https://noticiabrasil.net.br/20250628/os-eua-realmente-obliteraram-a-usina-nuclear-de-fordow-no-ira-40841463.html
Os EUA realmente obliteraram a usina nuclear de Fordow, no Irã?
Os EUA realmente obliteraram a usina nuclear de Fordow, no Irã?
Sputnik Brasil
Em entrevista à Sputnik, o oficial reformado das Forças Armadas da Suécia Mikael Valtersson explica que as alegações norte-americanas de destruição da... 28.06.2025, Sputnik Brasil
2025-06-28T03:12-0300
2025-06-28T03:12-0300
2025-06-28T03:12-0300
panorama internacional
donald trump
irã
estados unidos
sputnik
casa branca
gbu-57
suécia
israel
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/06/1c/40841758_0:159:3078:1890_1920x0_80_0_0_9cef0f75bb25f84e947ba50279172e19.jpg
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outras autoridades ligadas à Casa Branca repetem há uma semana que a usina nuclear de Fordow, no Irã, foi "obliterada" durante o ataque norte-americano. Entretanto, dados da inteligência dos EUA, divulgados pela mídia, apontam para um cenário muito mais favorável às instalações do Irã do que à destruição defendida oficialmente.Em entrevista à Sputnik, o oficial reformado das Forças Armadas da Suécia Mikael Valtersson descarta uma das principais hipóteses dos Estados Unidos para defender a obliteração — a evidência de poeira de concreto nas ventilações da usina. Para o especialista, qualquer tipo de dano — ainda que leve — já levantaria poeira de concreto.Outro argumento norte-americano questionado por Valtersson é sobre as bombas GBU-57. Projetado para penetrar 60 metros no alvo antes de explodir, o armamento não deve ter alcançado mais de 30 metros de profundidade na usina de Fordow, já que a planta nuclear é construída em rocha e enterrada sob uma montanha, observa o sueco.Ainda que estas bombas entrassem nos dutos da usina, o oficial reformado acredita na possibilidade que esta canalização possua cavernas para desviar qualquer tipo de explosivo. Segundo o especialista, as instalações militares subterrâneas na Suécia, por exemplo, utilizam uma estrutura baseada em zigue-zagues.Outro ponto que favorece a integridade estrutural de Fordow é o Irã estar situado em um local com atividade sísmica elevada. Valtersson aponta que a planta nuclear, provavelmente, foi construída com tecnologias capazes de aguentar fortes ondas de choque, seja por terremotos ou por bombardeios.Polêmica em versõesEnquanto os EUA defendem a obliteração de Fordow, a CNN publicou, na última terça-feira (24), que um relatório produzido por uma agência do Pentágono nega a destruição de qualquer componente principal das usinas nucleares bombardeadas.Em declaração à mídia, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, desdenhou das informações publicadas pela emissora e classificou a história como uma tentativa de rebaixar Trump.
https://noticiabrasil.net.br/20250627/40816905.html
irã
estados unidos
suécia
israel
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2025
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/06/1c/40841758_174:0:2905:2048_1920x0_80_0_0_6dfb8e4aa10bcf75d644595b4f1edf3e.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
donald trump, irã, estados unidos, sputnik, casa branca, gbu-57, suécia, israel
donald trump, irã, estados unidos, sputnik, casa branca, gbu-57, suécia, israel
Os EUA realmente obliteraram a usina nuclear de Fordow, no Irã?
Em entrevista à Sputnik, o oficial reformado das Forças Armadas da Suécia Mikael Valtersson explica que as alegações norte-americanas de destruição da instalação não necessariamente apontam para a aniquilação da planta nuclear.
O
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outras autoridades ligadas à Casa Branca repetem há uma semana que a usina nuclear de Fordow, no
Irã, foi
"obliterada" durante o ataque norte-americano. Entretanto, dados da inteligência dos EUA, divulgados pela mídia, apontam para um cenário muito mais favorável às instalações do Irã do que à destruição defendida oficialmente.
Em entrevista à Sputnik, o oficial reformado das Forças Armadas da Suécia Mikael Valtersson descarta uma das principais hipóteses dos Estados Unidos para defender a obliteração — a evidência de poeira de concreto nas ventilações da usina. Para o especialista, qualquer tipo de dano — ainda que leve — já levantaria poeira de concreto.
"O poço de ventilação é feito de tal forma que não é apenas um buraco por onde se pode jogar uma bomba. Exatamente como o construíram, eu não sei. Mas não será possível simplesmente jogá-lo na instalação se você a atingir. [Caso contrário] os israelenses poderiam ter feito isso."
Outro argumento norte-americano questionado por Valtersson é sobre as
bombas GBU-57. Projetado para penetrar 60 metros no alvo antes de explodir, o armamento não deve ter alcançado mais de 30 metros de profundidade na usina de Fordow, já que a
planta nuclear é
construída em rocha e enterrada sob uma montanha, observa o sueco.
Ainda que estas bombas entrassem nos dutos da usina, o oficial reformado acredita na possibilidade que esta canalização possua cavernas para desviar qualquer tipo de explosivo. Segundo o especialista, as instalações militares subterrâneas na Suécia, por exemplo, utilizam uma estrutura baseada em zigue-zagues.
Outro ponto que favorece a integridade estrutural de Fordow é o Irã estar situado em um local com atividade sísmica elevada. Valtersson aponta que a planta nuclear, provavelmente, foi construída com tecnologias capazes de aguentar fortes ondas de choque, seja por terremotos ou por bombardeios.
Enquanto os EUA defendem a obliteração de Fordow, a CNN
publicou, na última terça-feira (24), que um relatório produzido por uma agência do Pentágono
nega a destruição de qualquer componente principal das usinas nucleares bombardeadas.
"Duas pessoas familiarizadas com a avaliação disseram que o estoque de urânio enriquecido do Irã não foi destruído. Uma delas disse que as centrífugas estão praticamente 'intactas'", cita a reportagem. "Portanto, a avaliação é que os EUA as atrasaram em alguns meses, no máximo."
Em declaração à mídia, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, desdenhou das informações publicadas pela emissora e classificou a história como uma tentativa de rebaixar Trump.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.
Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).