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Teerã condena ameaças dos EUA de uso da força contra o Irã em caso de novos ataques dos houthis
Teerã condena ameaças dos EUA de uso da força contra o Irã em caso de novos ataques dos houthis
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Teerã condenou nesta segunda-feira (17) as últimas declarações de Washington sobre o possível uso da força contra o Irã caso os houthis, do Iêmen, voltem a... 17.03.2025, Sputnik Brasil
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Em carta endereçada ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e à atual presidente do Conselho de Segurança da organização, Christina Markus Lassen, a missão iraniana na organização expressou "profunda preocupação e condenação inequívoca das recentes declarações beligerantes de altos funcionários do governo dos Estados Unidos, incluindo o presidente dos Estados Unidos".No texto, o Irã acusa o governo Trump de tentar "de maneira desesperada, justificar ilegalmente atos de agressão e crimes de guerra dos EUA contra o Iêmen, deixando acusações infundadas contra a República Islâmica do Irã e ameaçando abertamente o uso da força contra o Irã".Na carta, o governo iraniano alerta ainda que qualquer ato de agressão terá consequências "severas" para os EUA e ressalta que Teerã não se envolveu em "nenhuma atividade inconsistente com as disposições" das resoluções do Conselho de Segurança sobre o Iêmen, incluindo resoluções sobre embargos de armas ou envolvimento em quaisquer atividades desestabilizadoras na região.As declarações foram uma resposta ao presidente dos EUA, Donald Trump, que mais cedo afirmou que qualquer ataque dos houthis passaria a ser tratado como um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, acrescentando que o país sofreria consequências "terríveis".O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, comentou que todas as opções estão na mesa neste momento, quando perguntado sobre se os Estados Unidos estão explorando uma possível ação militar contra a república islâmica.Mais de 30 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas no Iêmen no domingo (16) por ataques aéreos lançados pelos EUA, de acordo com o Ministério da Saúde do governo houthi.Campanha de ataquesEm novembro de 2023, o Ansar Allah, como é conhecido o movimento houthi, lançou uma campanha de ataques a navios mercantes ligados a Israel para os impedir de transitar pelos mares Arábico e Vermelho até que a Faixa de Gaza volte a receber os alimentos e medicamentos de que necessita.Diante da ameaça de ataques em uma área-chave para o comércio global, particularmente de petróleo, diversas companhias de navegação optaram por enviar seus navios pela rota do sul da África, aumentando o tempo e o custo do transporte. Isso gerou uma reação por parte dos Estados Unidos, que passaram a retaliar o grupo.Trump reconheceu o movimento houthi como terrorista pouco antes do fim de seu primeiro mandato (2017–2021), em janeiro de 2021, mas seu sucessor, Joe Biden, o removeu da lista no mesmo ano.Em 4 de março deste ano, os Estados Unidos novamente designaram o Ansar Allah como organização terrorista.
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américas, donald trump, irã, estados unidos, iêmen, onu, conselho de segurança das nações unidas, oriente médio e áfrica, nações unidas, organização das nações unidas, antónio guterres, houthis
Teerã condena ameaças dos EUA de uso da força contra o Irã em caso de novos ataques dos houthis
19:51 17.03.2025 (atualizado: 12:43 18.03.2025) Teerã condenou nesta segunda-feira (17) as últimas declarações de Washington sobre o possível uso da força contra o Irã caso os houthis, do Iêmen, voltem a atacar navios ligados a Israel e aliados.
Em carta endereçada ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e à atual presidente do Conselho de Segurança da organização, Christina Markus Lassen, a missão iraniana na organização expressou "profunda preocupação e condenação inequívoca das recentes declarações beligerantes de altos funcionários do governo dos Estados Unidos, incluindo o presidente dos Estados Unidos".
No texto, o Irã acusa o governo Trump de tentar "de maneira desesperada, justificar ilegalmente atos de agressão e crimes de guerra dos EUA contra o Iêmen, deixando acusações infundadas contra a República Islâmica do Irã e ameaçando abertamente o uso da força contra o Irã".
Na carta, o governo iraniano alerta ainda que qualquer ato de agressão terá consequências "severas" para os EUA e ressalta que Teerã não se envolveu em "nenhuma atividade inconsistente com as disposições" das resoluções do Conselho de Segurança sobre o Iêmen, incluindo resoluções sobre embargos de armas ou envolvimento em quaisquer atividades desestabilizadoras na região.
As declarações foram uma
resposta ao presidente dos EUA, Donald Trump, que mais cedo afirmou que qualquer
ataque dos houthis passaria a ser tratado como um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, acrescentando que o país sofreria consequências "terríveis".
O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, comentou que todas as opções estão na mesa neste momento, quando perguntado sobre se os Estados Unidos estão explorando uma possível ação militar contra a república islâmica.
Mais de 30 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas no Iêmen no domingo (16) por ataques aéreos lançados pelos EUA, de acordo com o Ministério da Saúde do governo houthi.
Em novembro de 2023,
o Ansar Allah, como é conhecido o movimento houthi, lançou uma campanha de ataques a navios mercantes ligados a Israel para os impedir de transitar pelos mares Arábico e Vermelho
até que a Faixa de Gaza volte a receber os alimentos e medicamentos de que necessita.
Diante da ameaça de ataques em uma área-chave para o
comércio global, particularmente de petróleo,
diversas companhias de navegação optaram por enviar seus navios pela rota do sul da África, aumentando o tempo e o
custo do transporte. Isso gerou uma reação por parte dos Estados Unidos, que passaram a retaliar o grupo.
Trump reconheceu o movimento houthi como terrorista pouco antes do fim de seu primeiro mandato (2017–2021), em janeiro de 2021, mas seu sucessor, Joe Biden, o removeu da lista no mesmo ano.
Em 4 de março deste ano, os Estados Unidos
novamente designaram o Ansar Allah como organização terrorista.
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