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Brasil bate recorde de pedidos de refúgio em 2024; quase metade são crianças e adolescentes

© Foto / Tânia Rego / Agência BrasilFeira cultural Rio Refugia celebra o dia mundial do refugiado na capital fluminense. 2024.
Feira cultural Rio Refugia celebra o dia mundial do refugiado na capital fluminense. 2024. - Sputnik Brasil, 1920, 14.06.2025
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O Brasil registrou 68.159 novas solicitações de reconhecimento da condição de refugiado em 2024, de acordo com o documento Refúgio em Números, divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), nesta sexta-feira (13).
O Brasil contabilizou 156.612 pessoas reconhecidas como refugiadas pelo Comitê Nacional para Refugiados (Conare) na última década até o fim de 2024. As solicitações de refúgio tiveram um aumento de 16,3% em relação a 2023.
Em 2024, 13.632 pessoas foram reconhecidas como refugiadas pelo Conare. A Venezuela concentrou a maior parte dos reconhecimentos (93,1%), seguida por cidadãos do Afeganistão, da Colômbia e da Síria.
As principais nacionalidades solicitantes em 2024 foram venezuelana (27.150 pedidos), representando 39,8% das solicitações, seguida da cubana, com 22.288 (32,7%) e da angolana, 3.421 (5%), dos indianos (3,1%) e dos vietnamitas (2,8%).
Os homens representaram 59,1% dos solicitantes e as mulheres, 40,9%. Entre as mulheres, quase um quarto (24,3%) tinha menos de 15 anos de idade. De 2023 a 2024, o governo brasileiro também aprovou 33.724 processos de reunião familiar.
Os números foram divulgados durante o seminário Refugiados e Deslocamento em Debate: Dia Mundial do Refugiado e da Semana Nacional sobre Migrações, Refúgio e Apatridia. Durante a apresentação dos relatórios, o representante do Acnur no Brasil, Davide Torzilli, disse que o Brasil tem se destacado como exemplo na polícia migratória.
"Exemplos disso, são a política nacional para essas populações; a Operação Acolhida, que já facilitou a integração de cerca de 150 mil pessoas venezuelanas; e o programa brasileiro de patrocínio comunitário para afegãos, que assegura o compromisso do Brasil em acolher refugiados em contextos de emergência humanitária".
Cerca de 5 milhões de refugiados retornaram ao Afeganistão durante 4 anos de governo do Talibã - Sputnik Brasil, 1920, 02.06.2025
Panorama internacional
Cerca de 5 milhões de refugiados retornaram ao Afeganistão durante 4 anos de governo do Talibã
Desde 2015, mais de 454 mil pessoas de 175 nacionalidades buscaram proteção no País. Ao considerar a série história de 2015 a 2024, o Brasil recebeu mais de 450 mil pedidos, de 175 países.

Mundo

No encontro também foi divulgado o Segundo o Relatório Tendências Globais — Deslocamento Forçado em 2024, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), que revelou que mais de 122 milhões de pessoas vivem fora de seu país de origem contra a sua vontade. Esse é o décimo ano consecutivo de crescimento global e recorde segundo o levantamento, também divulgado hoje.
Entre os reconhecimentos de pedidos de refúgio concedidos por meio dos procedimentos simplificados no Conare, cerca de 40% são para crianças e adolescentes.

Américas

Cerca de 21,9 milhões de refugiados eram das Américas em 2024, 17,6% do total mundial, acrescenta o levantamento. Crime e a insegurança tornaram-se as principais causas do deslocamento interno, desde a violência indiscriminada de gangues no Haiti até o impacto do conflito nas comunidades da Colômbia.
O deslocamento interno no Haiti triplicou em 2024, passando de 313,9 mil para mais de 1 milhão de pessoas, enquanto a Colômbia tem uma das maiores populações de deslocados internos do mundo, com aproximadamente 7 milhões de pessoas.
O relatório da Acnur também revelou que nas regiões mais ricas, 67% das pessoas refugiadas permanecem em países vizinhos, e que as nações de baixa e média renda acolhem 73% dos refugiados do mundo.
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