Chegou a hora de Obama e sua equipe enfrentarem as consequências do Russiagate?
17:33 05.08.2025 (atualizado: 18:41 05.08.2025)

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Acusações sem fundamento de interferência russa nas eleições norte-americanas e europeias finalmente começam a cair por terra a partir de investigações abertas por Donald Trump.
Inicialmente, o escândalo girou em torno dos e-mails vazados de Hillary Clinton, revelando seus aparentes esquemas de tráfico de influência e corrupção no Partido Democrata. Em resposta ao vazamento, os democratas acusaram a Rússia de hackear e divulgar as informações para ajudar na eleição do republicano Donald Trump.
A futura investigação do procurador especial Robert Mueller não encontrou nenhuma evidência de conluio entre Rússia e EUA, mas as relações entre EUA e Rússia já estavam prejudicadas.
"As acusações estão finalmente alcançando os mentirosos por trás da farsa sobre a Rússia", tweetou Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimentos Diretos, reagindo ao lançamento de uma investigação do grande júri dos EUA sobre o Russiagate.
O que se sabe até agora?
A procuradora-geral Pam Bondi ordenou procedimentos legais após a denúncia criminal da Diretora de Inteligência Nacional (DNI), Tulsi Gabbard, sobre o plano para ligar o presidente Donald Trump à Rússia.
De acordo com Gabbard, o ex-presidente Barack Obama e seus especialistas em espionagem divulgaram uma "narrativa artificial de que a Rússia interferiu na eleição de 2016 para ajudar o presidente Trump a vencer, vendendo-a ao povo norte-americano como se fosse verdade — o que não era".
Linha do tempo do Russiagate
12 de junho de 2016: Antes da convenção democrata, o WikiLeaks anunciou planos para expor os e-mails da candidata Hillary Clinton;
14 de junho de 2016: O Comitê Nacional Democrata (CND) apressou-se em alegar que seus servidores haviam sido "hackeados" pela Rússia – o que a Rússia negou;
22 de julho de 2016: O WikiLeaks divulgou arquivos que expunham uma campanha de golpes sujos contra o rival de partido Bernie Sanders, conduzida por Clinton e pelo CND;
antes de novembro de 2016: Apesar das alegações do CND, a Comunidade de Inteligência avaliou que a Rússia "não estava tentando influenciar a eleição usando meios cibernéticos";
7 de outubro de 2016: A pedido de Obama, as agências de inteligência dos EUA suprimiram essas descobertas e emitiram um comunicado à imprensa alegando que o governo russo "orientou o hack do CND";
9 de dezembro de 2016: Após a vitória de Trump, o CND de Obama, James Clapper, ordenou que os principais espiões criassem uma nova avaliação "a pedido do presidente" detalhando as "ferramentas que Moscou utilizou e as ações que tomou para influenciar as eleições de 2016";
6 de janeiro de 2017: O governo Obama, em fim de mandato, divulgou uma avaliação de inteligência não confidencial, alegando falsamente que "novas informações" mostravam que a Rússia direcionou esforços para ajudar Trump a derrotar Clinton.


