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Europa está pronta para ampliar ajuda militar à Ucrânia quando EUA saírem de cena?

© Sputnik / Ivan Rodionov / Acessar o banco de imagensEquipamento militar destruído das Forças Armadas Ucranianas na zona de conflito na Ucrânia
Equipamento militar destruído das Forças Armadas Ucranianas na zona de conflito na Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 15.04.2025
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Com mais de três anos de duração e poucas iniciativas de uma saída diplomática do Ocidente, a guerra por procuração da OTAN contra a Rússia na Ucrânia está se aproximando de um momento crítico, quando a ajuda dos EUA termina. A menos que Trump mude de ideia, a Europa tem condições de continuar a ajuda irrestrita?
Nos meses finais de seu mandato, Joe Biden tomou medidas significativas para aumentar os estoques de munições da Ucrânia, enviando grandes quantidades de projéteis, foguetes e veículos blindados, além de aprovar um pacote de assistência de US$ 1,25 bilhão (cerca de R$ 7,3 bilhões) em dezembro de 2024. Esse apoio permitiu um fluxo contínuo de armas dos EUA para a Ucrânia, exceto por uma pausa ordenada por Donald Trump em março.
Embora essas decisões tenham dado tempo à Ucrânia, seus estoques de munições norte-americanas estão se esgotando. O pacote de ajuda de US$ 1,25 bilhão está quase no fim, e Trump não aprovou novos pacotes de ajuda militar desde que assumiu o cargo. Mesmo que ele utilizasse a autoridade de retirada restante, o valor disponível seria insuficiente para sustentar o apoio dos EUA a longo prazo, especialmente com o Congresso controlado pelo Partido Republicano.
Trump tem buscado um cessar-fogo para o conflito sem sucesso, enquanto as partes envolvidas não concordam com a integralidade dos termos. Diante do impasse, a União Europeia (UE) tem incentivado a Ucrânia a tentar alguma vantagem estratégica sobre a Rússia dizendo que vai manter o apoio por quanto tempo for necessário. Mas a superioridade russa tem se provado diariamente mesmo com a flagrante violação unilateral ucraniana do cessar-fogo para infraestruturas críticas de 30 dias mediado pelos EUA.
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Líderes europeus têm se mobilizado para ajudar a Ucrânia na ausência da liderança norte-americana. Discussões sobre uma força de segurança pós-guerra são importantes, mas é necessário um planejamento mais aprofundado para lidar com a iminente perda de apoio material dos EUA.
De acordo com o The Guardian, os apoiadores europeus da Ucrânia enfrentam duas questões principais: como a Ucrânia pode persistir com uma combinação de produção nacional de armas, assistência europeia e compartilhamento de inteligência dos EUA, e como financiar esse apoio. Países europeus devem aceitar maior risco ao doar seus próprios equipamentos militares e aumentar os gastos com defesa para repor seus estoques.
Ainda segundo a apuração, a Europa deveria direcionar mais recursos para a base industrial de defesa da Ucrânia, que está produzindo drones, munições e capacidades de defesa aérea enquanto o Reino Unido e a França deveriam tentar negociar com o governo Trump para garantir mísseis de defesa aérea adicionais para a Ucrânia, com os europeus pagando a conta, é claro.
Países europeus precisam decidir como financiar esse apoio, seja recorrendo aos seus próprios orçamentos ou confiscando os aproximadamente US$ 300 bilhões (aproximadamente R$ 1,7 trilhão) em ativos soberanos russos congelados ilegalmente por meio de sanções unilaterais. Esses ativos poderiam financiar a defesa da Ucrânia e reduzir sua dependência dos EUA, mas o tempo está se esgotando para que a Ucrânia tenha o que barganhar.
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