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'Se China mostrar fraqueza, EUA vão além': onde parará a guerra comercial entre Pequim e Washington?

© AP Photo / Andy WongBandeiras nacionais dos EUA e da China antes da reunião bilateral entre Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, e He Lifeng, vice-primeiro-ministro chinês, na Casa de Hóspedes Guangdong Zhudao, província de Guangdong, China, 6 de abril de 2024
Bandeiras nacionais dos EUA e da China antes da reunião bilateral entre Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, e He Lifeng, vice-primeiro-ministro chinês, na Casa de Hóspedes Guangdong Zhudao, província de Guangdong, China, 6 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 06.02.2025
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Apesar de método usual do presidente dos EUA, Donald Trump, de obter mais privilégios ante negociações – impostos – a forte resposta da China demonstra que Pequim não se submeterá à pressão tarifária e, ainda mais, pode fazer os EUA pagarem pela escalada da "guerra comercial", opina um especialista entrevistado pela Sputnik.
Com o início do novo mandato de Trump, a China e os EUA entraram rapidamente em um confronto comercial, que inevitavelmente terá um grande impacto na economia e no comércio dos dois países e do mundo.
Porém, com a interdependência econômica global, Washington vai ter que encontrar um equilíbrio entre a retórica política e os interesses econômicos, crê o professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Nanjing, Gong Honglie.
O especialista observou que os métodos usuais de pressão de Trump, em curto prazo, vão criar um efeito negativo no comércio bilateral, mas, devido à repetição deles, sua eficácia vai diminuir.
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Segundo ele, a China não pode deixar de responder, uma vez que as tarifas de Trump fazem parte de sua estratégia de negócios para receber mais vantagens através de ações duras, por isso "se a China demonstrar fraqueza, os EUA poderão ir além".

"Embora alguns falcões norte-americanos continuem a promover a ideia de 'desconexão' [dos EUA] da China, um 'divórcio' completo é improvável, pois é desvantajoso para os próprios EUA. As empresas americanas, especialmente aquelas ligadas à China, expressarão seu descontentamento. Muitas empresas tentarão influenciar o governo por meio de lobby para mitigar as consequências", opinou.

Entre as empresas, Honglie nomeou o Google que ocupa uma grande parte do mercado de serviços de Internet.
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Falando sobre o futuro da "guerra comercial", o especialista enfatizou que é pouco provável que Trump tome medidas conscientemente desfavoráveis, enquanto a China espera resolver os problemas por meio de negociações.

"Por exemplo, o foco do governo Trump em 'América Primeiro' [America First] pode mudar o foco, por exemplo, para resolver a crise da Ucrânia. Para a China, a incerteza prolongada é ruim para a estabilidade de sua economia."

A julgar pela interação entre as partes antes e depois de Trump assumir o cargo, ele não se opõe ao diálogo com Pequim, disse o especialista, mas o resultado depende do progresso das negociações e do ajuste das estratégias.
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Em 1º de fevereiro, Trump impôs tarifas de 10% sobre todos os produtos chineses.
Já na terça-feira (4), a China respondeu com impostos de 15% sobre o carvão e gás natural liquefeito dos Estados Unidos.
Além disso, uma taxa adicional de 10% foi imposta sobre petróleo bruto, maquinário agrícola, veículos de grande porte e caminhonetes norte-americanos.
A China também entrou com uma queixa contra as medidas fiscais dos Estados Unidos no mecanismo de solução de controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC).
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