Escalada das tensões: primeiro-ministro do Paquistão afirma que Índia atacou 5 localidades no país
19:24 06.05.2025 (atualizado: 19:52 06.05.2025)
© AP Photo / Asad UllahPolícia isola área que foi alvo de explosão que provocou danos e mortes próximo a escritório eleitoral. Paquistão, 7 de fevereiro de 2024

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Após o anúncio da ofensiva da Índia contra organizações terroristas do Paquistão, o primeiro-ministro Shehbaz Sharif declarou que o Exército indiano atacou pelo menos cinco localidades do território paquistanês. A escalada das tensões entre os dois países asiáticos começou no fim de abril.
"O inimigo traiçoeiro realizou ataques covardes contra cinco localidades no Paquistão. O Paquistão tem total direito de reagir com firmeza a esse ato de guerra imposto pela Índia — e uma resposta firme já foi dada", escreveu Sharif na rede social X.
A tensão entre Índia e Paquistão aumentou após um ataque terrorista nas proximidades da cidade de Pahalgam, na região indiana de Jammu e Caxemira, ocorrido em 22 de abril. Vários homens armados abriram fogo contra turistas no vale de Baisaran, um destino turístico popular. O ataque foi reivindicado por um grupo chamado "Frente de Resistência", ligado à organização terrorista Lashkar-e-Taiba (proibida na Rússia e em vários outros países).
O atentado deixou 25 indianos e um cidadão do Nepal mortos. Em resposta ao ataque terrorista, a Índia tomou uma série de medidas severas contra o Paquistão, incluindo a expulsão de adidos militares paquistaneses, a suspensão do Tratado das Águas do Indo (em vigor há mais de 60 anos) e o fechamento imediato do ponto de trânsito terrestre de Attari.
Posteriormente, em reunião com a liderança militar em 29 de abril, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, afirmou que as Forças Armadas do país tinham "liberdade operacional total para decidir os métodos, alvos e prazos da nossa resposta" ao atentado em Pahalgam.
Por sua vez, o Paquistão suspendeu todos os acordos bilaterais com a Índia, fechou seu espaço aéreo para companhias do país vizinho e declarou que qualquer tentativa de interromper ou desviar o fluxo de água que pertence ao Paquistão segundo o Tratado das Águas do Indo será considerada um ato de guerra.