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Saiba como foi a participação de cada um dos 34 denunciados pela PGR na tentativa de golpe de Estado

© Foto / Fernando Frazão / Agência BrasilO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reúne apoiadores em manifestação política na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 21 de abril de 2024
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reúne apoiadores em manifestação política na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 21 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 19.02.2025
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Na última terça-feira (18), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado. O caso segue para análise do Supremo Tribunal Federal (STF), que pode dar prosseguimento ou não ao processo judicial.
O documento assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, detalha em 272 páginas a participação de cada um dos denunciados na trama golpista para impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No texto, Bolsonaro é apontado como o líder da organização criminosa responsável por atos contra a democracia.
No pedido, que ainda está sendo analisado pela Primeira Turma do STF, a PGR pede que o ex-presidente seja condenado a 34 anos de prisão pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio, além de liderança de organização criminosa armada e deterioração de patrimônio público.
Em nota assinada pelo advogado Paulo Cunha Bueno, a defesa do ex-presidente declarou que Bolsonaro "jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam".

"Não há qualquer mensagem do então presidente da República que embase a acusação, apesar de uma verdadeira devassa que foi feita em seus telefones pessoais", acrescentou o texto.

Jair Bolsonaro e Mauro Cid - Sputnik Brasil, 1920, 18.02.2025
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Ex-presidente Jair Bolsonaro é denunciado pela PGR por tentativa de golpe de Estado em 2022

Veja abaixo como foi a participação dos demais denunciados:

Walter Souza Braga Netto

Ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, foi vice na chapa de Bolsonaro em 2022. Segundo a PGR, participou do planejamento golpista, incluindo reuniões com militares para pressionar autoridades. Também articulou a obtenção de recursos e coordenou ações para gerar instabilidade política.

Augusto Heleno Ribeiro Pereira

Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), integrava o núcleo central do plano golpista. Apoiou ataques contra as urnas eletrônicas e orientou ações clandestinas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em reuniões, defendeu medidas antes das eleições para evitar a vitória da oposição.

Anderson Gustavo Torres

Ex-ministro da Justiça, participou de reuniões sobre policiamento direcionado para prejudicar eleitores da oposição. Guardava uma minuta de golpe e, como secretário de Segurança do Distrito Federal, permitiu omissões estratégicas que facilitaram os atos do 8 de Janeiro de 2023.

Alexandre Rodrigues Ramagem

Ex-chefe da Abin e deputado federal, forneceu documentos e argumentos para Bolsonaro contestar as urnas. Ajudou a planejar medidas ilegais, como o descumprimento de ordens judiciais pela Polícia Federal (PF), caso fossem contrárias aos interesses do grupo.

Silvinei Vasques

Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), participou de reuniões para empregar forças policiais em prol da permanência de Bolsonaro. Ordenou operações para dificultar o voto de eleitores da oposição e afirmou que era o momento de a PRF "tomar lado na disputa".

Filipe Garcia Martins Pereira

Ex-assessor internacional de Bolsonaro, apresentou e sustentou o projeto de decreto golpista. Defendeu sua implementação diretamente para Bolsonaro e líderes militares. Assumiria um cargo estratégico no governo paralelo em caso de golpe.

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira

Ex-ministro da Defesa, incentivou o questionamento do sistema eleitoral e pressionou militares a aderirem ao golpe. Em novembro de 2022, divulgou nota insinuando fraude eleitoral, mesmo sem provas. Levou o decreto golpista aos comandantes militares.

Almir Garnier Santos

Ex-comandante da Marinha, aderiu ao movimento golpista e pressionou outros ramos das Forças Armadas a seguirem o mesmo caminho. A PGR destaca que ele se via como um "verdadeiro patriota" na luta contra o sistema democrático.

Mauro César Barbosa Cid

Tenente-coronel e ajudante de ordens de Bolsonaro, atuou como intermediário na articulação do golpe. Guardava registros do decreto golpista em seus dispositivos eletrônicos e coordenava ações entre Bolsonaro e os militares envolvidos.

Ailton Gonçalves Moraes Barros

Militar da reserva, operou na disseminação de desinformação e na incitação de militares a apoiarem o golpe. Participou de redes de ataques virtuais contra opositores do governo Bolsonaro.

Angelo Martins Denicoli

Major da reserva, fez a ponte entre o grupo golpista e o influenciador Fernando Cerimedo. Contribuiu com a elaboração de um relatório usado para questionar a legitimidade das urnas eletrônicas.

Bernardo Romão Correa Netto

Coronel do Exército, pressionou o alto comando militar a aderir ao golpe. Atuava em ações estratégicas para convencer lideranças militares a aceitarem a ruptura institucional.

Carlos Cesar Moretzsohn Rocha

Presidente do Instituto Voto Livre, contratado para auditar as urnas eletrônicas. Seu núcleo propagou desinformação e ataques virtuais contra instituições e autoridades contrárias ao golpe.

Cleverson Ney Magalhães

Coronel do Exército, trabalhou para convencer e pressionar o alto comando a aderir ao golpe.

Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira

Ex-chefe do Comando de Operações Terrestres, aceitou coordenar a atuação do Exército para viabilizar o golpe. Estava comprometido em executar ações de ruptura institucional, caso Bolsonaro assinasse o decreto.

Fabrício Moreira de Bastos

Coronel do Exército, promoveu ações estratégicas para pressionar o alto comando militar a apoiar o golpe.

Fernando de Sousa Oliveira

Ex-secretário executivo da Segurança Pública do Distrito Federal, coordenou forças policiais para garantir a permanência de Bolsonaro no poder.

Giancarlo Gomes Rodrigues

Sargento cedido à Abin, atuou na produção de desinformação contra opositores políticos. Era um dos responsáveis por operações clandestinas de monitoramento.

Guilherme Marques de Almeida

Tenente-coronel, participou da disseminação em massa de conteúdos falsos e antidemocráticos por aplicativos de mensagens.

Hélio Ferreira Lima

Membro das Forças Especiais do Exército, envolvido no monitoramento e plano de assassinato de autoridades. Espionou o ministro Alexandre de Moraes.

Marcelo Araújo Bormevet

Policial federal cedido à Abin, comandava a célula de contrainteligência que produzia desinformação contra opositores do governo Bolsonaro.

Marcelo Costa Câmara

Coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, coordenou ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas.

Márcio Nunes de Resende Júnior

Coronel do Exército, trabalhou para pressionar o alto comando militar a aderir ao golpe.

Mário Fernandes

General do Exército e ex-secretário executivo da Presidência, comandou a força de elite do Exército. Responsável por monitorar as autoridades e coordenar atos golpistas.

Marília Ferreira de Alencar

Delegada da PF e então diretora de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça, coordenou o uso das forças policiais para sustentar a permanência de Bolsonaro.

Nilton Diniz Rodrigues

General assistente do comandante do Exército, promoveu ações para convencer militares a apoiar o golpe.

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho

Influenciador ligado à Jovem Pan, neto do ex-presidente João Figueiredo. Usou sua influência para atacar militares que não aderiram ao golpe.

Rafael Martins de Oliveira

Membro das Forças Especiais envolvido no monitoramento e no plano de assassinato de autoridades, incluindo Alexandre de Moraes.

Reginaldo Vieira de Abreu

Coronel do Exército e chefe de gabinete na Presidência, participou da disseminação de desinformação e ataques virtuais.

Rodrigo Bezerra de Azevedo

Membro das Forças Especiais envolvido no monitoramento e plano de assassinato de autoridades.

Ronald Ferreira de Araújo Júnior

Tenente-coronel do Exército, trabalhou para pressionar o alto comando a aderir ao golpe.

Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros

Tenente-coronel do Exército, participou da articulação para convencer militares a apoiar o golpe.

Wladimir Matos Soares

Agente da PF, vazou informações sensíveis sobre a segurança de Lula. Participou de planos de monitoramento e assassinato de autoridades.
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