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Governo Netanyahu selecionou uma 'obscura' empresa dos EUA para coordenar ajuda em Gaza, diz mídia
Governo Netanyahu selecionou uma 'obscura' empresa dos EUA para coordenar ajuda em Gaza, diz mídia
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Segundo o jornal israelense Haaretz, a SRS foi selecionada sem o devido processo de licitação. Suspeitas apontam que o plano de EUA e Israel para envio de... 25.05.2025, Sputnik Brasil
2025-05-25T20:44-0300
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, selecionou uma empresa estadunidense "obscura" e "inexperiente" para comandar a distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. É o que aponta um artigo publicado neste domingo (25), no jornal israelense Haaretz.Segundo o artigo, o conselheiro militar de Netanyahu, Roman Gofman, selecionou a empresa SRS para coordenar a entrega de ajuda humanitária em Gaza, sem o processo de licitação adequado. Ademais, ela vai atuar sem a colaboração de outras agências de segurança do país.O jornal aponta que a escolha da empresa norte-americana foi feita "pelas costas das agências de segurança". O gabinete de Netanyahu não respondeu aos comentários da publicação.No início de maio, o Gabinete de Segurança de Israel aprovou um plano para o envio de ajuda humanitária em Gaza por meio de empresas privadas dos EUA, que tinha como objetivo a entrega de caixas a indivíduos. Criada pelos EUA, a Fundação Humanitária de Gaza confirmou um plano para estabelecer quatro centros para distribuição de ajuda humanitária em Gaza nos próximos dias.Segundo a Rádio do Exército de Israel, o exército israelense pretende transformar o norte de Gaza em uma área despovoada construindo quatro centros de distribuição de ajuda por meio de empresas norte-americanas. O plano, no entanto, foi rejeitado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e por diversos grupos de ajuda internacional, que apontaram que a proposta vai contra os princípios humanitários, é logisticamente inviável e pode colocar civis e funcionários palestinos em perigo.Na semana passada, a organização TRIAL International, dedicada ao combate da impunidade e de crimes internacionais, apelou a autoridades suíças para investigarem as atividades da Fundação Humanitária de Gaza por suspeita de usar a entrega de ajuda humanitária como fachada para um plano que envolve ampliar a presença militar privada e do Exército israelense na Faixa de Gaza.Segundo dados do Banco Mundial, atualmente cerca de 2,4 milhões de pessoas em Gaza dependem completamente de ajuda humanitária. Desde o início da ofensiva no enclave, em outubro de 2023, pelo menos 53.900 palestinos foram mortos pelas forças israelenses, segundo autoridades de saúde de Gaza.
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Governo Netanyahu selecionou uma 'obscura' empresa dos EUA para coordenar ajuda em Gaza, diz mídia
20:44 25.05.2025 (atualizado: 21:29 25.05.2025) Segundo o jornal israelense Haaretz, a SRS foi selecionada sem o devido processo de licitação. Suspeitas apontam que o plano de EUA e Israel para envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza seja uma fachada para ampliar a presença militar no enclave.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, selecionou uma empresa estadunidense
"obscura" e
"inexperiente" para comandar a distribuição de
ajuda humanitária na Faixa de Gaza. É o que aponta um artigo
publicado neste domingo (25), no jornal israelense Haaretz.
Segundo o artigo, o conselheiro militar de Netanyahu, Roman Gofman, selecionou a empresa SRS para coordenar a entrega de ajuda humanitária em Gaza, sem o processo de licitação adequado. Ademais, ela vai atuar sem a colaboração de outras agências de segurança do país.
O jornal aponta que a escolha da empresa norte-americana foi feita "pelas costas das agências de segurança". O gabinete de Netanyahu não respondeu aos comentários da publicação.
No início de maio, o Gabinete de Segurança de Israel aprovou um plano para o envio de ajuda humanitária em Gaza por meio de empresas privadas dos EUA, que tinha como objetivo a entrega de caixas a indivíduos. Criada pelos EUA, a Fundação Humanitária de Gaza confirmou um plano para estabelecer quatro centros para distribuição de ajuda humanitária em Gaza nos próximos dias.
Segundo a Rádio do Exército de Israel,
o exército israelense pretende transformar o norte de Gaza em uma área despovoada construindo quatro centros de distribuição de ajuda por meio de empresas norte-americanas. O plano, no entanto, foi rejeitado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e por diversos grupos de ajuda internacional, que apontaram que a proposta
vai contra os princípios humanitários, é logisticamente inviável e pode colocar civis e funcionários palestinos em perigo.
Na semana passada, a organização TRIAL International, dedicada ao combate da impunidade e de crimes internacionais,
apelou a autoridades suíças para investigarem as atividades da Fundação Humanitária de Gaza por suspeita de usar a entrega de ajuda humanitária como fachada para um plano que envolve ampliar a
presença militar privada e do Exército israelense na Faixa de Gaza.
Segundo dados do Banco Mundial, atualmente cerca de 2,4 milhões de pessoas em Gaza dependem completamente de ajuda humanitária. Desde o início da ofensiva no enclave, em outubro de 2023, pelo menos 53.900 palestinos foram mortos pelas forças israelenses, segundo autoridades de saúde de Gaza.
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