilidade política. "O centrão, de modo geral, não apoia a política econômica que o governo gostaria de implementar para realizar seus objetivos", diz.Por outro lado, ele não acredita que, em eventuais ataques ou imposições de tarifas ao Brasil por parte dos EUA, os novos presidentes da Câmara e do Senado apoiarão a Casa Branca, pelo contrário, tenderão a defender, ainda que minimamente, os interesses nacionais.
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Reforma ministerial: eleição de Trump pode forçar abertura de espaço para o centrão no governo Lula?
18:51 31.01.2025 (atualizado: 21:46 31.01.2025) Especiais
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve passar por uma reforma ministerial para a segunda metade do seu governo. Pastas estratégicas devem ser assumidas pelo centrão, mas a chegada de Donald Trump à Casa Branca pode abrir ainda mais espaço para essa faixa do espectro político no governo?
De olho em 2026 e também com o intuito de realizar entregas, conter a inflação e evitar desajustes ou falhas, o governo deve fazer uma reforma ministerial. Às vésperas das eleições para a Câmara e para o Senado, o nome de
Arthur Lira (PP-AL), cujo mandato está se encerrando na presidência da Câmara, é ventilado para a
pasta da Agricultura. Entretanto, em entrevista ao jornal O Globo
publicada nesta sexta-feira (31), o deputado afirmou que o assunto nunca foi conversado.
A abertura de espaço para o centrão em uma próxima
reforma ministerial não seria um efeito colateral da ascensão de Trump ao poder nos EUA, segundo analistas ouvidos pela
Sputnik Brasil. Nesse caso, eles apontam que questões internas falam mais alto neste momento. No entanto a volta de Trump deve fortalecer a oposição brasileira e, assim, pressionar ainda mais o governo, criando expectativas para a direita em 2026.
31 de outubro 2024, 16:40
Para Marcus Ianoni, professor de ciência política da Universidade Federal Fluminense (UFF), resultados ruins da esquerda nas eleições municipais de 2024 e a avaliação crítica do governo Lula pelos eleitores estão diretamente ligadas à possibilidade da reforma nos ministérios.
Outro ponto ressaltado e que aponta para a reforma ministerial é a relação estremecida entre o governo e o Congresso. Segundo Ernani Carvalho, professor titular de ciência política e coordenador do Programa de Pós-Graduação Profissional em Políticas Públicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o governo quer tomar as rédeas do processo decisório e precisa barganhar para conseguir isso.
"O aumento da base aliada, o que tem por missão essa reforma ministerial que se avizinha, é para dar estabilidade ao processo decisório do governo. O governo para governar precisa da anuência do parlamento, então para isso ele precisa formar uma coalizão. O governo Lula nesses dois primeiros anos já viu que o que ele tinha no Lula 1 e Lula 2 não tem mais, é cada vez mais caro o pedágio de negociação com o Legislativo para aprovação das propostas do governo", comenta.
Em torno dessa relação entre os poderes, o analista aponta que a redistribuição das
cadeiras dos ministérios, que está por vir, e o desfecho relativo ao bloqueio das emendas parlamentares devem ser os principais desafios de Lula para o futuro próximo.
Trump pode inflamar direita brasileira
A eleição de Trump, para os analistas, deve ter um efeito muito maior na oposição ao governo, onde o líder norte-americano pode funcionar como combustível para pressionar Lula.
"A vitória do Trump tende a estimular a oposição de extrema-direita contra o governo, uma oposição que tem sido forte nos últimos anos. Para se proteger contra essa oposição, o governo precisa melhorar o desempenho governamental, e é em função disso que se discute a possibilidade de ocorrer uma reforma ministerial", diz Ianoni.
Inclusive a volta do republicano à Casa Branca cria "uma certa expectativa de que em 2026 a gente tenha um retorno da direita e da extrema-direita ao poder", avalia Bruno Schaefer, professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP/UERJ).
O "efeito Trump", conforme Carvalho, trará forças para a direita, que vai pressionar e tentar polemizar a gestão Lula em relação ao governo norte-americano.
"É perceptível o silêncio da gestão Lula logo após a vitória de Trump, porque justamente ele não quer polemizar. Quem vai querer polemizar? A oposição. Então, sim, eles vão usar de todas as ferramentas e instrumentos possíveis, seja no Legislativo, seja no Judiciário, seja provocando autoridades governamentais no Executivo para que aqui e ali ocorra algum tipo de lance diplomático que comprometa a relação Brasil-Estados Unidos, provocando o governo brasileiro ou colocando o governo brasileiro em uma saia justa", analisa.
Na mesma linha, Schaefer acredita que o governo deva sofrer pressão por parte da oposição a partir da presença de Donald Trump na Casa Branca. Entretanto ele afirma que isso dependerá de
como a gestão do presidente norte-americano vai se desdobrar.
"Se você adotar, por exemplo, essa política de tarifas mais radical, isso vai ter consequências para a economia brasileira. Então vai ser necessário algum tipo de acordo", pontua.
O fortalecimento da oposição deve tornar, segundo Ianoni, o cenário difícil para o governo Lula, o que vai requerer muita habilidade política. "O centrão, de modo geral, não apoia a política econômica que o governo gostaria de implementar para realizar seus objetivos", diz.
Por outro lado, ele não acredita que, em eventuais ataques ou imposições de tarifas ao Brasil por parte dos EUA, os novos presidentes da Câmara e do Senado apoiarão a Casa Branca, pelo contrário, tenderão a defender, ainda que minimamente, os interesses nacionais.
"Eu não creio que políticos alçados a esse posto máximo de representação institucional, que são a presidência da Câmara e do Senado, vão se curvar às medidas de Trump que possam prejudicar o país e os brasileiros", conclui.
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