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Plano de Trump para controlar canal do Panamá encontra resistência de investidores, diz mídia

© AP Photo / Arnulfo FrancoNavios transitam pelo canal do Panamá perto da Cidade do Panamá, em 11 de maio de 2016
Navios transitam pelo canal do Panamá perto da Cidade do Panamá, em 11 de maio de 2016 - Sputnik Brasil, 1920, 18.03.2025
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Autoridades em Pequim e Hong Kong se manifestaram nesta terça-feira (18) contra uma proposta dos EUA para vender portos no canal do Panamá a um consórcio liderado pela gestora de investimentos BlackRock.
O plano da CK Hutchison de vender portos para um grupo liderado pela gigante de investimentos dos EUA está enfrentando duras críticas de Pequim, que pode impedir sua concretização. Os portos estão fora da China continental e Hong Kong, mas a oposição chinesa ao acordo é forte.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, não respondeu diretamente sobre a investigação da venda, mas enfatizou a oposição da China ao uso de coerção econômica e intimidação, algo ecoado pelo líder de Hong Kong, John Lee, que também criticou as táticas abusivas nas relações internacionais.
Agências governamentais chinesas foram instruídas a estudar o acordo para possíveis violações de segurança ou antitruste. As ações da CK Hutchison caíram até 5% devido ao nervosismo sobre o futuro da proposta, que é um "acordo em princípio", segundo apuração da CNN.
Navio de carga atravessa as eclusas de Agua Clara, do canal do Panamá, em 2 de setembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 14.03.2025
Panorama internacional
Mídia: EUA planejam aumentar a presença militar no Panamá em meio a intenções de controlar o canal
O grupo de investidores liderado pela BlackRock planeja gastar US$ 22,8 bilhões (cerca de R$ 129,7 bilhões) para comprar portos no canal do Panamá e outros 43 portos em 23 países.
A situação é complexa, mas a China afirma estar monitorando de perto o acordo e os impactos potenciais na segurança e no mercado. A oposição de Pequim e Hong Kong pode influenciar significativamente o desfecho da proposta de venda, frustrando os planos do atual presidente dos EUA, Donald Trump, que mais de uma vez manifestou sua intenção de "controlar" o canal.

Uma antiga colônia britânica, Hong Kong foi devolvida ao domínio chinês em 1997 sob um acordo especial com Pequim, que concedeu à cidade autonomia e amplas liberdades. Mas uma lei de segurança nacional que entrou em vigor em 2020 transformou o cenário político, legal e empresarial da Região Administrativa Especial da China.

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