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Carnaval de 2025: dentro e fora dos desfiles, artesãos movimentam as artes no Rio de Janeiro
Carnaval de 2025: dentro e fora dos desfiles, artesãos movimentam as artes no Rio de Janeiro
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O Carnaval de 2025 foi um marco para o Rio de Janeiro, com movimentação econômica estimada em 5 bilhões de reais e a presença de cerca de 8 milhões de foliões... 07.03.2025, Sputnik Brasil
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Deste montante, 500 milhões de reais foram acumulados em impostos. No entanto, a festa não se resume aos grandes desfiles da Sapucaí ou aos blocos de rua. Ela também engloba uma economia criativa, com destaque para o trabalho de pequenos artesãos, como os que atendem os foliões nas lojas da Saara e nas ruas da cidade.O Carnaval, com sua magnitude, é o reflexo de um esforço conjunto de muitas pessoas, sendo que artistas e trabalhadores de diversas áreas, como os responsáveis pelas alegorias e esculturas, são parte essencial desse processo. Acompanhando esse contexto, o podcast Jabuticaba Sem Caroço, da Sputnik Brasil, conversou com Juscelino Ribeiro, chefe da equipe responsável pela pintura de artes e esculturas da escola de samba carioca Salgueiro, incluindo o uso de robôs nos desfiles.Segundo explicado ao programa, Ribeiro tem uma longa trajetória no mundo do Carnaval, com destaque para o Festival de Parintins, no Amazonas, que ele considera uma vitrine para novos movimentos artísticos."Tem um festival lá que acontece no Amazonas, o bois-bumbás de Parintins, que serve de certa forma de vitrine para quem está assistindo", explica. Ele destacou ainda que, neste ano, a diretoria do Salgueiro teve a oportunidade de visitar o evento, o que resultou no convite para ele integrar a equipe da escola de samba. A diferença entre trabalhar em Parintins e no Rio, no entanto, não é pequena. "Primeiramente, a matéria-prima", explica Ribeiro. Em Parintins, a logística é mais complexa, já que o local está situado em uma ilha e o transporte de materiais ocorre via fluvial ou aérea. Em contrapartida, no Rio de Janeiro, a proximidade com fornecedores torna o processo mais ágil e eficiente: "Aqui no Rio de Janeiro, onde tudo acontece, onde é o maior espetáculo da Terra, e aqui tem todo tipo de material, até fora, né, que você está querendo alguma coisa, eles dão um jeito", afirma.O trabalho de Juscelino no Salgueiro envolve a criação de esculturas com movimento robótico, uma inovação que teve como objetivo surpreender o público. O papel da tecnologiaA tecnologia tem sido um elemento chave na evolução do Carnaval, e Juscelino destaca o uso de engrenagens e motores para dar mais fluidez ao trabalho das esculturas. No entanto, o processo também é repleto de desafios. Quando questionado sobre o maior obstáculo, Juscelino ressalta a importância de não sair do cronograma definido pelo carnavalesco. "Temos que trabalhar com as medidas certinhas, porque se sair algo errado, vai danificar um monte de coisas mais na frente", comenta, mencionando ainda a complexidade do transporte das esculturas, que precisam ser desmontadas para garantir que não ultrapassem a altura permitida para o transporte.As mulheres botam quenteCélia Domingues, diretora de empreendedorismo da Federação Nacional das Escolas de Samba e presidente da Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil (Amebrais), falou sobre o trabalho realizado pela instituição e as oportunidades que ela oferece para as mulheres no universo do Carnaval.A Amebrais, segundo ela, realiza um trabalho de qualificação de profissionais para atender escolas de samba e blocos. Ela ressaltou que a associação percebeu uma grande lacuna: "As mulheres estavam muito fora do mercado, deste mercado, e muitas mulheres envolvidas com a cultura do Carnaval e precisando trabalhar. Então, unimos o útil ao agradável, tá? Proporcionando alguns e vários projetos, oficinas para que elas pudessem estar preparadas para poder entrar nesse mercado novo que é liderado muito pelos homens, mas tem muitas oportunidades para que a gente possa estar ali, lado a lado, fazendo o melhor pela nossa cultura e pelo espetáculo."Mas enfrentam dificuldadesSobre o período pós-Carnaval, Célia pontuou as dificuldades enfrentadas por quem trabalha exclusivamente com Carnaval, mas também destacou as alternativas."Para alguns, infelizmente, ainda é só Carnaval, né? Que eles conseguem fazer seus negócios. Mas para muitos, depois do Carnaval, tem uma continuidade. E essa continuidade permite que eles possam estar se sustentando durante o ano todo", pontuou."Claro que tem que correr muito, claro que tem que estar sempre muito envolvido com a rotina das escolas, a rotina dos eventos na cidade, pra estar incluído. Mas também os que têm ateliês que são mais organizados, eles têm uma produção pós-Carnaval que atende também outros mercados. Não só o Carnaval, mas teatro, festas, TV, produção de peças, de eventos que precisam dessa mão de obra", arrematou.
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Carnaval de 2025: dentro e fora dos desfiles, artesãos movimentam as artes no Rio de Janeiro
Especiais
O Carnaval de 2025 foi um marco para o Rio de Janeiro, com movimentação econômica estimada em 5 bilhões de reais e a presença de cerca de 8 milhões de foliões, conforme a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Deste montante, 500 milhões de reais foram acumulados em impostos. No entanto, a festa não se resume aos grandes desfiles da Sapucaí ou aos blocos de rua. Ela também engloba uma economia criativa, com destaque para o trabalho de pequenos artesãos, como os que atendem os foliões nas lojas da Saara e nas ruas da cidade.
O
Carnaval, com sua magnitude, é o reflexo de um esforço conjunto de muitas pessoas, sendo que artistas e trabalhadores de diversas áreas, como os responsáveis pelas alegorias e esculturas, são parte essencial desse processo.
Acompanhando esse contexto, o podcast Jabuticaba Sem Caroço, da Sputnik Brasil, conversou com Juscelino Ribeiro, chefe da equipe responsável pela pintura de artes e esculturas da escola de samba carioca Salgueiro, incluindo o uso de robôs nos desfiles.
Segundo explicado ao programa, Ribeiro tem uma longa trajetória no mundo do Carnaval, com destaque para o Festival de Parintins, no Amazonas, que ele considera uma vitrine para novos movimentos artísticos.
"Tem um festival lá que acontece no Amazonas, o bois-bumbás de Parintins, que serve de certa forma de vitrine para quem está assistindo", explica. Ele destacou ainda que, neste ano, a diretoria do Salgueiro teve a oportunidade de visitar o evento, o que resultou no convite para ele integrar a equipe da escola de samba.
"A partir deles assistirem isso aí, lógico, fui convidado, foi mostrado o tema", diz Juscelino, enfatizando a importância desse intercâmbio cultural e artístico para seu trabalho no Rio de Janeiro.
A diferença entre trabalhar em Parintins e no Rio, no entanto, não é pequena. "Primeiramente, a matéria-prima", explica Ribeiro. Em Parintins, a logística é mais complexa, já que o local está situado em uma ilha e o transporte de materiais ocorre via fluvial ou aérea.
Em contrapartida, no Rio de Janeiro, a proximidade com fornecedores torna o processo mais ágil e eficiente: "
Aqui no Rio de Janeiro, onde tudo acontece, onde é o maior espetáculo da Terra, e aqui tem todo tipo de material,
até fora, né, que você está querendo alguma coisa, eles dão um jeito", afirma.
O trabalho de Juscelino no Salgueiro envolve a criação de esculturas com movimento robótico, uma inovação que teve como objetivo surpreender o público.
"A gente começa desde o desenho, com uma certa escala, [para] ver se a escultura não vai ultrapassar o tamanho". O objetivo é garantir que a movimentação da escultura seja impactante, mas segura. "Quando é muito grande, o movimento ali é muito lento, e acaba não dando o efeito desejado", explica, destacando a importância de um planejamento meticuloso.
A tecnologia tem sido um elemento chave na evolução do Carnaval, e Juscelino destaca o uso de engrenagens e motores para dar mais fluidez ao trabalho das esculturas.
"Antigamente, era tudo manual, mas agora usamos outros tipos de engrenagens e motores para a pessoa não se cansar tanto ali, puxando aquelas manivelas", explica.
No entanto, o processo também é repleto de desafios. Quando questionado sobre o maior obstáculo, Juscelino ressalta a importância de não sair do cronograma definido pelo carnavalesco.
"Temos que trabalhar com as
medidas certinhas, porque se sair algo errado, vai danificar um monte de coisas mais na frente", comenta, mencionando ainda a complexidade do transporte das esculturas, que precisam ser desmontadas
para garantir que não ultrapassem a altura permitida para o transporte.
Célia Domingues, diretora de empreendedorismo da Federação Nacional das Escolas de Samba e presidente da Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil (Amebrais), falou sobre o trabalho realizado pela instituição e as oportunidades que ela oferece para as mulheres no universo do Carnaval.
A Amebrais, segundo ela, realiza um trabalho de qualificação de profissionais para atender escolas de samba e blocos.
"Já há quase 28 anos agora, [...] a Amebrais se entendeu como uma possibilidade de estar fazendo uma capacitação voltada para o Carnaval, para esse mercado dentro do Carnaval de entretenimento, de festa, mas muito cultural", explicou a diretora.
Ela ressaltou que a associação percebeu uma grande lacuna:
"As mulheres estavam muito fora do mercado, deste mercado, e muitas mulheres envolvidas com a cultura do Carnaval e precisando trabalhar. Então, unimos o útil ao agradável, tá? Proporcionando alguns e vários projetos, oficinas para que elas pudessem estar preparadas para poder entrar nesse mercado novo que é liderado muito pelos homens, mas tem muitas oportunidades para que a gente possa estar ali, lado a lado, fazendo o melhor pela nossa cultura e pelo espetáculo."
Mas enfrentam dificuldades
Sobre o período pós-Carnaval, Célia pontuou as dificuldades enfrentadas por quem trabalha exclusivamente com Carnaval, mas também destacou as alternativas.
"Para alguns, infelizmente, ainda é só Carnaval, né? Que eles conseguem fazer seus negócios. Mas para muitos, depois do Carnaval, tem uma continuidade. E essa continuidade permite que eles possam estar se sustentando durante o ano todo", pontuou.
"Claro que tem que correr muito, claro que tem que estar sempre muito envolvido com a rotina das escolas, a rotina dos eventos na cidade, pra estar incluído. Mas também os que têm ateliês que são mais organizados, eles têm uma produção pós-Carnaval que atende também outros mercados. Não só o Carnaval, mas teatro, festas, TV, produção de peças, de eventos que precisam dessa mão de obra", arrematou.
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