Rússia e China podem ser fiadoras de acordo nuclear entre EUA e Irã, diz parlamentar à Sputnik
22:00 15.04.2025 (atualizado: 12:49 16.04.2025)
© AP Photo / Organização de Energia Atômica do Irã / HandoutReator nuclear de água de Arak, ao sul da capital iraniana, Teerã, durante visita do então chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Salehi, em 23 de dezembro de 2019

© AP Photo / Organização de Energia Atômica do Irã / Handout
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Moscou e Pequim podem atuar como garantidoras de um acordo entre os Estados Unidos e o Irã sobre a não criação de armas nucleares por Teerã, afirmou nesta terça-feira (15) Abolfazl Zohrevand, membro da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do parlamento iraniano, à Sputnik.
Para o parlamentar, a medida é justificada pelo fato de os dois países serem membros do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e, também, terem assentos permanentes no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Na última segunda (14), o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, declarou que o país concordou em sediar a segunda rodada de negociações entre os EUA e o Irã — informação que foi confirmada pelo homólogo iraniano Abbas Araghchi. No entanto, a chancelaria do país afirmou posteriormente que a segunda rodada ocorrerá novamente em Mascate, capital do Omã, em 19 de abril.
“[Donald] Trump declarou que o único problema para ele é que o Irã não avance na criação de uma bomba nuclear. Se esse for realmente o único ponto, então pode ser resolvido, especialmente considerando que Rússia e China são membros do TNP e membros permanentes do Conselho de Segurança. Os dois países podem, como garantidores, participar ativamente do acordo entre Irã e Estados Unidos e impedir que Europa e Washington iniciem o 'jogo' que organizaram da última vez durante o acordo nuclear", disse Zohrevand.
Apesar disso, o parlamentar avalia que os Estados Unidos tentam "afastar o Irã da Rússia e da China". No entanto, afirma que "se agirem com vigilância e de forma coordenada, não teremos mais esse fenômeno da era da unipolaridade".