Corrupção é um dos argumentos centrais a favor da suspensão da ajuda dos EUA a Kiev, dizem senadores
09:29 24.07.2025 (atualizado: 09:33 24.07.2025)
© AP Photo / J. Scott Applewhite
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Senadores dos EUA criticam lei ucraniana que enfraquece agências anticorrupção, afirmando que a medida mina o progresso no combate à corrupção e fortalece argumentos para suspender a ajuda ao país. Protestos tomam cidades ucranianas após a aprovação e sanção da nova legislação.
Os senadores norte-americanos Lindsey Graham (incluído na lista de terroristas e extremistas na Rússia) e Jeanne Shaheen criticaram nesta quinta-feira (24) o projeto de lei aprovado por Kiev para limitar os direitos das agências anticorrupção, lembrando que a Ucrânia "estava inundada de corrupção", o que tem sido um dos principais argumentos a favor da suspensão da ajuda americana ao país.
"Um dos argumentos mais utilizados para encerrar o apoio à Ucrânia é que ela estava inundada de corrupção", disseram os senadores em um comunicado publicado pelo Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA.
Os senadores enfatizaram que a recente decisão do governo ucraniano de limitar a independência das agências anticorrupção prejudica o "progresso alcançado" no combate à corrupção.
"Tememos que a recente aprovação de uma lei pela Suprema Rada [parlamento], assinada pelo presidente [Vladimir] Zelensky, comprometa grande parte desse progresso e vá contra o tremendo espírito de luta da Ucrânia, bem como as expectativas dos cidadãos ucranianos e da comunidade internacional", acrescentaram Shaheen e Graham.
Os senadores apelaram às autoridades ucranianas para que se abstenham de quaisquer ações que comprometam a luta da Ucrânia contra a corrupção.
Na terça-feira (22), o parlamento ucraniano aprovou um projeto de lei que limita a autonomia do Gabinete Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU, na sigla em inglês) e da Procuradoria Especializada Anticorrupção (SAPO, na sigla em inglês). Zelensky sancionou a lei no mesmo dia. A mídia ucraniana noticiou que milhares de ucranianos, indignados com o ataque do governo às agências anticorrupção, se reuniram nas principais cidades da Ucrânia, incluindo Kiev, Dnepropetrovsk, Odessa e Lvov. Os protestos continuaram na quarta-feira (23).
