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Trump eleva para 125% tarifas contra China e limita em 10% taxas impostas a outros países

© AP Photo / Evan VucciO presidente dos EUA, Donald Trump, assina ordem executiva sobre Canadá e México com a réplica da taça da Copa do Mundo ao fundo. Washington, D.C., EUA, 4 de fevereiro de 2025
O presidente dos EUA, Donald Trump, assina ordem executiva sobre Canadá e México com a réplica da taça da Copa do Mundo ao fundo. Washington, D.C., EUA, 4 de fevereiro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 09.04.2025
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Em anúncio, presidente estadunidense afirmou que elevou as tarifas contra a China por conta de um suposto desrespeito de Pequim pelos mercados globais.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) que vai limitar em 10% as tarifas a produtos em geral impostas a diversos países no dia 2, no anúncio que ficou popularmente conhecido como "tarifaço". Anteriormente, o percentual era de 20%. Junto com a redução, Trump anunciou uma pausa na medida por um período de 90 dias.
No mesmo anúncio, Trump informou que vai elevar para 125% as tarifas impostas sobre a China, acirrando ainda mais a tensão entre Washington e Pequim. Ele justificou o aumento citando uma suposta falta de respeito da China pelos mercados globais.

"Devido ao desrespeito demonstrado pela China em relação aos mercados globais, estou aumentando a tarifa dos EUA sobre a China para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, espero que em um futuro próximo, a China perceberá que explorar os EUA e outros países não é mais sustentável nem aceitável", escreveu Trump em sua plataforma, Truth Social.

Na semana passada, o presidente estadunidense anunciou a introdução do que chamou de "tarifas recíprocas" sobre importações de outros países. Segundo ele, elas são uma resposta após décadas de abusos por parte de aliados e concorrentes.
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No anúncio do tarifaço, Trump taxou 184 países. O percentual mínima era de 10%, mas a maioria dos países enfrentou percentuais mais altos, tendo como base o déficit comercial dos EUA.
No caso da China, a taxa anunciada foi de 34%, somada às tarifas anteriores de 20%, aplicadas em março, sob alegação de falta de empenho de Pequim em conter o fluxo de fentanil que chega aos EUA, supostamente proveniente da China. Com isso, o percentual aplicado pelo governo estadunidense sobre os produtos chineses já totalizava 54%.
Em resposta, o Conselho de Estado da República Popular da China impôs tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos americanos. A resolução entrará em vigor em 10 de abril.
Na segunda-feira (7), Trump afirmou que aumentaria as tarifas contra a China se Pequim não revertesse sua taxa de 34% até hoje. Por sua vez, a China expressou que continuará tomando medidas firmes para defender seus direitos e interesses legítimos. No mesmo dia, o presidente chinês, Xi Jinping, respondeu usando uma metáfora para se referir à economia chinesa.

"A economia da China é um oceano, não um lago. O oceano tem momentos de calmaria e também enfrenta tempestades. Sem a tempestade, não seria um verdadeiro oceano. Tempestades podem revolver um lago, mas nunca um oceano. Após enfrentar inúmeras tempestades, o oceano continua. Mesmo com mais de 5 mil anos de desafios, a China permanece de pé. Olhando para o futuro, a China sempre estará aqui", disse o líder chinês.

Segundo a chefe da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, previsões preliminares apontam que o volume de negócios entre China e EUA pode cair 80% em decorrência da guerra tarifária.
"As crescentes tensões comerciais entre os EUA e a China criam um risco significativo de queda acentuada no comércio bilateral. De acordo com nossas previsões preliminares, o volume de negócios entre os dois países pode cair até 80%", escreveu Okonjo-Iweala em documento publicado no site da organização.
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