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'Putin tem mais temas a negociar': o que podemos esperar após a proposta feita a Kiev?
'Putin tem mais temas a negociar': o que podemos esperar após a proposta feita a Kiev?
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O presidente russo, Vladimir Putin, propôs a Kiev a retomada das negociações para pôr fim à crise ucraniana. Na mensagem, ele insistiu que isso foi feito de... 11.05.2025, Sputnik Brasil
2025-05-11T08:26-0300
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Da mesma forma, o especialista acredita que a Ucrânia chega à mesa de negociações com uma posição muito mais fraca, devido à redução do financiamento às suas Forças Armadas."Duvido sinceramente que tenha uma posição tão firme e unilateral como teria se o Partido Democrata tivesse continuado [no poder nos EUA]", acrescenta López Alvarado.Na mesma linha, Daniel Garay Saldaña, especialista em assuntos internacionais da UNAM, observou em entrevista à Sputnik que negociações diretas "poderiam oferecer maior margem de ação" entre Putin e Vladimir Zelensky."O cenário geopolítico é atualmente favorável à Rússia. Veremos se a Ucrânia participa ou ecoa esse apelo e, acima de tudo, devemos estar atentos às propostas caso essa iniciativa avance e avaliar os termos das negociações", acrescenta.Em mensagem à imprensa nacional e internacional, o presidente Putin pediu à Ucrânia que se engaje em negociações diretas, sem pré-condições, a partir do dia 15 de maio, em Istambul, onde uma das rodada de negociações entre as duas nações foi suspensa em 2022.Sucesso no Dia da VitóriaO sucesso da Rússia nas comemorações do 80º Dia da Vitória permite que o líder da nação eurasiana dê um passo à frente e busque novas estratégias para resolver o conflito ucraniano, concordam os especialistas."O anúncio de Vladimir Putin também ocorre em um momento muito positivo para a Rússia, após o sucesso do Dia da Vitória, que reuniu líderes de numerosos Estados e que fortaleceu ainda mais o mundo multipolar", afirma López Alvarado.Enquanto isso, Garay Saldaña enfatiza que o presidente russo está fortemente disposto a apresentar propostas para uma solução.EUA neste tabuleiroSobre o papel dos Estados Unidos, López Alvarado considera que o presidente Donald Trump entende, como empresário, que um mundo multipolar "tem alta probabilidade de acontecer". É nesse sentido que Washington vai buscar reduzir as perdas para sua nação.Para o professor, é possível que um acordo de paz não seja alcançado no dia 15 de maio, mas serão lançadas as bases para uma negociação prolongada, que poderá permitir soluções de longo prazo."É possível que este ano consigamos um acordo de paz duradouro", concluiu.
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'Putin tem mais temas a negociar': o que podemos esperar após a proposta feita a Kiev?
O presidente russo, Vladimir Putin, propôs a Kiev a retomada das negociações para pôr fim à crise ucraniana. Na mensagem, ele insistiu que isso foi feito de forma direta e incondicional. Especialistas internacionais consultados pela Sputnik apontam que a proposta demonstra a capacidade de diálogo do líder russo.
"Quem tem mais a negociar é Vladimir Putin, e ele pode ceder a algumas das demandas da Ucrânia, desde que não ponham em causa certos assuntos", como a questão territorial e a não adesão de Kiev à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), afirma Carlos Manuel López Alvarado, especialista em relações internacionais da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM).
Da mesma forma, o especialista acredita que a
Ucrânia chega à mesa de negociações com uma posição muito mais fraca, devido à
redução do financiamento às suas Forças Armadas.
"Duvido sinceramente que tenha uma posição tão firme e unilateral como teria se o Partido Democrata tivesse continuado [no poder nos EUA]", acrescenta López Alvarado.
Na mesma linha, Daniel Garay Saldaña, especialista em assuntos internacionais da UNAM, observou em entrevista à Sputnik que
negociações diretas "
poderiam oferecer maior margem de ação" entre Putin e Vladimir Zelensky.
"O
cenário geopolítico é atualmente favorável à Rússia. Veremos se a Ucrânia participa ou ecoa esse apelo e, acima de tudo, devemos estar atentos às propostas caso
essa iniciativa avance e avaliar os termos das negociações", acrescenta.
Em mensagem à imprensa nacional e internacional, o presidente Putin pediu à Ucrânia que se engaje em negociações diretas, sem pré-condições, a partir do dia 15 de maio, em Istambul, onde uma das rodada de negociações entre as duas nações foi suspensa em 2022.
Sucesso no Dia da Vitória
O
sucesso da Rússia nas comemorações do 80º Dia da Vitória permite que o líder da nação eurasiana
dê um passo à frente e busque novas estratégias para resolver o
conflito ucraniano, concordam os especialistas.
"O anúncio de Vladimir Putin também ocorre em um momento muito positivo para a Rússia, após o sucesso do Dia da Vitória, que
reuniu líderes de numerosos Estados e que
fortaleceu ainda mais o mundo multipolar", afirma López Alvarado.
Enquanto isso, Garay Saldaña enfatiza que o
presidente russo está fortemente disposto a
apresentar propostas para uma solução.
"Putin se sente confiante, em posição, sobretudo, de poder apresentar uma proposta a partir de sua própria perspectiva", revela.
Sobre o
papel dos Estados Unidos, López Alvarado considera que o presidente Donald Trump entende, como empresário, que um
mundo multipolar "tem alta probabilidade de acontecer". É nesse sentido que Washington vai buscar reduzir as perdas para sua nação.
"A Ucrânia é uma causa perdida para os norte-americanos e europeus. Eles hipotecaram seu futuro a partir do momento em que seguiram as ordens de Washington com o governo Biden", analisa.
Para o professor, é possível que um
acordo de paz não seja alcançado no dia 15 de maio, mas
serão lançadas as bases para uma negociação prolongada, que poderá permitir soluções de longo prazo.
"É possível que este ano consigamos um acordo de paz duradouro", concluiu.
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