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Após conversa com Putin, Trump precisa sair da guerra por procuração do Ocidente, diz analista

© Sputnik / Aleksei Vitvitsky / Acessar o banco de imagensPresidente dos EUA, Donald Trump durante cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Bruxelas, Bélgica
Presidente dos EUA, Donald Trump durante cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Bruxelas, Bélgica - Sputnik Brasil, 1920, 19.05.2025
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A conversa de mais de duas horas entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos EUA, Donald Trump, nesta segunda-feira (19), foi celebrada com otimismo pelas partes, tanto em relação ao fim do conflito na Ucrânia quanto ao futuro comercial de "grande escala" entre os países.
Entretanto, à Sputnik Brasil, o analista em conflitos armados Rodolfo Laterza ressalta que qualquer acordo efetivo entre Estados Unidos e Rússia tem a condição prévia de que Washington deixe de integrar a "guerra por procuração" praticada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito ucraniano.

"Para isso, deve interromper de uma vez por todas o fornecimento de dados de inteligência, que são essenciais para os ataques em profundidade no território russo de drones ucranianos e também para o fornecimento logístico de armas e munições."

Laterza também mencionou que a afirmação de Putin de que a Federação da Rússia está pronta para negociar um memorando sobre um possível acordo de paz com a Ucrânia, incluindo um cessar-fogo, reforça que as condições geopolíticas, culturais e políticas estabelecidas por Moscou ao regime de Kiev serão mantidas.
Isso significa que as tropas ucranianas devem se afastar das regiões reintegradas ao território russo após o referendo de setembro de 2022; que a Constituição da Ucrânia deve manter seu posicionamento geopolítico neutro; e que bases militares estrangeiras e armas de destruição em massa devem ser proibidas no país.
Segundo Laterza, autor do livro "Guerra na Ucrânia: análises e perspectivas. O conflito militar que está mudando a geopolítica mundial", as condições de Moscou são "bem claras" e revelam como a Rússia está preparada para um cessar-fogo, desde que haja um avanço em relação às suas propostas.
No entanto, o autor opina que "muito dificilmente haverá adesão da Ucrânia a qualquer formato de discussão efetiva para a resolução do conflito".
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Conversas Rússia-Ucrânia têm sucesso, mas UE e OTAN prejudicam resolução do conflito, diz professor
Prova disso, frisou, é o fato de que diariamente a Ucrânia promove ataques de drones a regiões principalmente fronteiriças em território russo, matando civis e atacando a infraestrutura civil.

"O problema é o cumprimento dos acordos por parte do regime de Kiev e seus curadores ocidentais, entre os quais os governos britânico, francês, alemão, polonês e dos Países Bálticos, que praticam uma russofobia sistemática e contínua."

Por trás de Kiev estão potências europeias que, além de terem investido muito dinheiro, que nunca será recuperado se o conflito acabar em breve, serão as principais prejudicadas com a mudança do sistema de segurança mundial que surgirá com o fim das sanções contra a Rússia.
Logo após conversar com Vladimir Putin, Donald Trump reportou sua conversa a lideranças europeias em um telefonema. Segundo o porta-voz do governo alemão, Stefan Kornelius, estavam presentes na ligação os líderes de Alemanha, França, Finlândia, Itália e Ucrânia e da Comissão Europeia.

"A Europa será um ator absolutamente pouco expressivo nessa configuração da arquitetura de segurança global. Daí o fato também de buscarem atuar contra, de todas as formas, a resolução desse conflito. […] vão tentar, através de formatos diplomáticos já consolidados, como o G7 e a própria OTAN, criar dificuldades para os Estados Unidos buscarem qualquer composição bilateral com a Rússia", concluiu.

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