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Há um 'esgotamento das pessoas na Ucrânia com Zelensky', atestam jornalistas brasileiros
Há um 'esgotamento das pessoas na Ucrânia com Zelensky', atestam jornalistas brasileiros
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Incompetência de uma gestão forjada a um ferro de qualidade duvidosa. Assim pode ser definido o fracasso de Vladimir Zelensky ao tentar gerir a Ucrânia ao... 05.02.2025, Sputnik Brasil
2025-02-05T18:46-0300
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Em entrevista ao Mundioka, podcast da Sputnik Brasil, Gustavo Freitas, analista internacional e jornalista, contou que teve a oportunidade de conversar com moradores para entender como o conflito afeta a realidade e transforma o anormal em comum na Ucrânia.Freitas diz que, ao chegar ao país, observou o ambiente denso e o contraste entre a realidade no campo de batalha e a vida cotidiana nas cidades. Uma das primeiras percepções foi a ausência de qualquer símbolo visível de apoio a Vladimir Zelensky. Na verdade, em sua jornada por Kiev e Odessa, ele sequer encontrou imagens do ucraniano, o que, segundo ele, indica um cansaço da população em relação à suposta liderança do governo.Durante a passagem pela Ucrânia, Freitas ouviu de pessoas que estão cansadas, que o conflito "é uma brincadeira, isso aqui é pura política, isso aqui é pura corrupção. Não tem ninguém se importando com o povo ucraniano aqui". Estão insatisfeitas com promessas não cumpridas e pedem novas eleições. Insatisfação sobressaiEmbora as pessoas na Ucrânia ainda mantenham um forte vínculo com a resistência nacional, especialmente no Exército, muitas expressam frustração com o governo. Em Odessa, por exemplo, uma moradora declarou que é mais sensato ceder territórios temporariamente e esperar uma possível mudança no cenário do que continuar lutando e perdendo muitas vidas, incluindo as de filhos e netos, em um conflito que parece não ter fim.Por outro lado, o sentimento de solidariedade com os russos ainda persiste em diferentes localidades, mostrando a relevância do vínculo histórico e cultural com a Rússia. "A gente sempre teve muito contato com os russos, os soldados russos, o Exército russo sempre ajudou muito a gente. Quando a gente precisava, a minha família toda já trabalhou para os russos em algum momento, […] então sempre foi uma coisa muito natural", relatou um taxista não identificado em conversa com o jornalista.A outra face de DonbassA região de Donbass, que compreende as repúblicas de Donetsk e Lugansk, integradas à Rússia junto com as regiões de Kherson e Zaporozhie por vontade popular, tem sido palco de intensos confrontos há mais de dez anos. Por trás da narrativa sobre conflito e caos, há uma história de identidade, resistência e, acima de tudo, uma ligação indissolúvel com a Rússia. O jornalista e autor do livro "O povo esquecido: uma história de genocídio e resistência no Donbass", Eduardo Vasco, pontua uma perspectiva raramente explorada pela mídia ocidental: a verdadeira história e os anseios de um povo que, desde os tempos do Império Russo, sempre se considerou parte da Rússia.De acordo com Vasco, Donbass sempre foi uma região profundamente ligada à Rússia, tanto cultural quanto etnicamente; isso não é uma coisa recente. A população local, predominantemente de origem russa, tem sua identidade marcada pela língua, costumes e uma forte presença da religião ortodoxa.O vínculo emocional e cultural com Moscou é tão forte que, antes mesmo de qualquer movimentação política ou militar, muitos habitantes de Donetsk e Lugansk já viam o presidente russo, Vladimir Putin, como seu líder legítimo. Essa ligação histórica remonta à fundação da região sob o Império Russo e foi reforçada durante a era soviética, quando Donbass se consolidou como um centro industrial vital, especialmente nas áreas de carvão e metalurgia.Operação militarUma operação militar especial foi iniciada pela Rússia na Ucrânia em fevereiro de 2022. Na ocasião, Vladimir Putin afirmou que seu objetivo era "proteger pessoas que, há oito anos, sofriam abusos e genocídio por parte do regime de Kiev".Putin destacou ainda que a operação foi uma medida necessária, pois "não deixaram outra escolha à Rússia e os riscos à segurança tornaram impossível reagir de outra maneira".As autoridades russas reiteraram que o país resistirá à pressão das sanções, que continuam a se intensificar. Além disso, Putin lembrou que a política de contenção e enfraquecimento da Rússia é uma estratégia de longo prazo do Ocidente e que as sanções causaram um grande impacto na economia global. Conforme o presidente, o objetivo principal do Ocidente é piorar a vida de milhões de pessoas.
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Há um 'esgotamento das pessoas na Ucrânia com Zelensky', atestam jornalistas brasileiros
18:46 05.02.2025 (atualizado: 22:04 05.02.2025) Redação
Equipe da Sputnik Brasil
Especiais
Incompetência de uma gestão forjada a um ferro de qualidade duvidosa. Assim pode ser definido o fracasso de Vladimir Zelensky ao tentar gerir a Ucrânia ao longo dos últimos anos. Não à toa, os ucranianos têm demonstrado cansaço e clamam por eleições, relatam jornalistas brasileiros que estiveram no país recentemente.
Em entrevista ao
Mundioka, podcast da
Sputnik Brasil, Gustavo Freitas, analista internacional e jornalista, contou que teve a oportunidade de conversar com moradores para entender como o conflito afeta a realidade e transforma o anormal em comum na Ucrânia.
Freitas diz que, ao chegar ao país, observou o ambiente denso e o contraste entre a
realidade no campo de batalha e a vida cotidiana nas cidades. Uma das primeiras percepções foi a ausência de qualquer símbolo visível de apoio a Vladimir Zelensky. Na verdade, em sua jornada por Kiev e Odessa,
ele sequer encontrou imagens do ucraniano, o que, segundo ele, indica um cansaço da população em relação à suposta liderança do governo.
"Passei dez dias na Ucrânia e em nenhum momento, em nenhum local, eu vi uma foto sequer do Zelensky por aí. Não via. E, assim, quando você tá ali na praça Maidan [praça da Independência], que é ali o coração dos protestos, que você tem bandeiras para os mortos ucranianos, você tem muita gente vendendo souvenir ali, [...] você vai encontrar fotos do brasão do Exército ucraniano, mas você não tem absolutamente ninguém vendendo nada com a cara do Zelensky", detalhou o analista.
Durante a passagem pela Ucrânia, Freitas ouviu de pessoas que estão cansadas, que o conflito "é uma brincadeira, isso aqui é pura política, isso aqui é pura corrupção. Não tem ninguém se importando com o povo ucraniano aqui". Estão insatisfeitas com promessas não cumpridas e pedem novas eleições.
Embora as pessoas na Ucrânia ainda mantenham um forte vínculo com a resistência nacional, especialmente no Exército, muitas expressam frustração com o governo. Em Odessa, por exemplo, uma moradora declarou que é mais sensato ceder territórios temporariamente e esperar uma possível mudança no cenário do que continuar lutando e perdendo muitas vidas, incluindo as de filhos e netos, em um conflito que parece não ter fim.
"Há uma percepção de esgotamento das pessoas na Ucrânia com Zelensky. As pessoas têm uma ligação muito forte com o Exército ucraniano, afinal ali estão os pais, avós, filhos, netos das pessoas, mas não têm nenhuma empatia ao ponto de as pessoas defenderem com unhas e dentes o governo do Zelensky."
Por outro lado, o sentimento de solidariedade com os russos ainda persiste em diferentes localidades, mostrando a relevância do vínculo histórico e cultural com a Rússia.
"A gente sempre teve muito contato com os russos, os soldados russos, o Exército russo sempre ajudou muito a gente. Quando a gente precisava, a minha família toda já trabalhou para os russos em algum momento, […] então sempre foi uma coisa muito natural", relatou um taxista não identificado em conversa com o jornalista.
A
região de Donbass, que compreende as repúblicas de Donetsk e Lugansk, integradas à Rússia junto com as regiões de Kherson e Zaporozhie por vontade popular, tem sido palco de intensos confrontos há mais de dez anos. Por trás da narrativa sobre conflito e caos, há uma história de identidade, resistência e, acima de tudo, uma ligação indissolúvel com a Rússia.
O jornalista e autor do livro "O povo esquecido: uma história de genocídio e resistência no Donbass", Eduardo Vasco, pontua uma perspectiva raramente explorada pela mídia ocidental: a verdadeira história e os anseios de um povo que, desde os tempos do Império Russo, sempre se considerou parte da Rússia.
De acordo com Vasco, Donbass sempre foi uma região profundamente ligada à Rússia, tanto cultural quanto etnicamente; isso não é uma coisa recente. A população local, predominantemente de origem russa, tem sua identidade marcada pela língua, costumes e uma forte presença da religião ortodoxa.
"Embora talvez não seja tão forte quanto nos mais velhos, o sentimento patriótico e até mesmo antifascista [...] permanece existente também na juventude", pontuou Vasco ao podcast.
O vínculo emocional e cultural com Moscou é tão forte que, antes mesmo de qualquer movimentação política ou militar, muitos habitantes de Donetsk e Lugansk já viam o presidente russo, Vladimir Putin, como seu líder legítimo. Essa ligação histórica remonta à fundação da região sob o Império Russo e foi reforçada durante a era soviética, quando Donbass se consolidou como um centro industrial vital, especialmente nas áreas de carvão e metalurgia.
Uma
operação militar especial foi iniciada pela Rússia na Ucrânia em fevereiro de 2022. Na ocasião, Vladimir Putin afirmou que seu objetivo era "proteger pessoas que, há oito anos, sofriam
abusos e genocídio por parte do regime de Kiev".
Putin destacou ainda que a operação foi uma medida necessária, pois "não deixaram outra escolha à Rússia e os riscos à segurança tornaram impossível reagir de outra maneira".
As autoridades russas reiteraram que o país resistirá à pressão das sanções, que continuam a se intensificar. Além disso, Putin lembrou que a política de contenção e enfraquecimento da Rússia é uma estratégia de longo prazo do Ocidente e que as sanções causaram um grande impacto na economia global. Conforme o presidente, o objetivo principal do Ocidente é piorar a vida de milhões de pessoas.
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