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Galáxia 'Uvas Cósmicas' revela aglomerados estelares surpreendentes no início do Universo (IMAGENS)

© Foto / NSF/AUI/NSF NRAO/B. SaxtonImpressão artística da galáxia "Uvas Cósmicas", composta por pelo menos 15 aglomerados massivos de formação estelar — muito mais do que os modelos teóricos atuais preveem que poderia existir dentro de um único disco giratório neste momento inicial
Impressão artística da galáxia Uvas Cósmicas, composta por pelo menos 15 aglomerados massivos de formação estelar — muito mais do que os modelos teóricos atuais preveem que poderia existir dentro de um único disco giratório neste momento inicial - Sputnik Brasil, 1920, 13.08.2025
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Astrônomos identificaram uma galáxia extremamente antiga e peculiar, apelidada de "Uvas Cósmicas", formada apenas 930 milhões de anos após o Big Bang. Essa descoberta oferece um raro vislumbre dos primeiros estágios do Universo e desafia as expectativas sobre a estrutura das galáxias primitivas.
Um grupo de astrônomos descobriu a galáxia "Uvas Cósmicas", formada apenas 930 milhões de anos após o Big Bang, com mais de 15 aglomerados massivos de formação estelar dispostos como um cacho de uvas. A observação inédita, feita com os telescópios James Webb e o ALMA, revela detalhes surpreendentes sobre a estrutura das galáxias primitivas.
A galáxia se destaca por conter mais de 15 aglomerados massivos formadores de estrelas, compactados em seu disco giratório e dispostos como um cacho de uvas brilhantes. Essa configuração surpreendeu os cientistas, que não esperavam encontrar tantas estruturas densas em uma galáxia tão jovem.
© Foto / NASA/ESA/CSA/Fujimoto et al.Imagens no infravermelho próximo obtidas pelo JWST do aglomerado de galáxias "RXCJ0600-2007", que causa um poderoso efeito de lente gravitacional. Observações inéditas de alta resolução revelaram a estrutura de uma galáxia distante no universo primordial — composta por mais de 15 aglomerados compactos formadores de estrelas, dispostos como um "cacho de uvas" (no detalhe)
Imagens no infravermelho próximo obtidas pelo JWST do aglomerado de galáxias RXCJ0600-2007, que causa um poderoso efeito de lente gravitacional. Observações inéditas de alta resolução revelaram a estrutura de uma galáxia distante no universo primordial — composta por mais de 15 aglomerados compactos formadores de estrelas, dispostos como um cacho de uvas (no detalhe) - Sputnik Brasil, 1920, 13.08.2025
Imagens no infravermelho próximo obtidas pelo JWST do aglomerado de galáxias "RXCJ0600-2007", que causa um poderoso efeito de lente gravitacional. Observações inéditas de alta resolução revelaram a estrutura de uma galáxia distante no universo primordial — composta por mais de 15 aglomerados compactos formadores de estrelas, dispostos como um "cacho de uvas" (no detalhe)
A descoberta foi possível graças à combinação de observações do Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês) e do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), utilizando a técnica de lente gravitacional. Uma galáxia em primeiro plano, chamada RXCJ0600-2007, atuou como uma lupa cósmica, ampliando a imagem da galáxia distante.
Segundo Seiji Fujimoto, autor principal do estudo publicado na Nature Astronomy, essa lente gravitacional é uma das mais poderosas já registradas, permitindo uma análise sem precedentes da estrutura interna da galáxia. A ampliação natural, aliada à tecnologia dos telescópios, proporcionou uma oportunidade única de estudar detalhes antes invisíveis.
Nebulosa da Bolha - Sputnik Brasil, 1920, 02.08.2025
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Foram necessárias mais de 100 horas de observações para revelar a verdadeira complexidade da galáxia. Imagens anteriores do Telescópio Hubble sugeriam um disco liso e giratório, mas os dados de alta resolução do JWST e do ALMA mostraram aglomerados densos de gás, prontos para formar novas estrelas.
O coautor Mike Boylan-Kolchin destacou que a luz estelar jovem dessas galáxias não é distribuída uniformemente, mas dominada por aglomerados compactos. Isso muda a forma como os cientistas interpretam a formação estelar nas galáxias do Universo primitivo.
Essa descoberta reformula a compreensão sobre o crescimento inicial das galáxias, ao estabelecer uma conexão entre suas estruturas internas e a rotação geral. Ela sugere que muitas galáxias aparentemente lisas podem esconder aglomerados semelhantes, revelando uma complexidade até então desconhecida no Universo primordial.
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