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Tarifas dos EUA sobre café brasileiro pressionam mercado e mudam hábitos do consumidor, diz mídia
Tarifas dos EUA sobre café brasileiro pressionam mercado e mudam hábitos do consumidor, diz mídia
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As novas tarifas de 50% sobre o café brasileiro impostas pelos EUA ameaçam elevar os preços para os consumidores norte-americanos. Com o Brasil dominando a... 31.07.2025, Sputnik Brasil
2025-07-31T07:57-0300
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O Brasil domina a produção de grãos arábica, sendo responsável por cerca de 35% a 40% do café consumido nos Estados Unidos. Com a nova tarifa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros, o preço do café tende a aumentar significativamente, afetando cafeterias e supermercados norte-americanos.A produção brasileira alcança níveis superiores ao dos cinco maiores países produtores juntos, com previsão de 65 milhões de sacas em 2025-2026, mais da metade sendo arábica. Segundo o The Wall Street Journal, James Watson, do Rabobank, afirmou não ser fácil "substituir o café brasileiro", o que evidencia a dependência do mercado norte-americano por esse produto.O segundo maior produtor mundial, o Vietnã, concentra-se no café robusta, mais barato e comum em produtos instantâneos. Embora marcas misturem robusta e arábica, a falta do tipo brasileiro representa um desafio para manter a qualidade dos blends norte-americanos.Com 99% do café consumido nos EUA vindo de fora, e produção interna limitada a Havaí, Califórnia e Porto Rico, as torrefadoras norte-americanas têm poucas alternativas. Empresas como JM Smucker e Kraft Heinz consideram mudanças nas receitas ou aceitação de preços mais altos como soluções.Antes mesmo da confirmação da tarifa, empresas já aumentavam os preços. A JM Smucker anunciou reajustes em maio e novos aumentos para agosto. O mercado reagiu com pressa, acelerando importações antes da vigência das taxas.Embora quase 700 produtos brasileiros tenham sido isentos, o café foi incluído na tarifa. Contratos futuros que vinham em queda após picos provocados por secas no Brasil podem voltar a subir, contrariando expectativas de baixa com a melhora do clima.O reflexo nas prateleiras será sentido com atraso. Ainda de acordo com a apuração, mesmo com perspectivas de colheitas melhores, o impacto dos preços elevados continuará nos próximos meses, com aumento acumulado de 9% no valor médio de uma xícara nos EUA em 2025.
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Tarifas dos EUA sobre café brasileiro pressionam mercado e mudam hábitos do consumidor, diz mídia
As novas tarifas de 50% sobre o café brasileiro impostas pelos EUA ameaçam elevar os preços para os consumidores norte-americanos. Com o Brasil dominando a produção de grãos arábica, torrefadoras dos EUA têm poucas alternativas e já ajustam receitas e valores no varejo.
O Brasil domina a produção de grãos arábica, sendo
responsável por cerca de 35% a 40% do café consumido nos Estados Unidos. Com a
nova tarifa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros, o preço do café tende a aumentar significativamente, afetando cafeterias e supermercados norte-americanos.
A
produção brasileira alcança níveis superiores ao dos cinco maiores países produtores juntos, com previsão de 65 milhões de sacas em 2025-2026, mais da metade sendo arábica.
Segundo o The Wall Street Journal, James Watson, do Rabobank, afirmou não ser fácil "
substituir o café brasileiro", o que evidencia a dependência do mercado norte-americano por esse produto.
O segundo maior produtor mundial, o Vietnã, concentra-se no café robusta, mais barato e comum em produtos instantâneos. Embora marcas misturem robusta e arábica, a
falta do tipo brasileiro representa um desafio para
manter a qualidade dos blends norte-americanos.
Com 99% do café consumido nos EUA vindo de fora, e produção interna limitada a Havaí, Califórnia e Porto Rico, as
torrefadoras norte-americanas têm poucas alternativas. Empresas como JM Smucker e Kraft Heinz
consideram mudanças nas receitas ou aceitação de preços mais altos como soluções.
Antes mesmo da confirmação da tarifa,
empresas já aumentavam os preços. A JM Smucker anunciou reajustes em maio e novos aumentos para agosto. O mercado reagiu com pressa, acelerando importações antes da
vigência das taxas.
Embora
quase 700 produtos brasileiros tenham sido isentos, o café foi incluído na tarifa. Contratos futuros que vinham em queda após picos provocados por secas no Brasil
podem voltar a subir, contrariando expectativas de baixa com a melhora do clima.
O reflexo nas prateleiras será sentido com atraso. Ainda de acordo com a apuração, mesmo com perspectivas de colheitas melhores, o impacto dos preços elevados continuará nos próximos meses, com aumento acumulado de 9% no valor médio de uma xícara nos EUA em 2025.
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