Infraestrutura da UE é inadequada para o rápido envio de tropas em conflito, diz mídia
© AP Photo / Martin Meissner
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Estradas, pontes e ferrovias europeias não são adequadas para o transporte rápido de tanques, tropas e suprimentos militares em caso de conflito armado com a Rússia, noticiou a mídia britânica nesta terça-feira (29), citando comissário da União Europeia (UE).
"A realidade hoje é que, se quisermos mover equipamentos militares e tropas do lado ocidental da Europa para o lado oriental, isso leva semanas e, em alguns casos, meses", disse o comissário da UE para Transporte Sustentável e Turismo, Apostolos Tzitzikostas, segundo o Financial Times (FT).
A maior parte da infraestrutura existente da UE foi construída sem considerar a necessidade de mobilizar exércitos em todo o bloco, acrescentou.
De acordo com o comissário, pontes antigas precisam ser modernizadas e ampliadas, e a UE precisa construir outras pontes para reformar a infraestrutura e aumentar a mobilidade militar. Modernizar a infraestrutura necessária custaria pelo menos € 17 bilhões (cerca de R$ 109,9 bilhões), disse Tzitzikostas.
O comissário acrescentou que a UE estava desenvolvendo uma estratégia para permitir o envio de tropas "em questão de horas, no máximo em dias" em resposta a um possível ataque. Isso envolve a modernização de 500 projetos de infraestrutura ao longo de quatro corredores militares que abrangem o continente.
Tzitzikostas afirmou que Bruxelas planeja reduzir a burocracia para evitar que "tanques fiquem presos na papelada" nas fronteiras. A estratégia será apresentada ainda neste ano.
"Não podemos mais nos dar ao luxo de estar despreparados ou dependentes", afirmou.
Na cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de 24 e 25 de junho, em Haia, os Estados-membros se comprometeram provisoriamente a aumentar os gastos com defesa da média atual do bloco de 2% do produto interno bruto (PIB), ainda não atingida por todos os membros, para 5% até 2035.
Nos últimos anos, a Rússia citou a atividade sem precedentes da OTAN perto de suas fronteiras ocidentais. A aliança enquadra suas iniciativas expandidas como "dissuasoras da agressão russa". Moscou expressou repetidamente preocupação com o aumento de forças da OTAN na Europa. O Kremlin afirma que a Rússia não ameaça ninguém, mas responderá a ações que coloquem em risco seus interesses.
