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Argentina fecha acordo com FMI e anuncia fim do controle cambial para pessoas físicas

© AP Photo / Javier CorbalanPeça de arte de Sergio Díaz representa o ex-jogador argentino Diego Armando Maradona com um rosário nas mãos e um halo na cabeça, em pintura feita em uma nota de dez pesos argentinos, em 9 de setembro de 2023
Peça de arte de Sergio Díaz representa o ex-jogador argentino Diego Armando Maradona com um rosário nas mãos e um halo na cabeça, em pintura feita em uma nota de dez pesos argentinos, em 9 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 11.04.2025
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O ministro das Finanças da Argentina, Luis Caputo, informou nesta sexta-feira (11) que o controle cambial, implementado em 2019, será extinto na próxima segunda (14). O anúncio foi feito na sequência do acordo de financiamento celebrado entre o governo e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em coletiva de imprensa, ele afirmou que a medida vai atrair investimentos para consolidar o crescimento e gerar superávit, com vistas a reduzir impostos e destinar mais recursos ao setor privado, "promovendo mais empregos e melhores salários", destacou.
O novo crédito do fundo é de cerca de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões), com um desembolso inicial de US$ 12 bilhões (cerca de R$ 70 bilhões) para fortalecer as reservas do Banco Central.
Segundo o ministro, esta é a terceira etapa do planejamento da pasta. A fase um consistiu na desvalorização da moeda e no ajuste fiscal, que vem sendo implementado desde dezembro de 2023. A fase dois foi a eliminação do déficit fiscal e da emissão monetária.
Caputo explicou que a cotação do dólar no Mercado Livre de Câmbio (MLC) poderá flutuar entre mil e 1,4 mil pesos, e que os limites serão ampliados a uma taxa de 1% ao mês (bandas de flutuação móvel). Se o preço do dólar estiver abaixo de mil pesos, o Banco Central comprará dólares. Caso o câmbio ultrapasse o teto, o banco venderá divisas.
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O novo empréstimo solicitado pela Argentina se somará ao de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 258 bilhões) concedido entre 2018 e 2019 à administração do então presidente Mauricio Macri (2015–2019).
Caputo anunciou também que o governo ampliará de 1,3% para 1,6% do produto interno bruto (PIB) o superávit fiscal primário, sem incluir os juros da dívida, "a fim de enfrentar as turbulências financeiras internacionais".

"Dado o choque externo que estamos vendo, por prudência, decidimos aumentar o nível de superávit fiscal acima do que havíamos estimado e proposto ao Fundo Monetário Internacional: esses 1,3% que tínhamos como meta de superávit primário, este ano vamos levar para 1,6%", detalhou o ministro na coletiva.

Mais cedo, o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC) informou que a inflação na Argentina subiu para 3,7% em março, acima dos 2,4% do mês anterior, e atingiu 55,9% em relação ao ano anterior.
É o segundo mês consecutivo que os preços avançam no país, impulsionados pelos grupos Educação, com alta de 21,6%, e Alimentos e bebidas (5,9%).
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